uma vida como as outras, vida curta, pequenina, de pouca importância, com altos, com baixos, coisas loucas, com encontros, desencontros, insignificância, no meio de algumas alegrias, risos, afagos, conchegos, agasalhos, com lágrimas pelo meio, dores, doenças, separações repentinas, mágoas, contornando dificuldades, indo por atalhos, encarando dificuldades, fazendo avenças, comprando objectos, discutindo trabalhos, comendo, dormindo, cumprindo calendário, mastigando o tempo, sem pressas, como qualquer dromedário, não sendo camelo, pelas corcovas, pela maneira de pensar, às avessas, simples mas, controverso, contestatário, inconformado com a minha, com as outras, vida complexa, dentro da simplicidade, que levo, com jeito com sinceridade!!!...
ah, a verdade, meus amigos, coisa bela, deslumbrante, mágica, quantos sustos, quantos castigos, por ela, pela que me fatiga, me castiga, por esta vontade enorme de dar consolo, dar de comer a quem tem fome, por me portar como um homem inteiro, sem ser pregador, confesso de qualquer credo, sem estar iluminado, um simples arremedo, num olho escancarado, diminuto argueiro, incomodativo, por vezes, quando invectiva, quando grita, quando deambula, quando agita, no meio de certos malteses, prenhes de ideias fartas, enganosas, detractores de certas verdades, sombrias, enganosas, tão fora das realidades!!!...
tentar ser luz clara, iluminar caminhos, mostrar destino, fomentar sonhos, esperanças, com um sorriso na cara, com profundo convencimento, nem por um momento, não me meto em tais andanças, seria um engano, mistificação, alimentar ilusão, enganando os simples, os crentes, tantas, tantas gentes, vulneráveis, abertas, com teorias, tretas, quando se promete salvação, Mundo melhor, saída radiosa, jardins paradisíacos, nenúfares, libelinhas, harmonia, paz, consolação, seja lá onde for, ninfas, sublimes afrodisíacos, volúpias, ladainhas, num aceitar pleno sem ilusão!!!... Sherpas!!!...
como irrequietos traquinas, à volta de bolo enorme, meninos, meninas, travessos, teimosos, com fome, de habituados que estão, esquecem o que não são, insistem na confusão, quando pregam, não dão, castigando a populaça, pobre povo, triste raça, que a tudo se conforma, que paga cada vez mais, mantendo estes pardais, numa volta que retorna, alternados que estão, no Poder, sai-se do engano, cai-se no mesmo, é o que estamos a ver, por vezes, não quero crer, quando me aquieto, me convenço, me torno mais prestimoso, augurando tempos melhores, numa pausa que intento, neste cantinho formoso, de crápulas, cada vez piores!!!...
como traquinas, como crianças, esquecem, quando prometem, deitam, por terra, esperanças, não aquecem, nem arrefecem, limpam bolsos, carteiras, satisfazem seus caprichos, vão saltando por fronteiras, em viagens de pasmar, bem forrados, com viços, numa amálgama de bradar, em negócios, regalias, esquecimentos, fugas, simples toques, só magias, com sorrisos, remoques, calcando sobre os tugas, com impostos, agravamentos, abordando sofrimentos, distribuindo simples lamentos, migalhas esparsas, raras, disfarces, empolamentos, poupando vidas mais caras!!!...
meninos, meninas, travessos, bem situados, forrados, à volta de bolos espessos, beneficiados, como sempre, não têm recalques, paragem, na loucura, na voragem, quando avançam, vão em frente, bem pedantes, sorridentes, satisfazendo clientes, numa distribuição aflitiva, perante um Povo que grita, que não aguenta mais o saque, constante, avassalador, no meio da miséria, da dor, bolso sem fundo, não findo, quando escrevo, não minto, sou dos que pagam, bem sinto, perante privilégios que gozam, quando viajam, repousam, na doce almofada dos excelsos, tal como dantes perversos!!!... Sherpas!!!...
por dá cá aquela palha, movimenta-se a tralha, levanta-se escarcéu, brada-se bem alto, grita-se, move-se a Terra, o Céu, a turba multa, agita-se, há confrontos, há encontros, confusões, multidões, justiça que se não aplica, processos, reuniões, o mal com que se fica, quando me afronto, quando encaro, quando não paro, por uma fantasia, por uma questão de milhão, por negócio, por estadão, por dá cá aquela palha, por um estilo, por uma aflição, como passo de magia, logo se levanta a canalha, tudo grita, tudo ralha, como bem calha, mania, jeito, perseguição, confronto, enfrentamento, questão dum minuto, dum momento, solidão, política reles em acção!!!...
todos parecem o que não são, todos são o que são, mais aldrabão, menos aldrabão, mais processo, menos inquérito, mais lei que se não ajusta, mais justo, feito pretérito, quando miúdo, quando bem novo, agora, que se não assusta, deixou de pertencer ao Povo, fala de negócios, de milhões, de estratégias, congeminações, do partido a que pertence, que o eleva, que o vence, bando, família, quezília, discussões em demasia, ambições exacerbadas, outros tempos, tantos teres, mais haveres, menos nadas, peripécias avultadas, hipocrisias com fartura, por dá cá aquela palha, que confusão, tanta tralha, lei que se busca, que se procura, processo que se arremessa, com pressa, tamanha união ganância e loucura!!!...
é um acumular de queixas, uma fartura de processos levantados, tantas as rixas, as deixas, incertezas, dúvidas, negócios mal parados, mãos que se apropriam, que se adonam, impunes, imunes, não julgadas, dos farsantes, palhaços, artistas, perante os ignorantes, os de curtas vistas, cheias de tudo cheias de nadas!!!... Sherpas!!!...
com o coração, na mente sinceramente!!!... Para ser sincero, espero com a mente, no coração!!!... Jigajogas, baralhamentos, confusões, buscas e falsas interpretações, às vezes!!!... Sherpas!!!...
arroubos poéticos, êxtases, enlevação, enlevo, liberdades que se permite, quando critica patéticos, quando se diminui, se admite, se procura, quando insiste, quando tira ou dá relevo, quando se considera o mesmo, quando não finge, restringe, se julga pouca coisa, quando se avalia a esmo, sem ser um fingidor, provocando mágoa e dor, quando berra, feito blasfemo, inconformado, deslocado, quando descreve pássaro que poisa, flor de cores belas e vivas, quando fala de ódios, de amor, quando se sente apartado, num cantinho, redutor, escondido, temeroso, com pavor, perante as maleitas do Mundo, que não compreende, que detesta, com pensar tão profundo, que o agasta, arresta, que enfrenta que contesta!!!...
pobre poeta, coitado, não está bem em nenhum lado, deslocado, imbecilizado, quase posto de lado, da verdade, fez seu lema, doença de que enferma, quando sincero a valer, quantos não faz sofrer, sofredor, não fingidor, com o sofrimento dos outros, seja lá onde for, universal, abrangente, quanto lhe passa na mente, nos instantes, nos encontros, fugazes, bem repentinos, com pensares com desatinos!!!...
sinceridade, punhal que trespassa, que arrasa, que fere, que mata, quando se aventa, quando traça, marca que queda, ferida, tão sentida, tão profunda, que não altera, que não muda, a hipocrisia que abunda, a falsidade que campeia, dos que vegetam, insanos, que não atalha, alteia, avoluma a fantasia, cruel, oca, vazia, redundante, prepotente alegoria!!!... Sherpas!!!...
deixando de ser tonto bem sincero, como espero, tal e qual!!!...
a sinceridade é amarga, por vezes, destrói, quando se avalia, quando adentramos, tanta coisa que nos rodeia, que nos mói, quando, parados, interiorizamos, sozinhos, com imagens, com fantasmas, feitos lorpas, com monólogo, longe de perfídias, insídias, num descanso, num prólogo, numa acalmia breve, não permanente, fugindo a imagens, alegorias, acompanhado pela mente, dura realidade, pura verdade, comigo sempre presente, numa conversa interminável, intimista, afónica somente, deixa marca, como estigma, dolorosa, profunda ferida, porque nos damos, não enganamos, tão pouco disfarçamos!!!...
quando tento, quando sincero, quando escrevo como espero, firo meu ser, avalio, duro, impávido e frio, reconheço minhas debilidades, meus poucos saberes, ignorante, palermices, realidades, ignaro e raro, deixo de ser pedante, sou eu, comigo verdade, pureza, doce imagem, quando paro, folha viçosa, refrescante, ponto final no caminho, quando me encontro, quando sigo!!!...
introverto, quando penso, dou a volta a preceito, essa a minha ilusão, o meu jeito, afasto sombras do pensamento, sou o que não mereço, por um instante, por um momento, algo que se eleva, que volteia, que não alardeia, feito bronco, mostrando conhecimentos, mostrando feitos, julgando meus próprios defeitos, sendo sincero como espero, deixando de ser tonto!!!... Sherpas!!!...
com sinceridade o que me passa pela mente!!!... Nem mais, nem menos tal e qual, bem sincero, é evidente!!!...
mas, quem necessita de certos lorpas, de convencidos letrados, sem saberes alguns, simples imbecis apalermados com que topas, dados, não achados, sem rumo definido, aferidores de muita obra, quando as enumeram, quando as apontam, quando as berram, quando as pretendem como suas, ignaros, sem valias algumas, poucas que sejam como as tuas!!!...
bestialidades que não avolumas, que rejeitas, quando as arrumas, broncas, tontas, vazias, lembrando folhas mortas pelos Estios, ramos nus, despojados, hirtos, impávidos, sem graça alguma, espinhos aguçados, espetados, quando despidos, recordando suas vestes Primaveris, ansiosos, desejosos, febris, quase loucos, pelas falhas que sentem, quando escrevem quando mentem!!!...
chorrilho de palermices, num desdém, que advém, do que, por pouca obra, por acaso, se não possui, se não tem, letrados, lorpas, tontices, obras em riste, de alheios, de terceiros, pouca arte, falhas, meiguices, conversas chochas, a de certos lorpas, quando te espalhas, com quem topas, quando te sentes, te colocas, te afirmas, não desmentes, sincero, profundo noutras mentes!!!... Sherpas!!!...
cão abandonado na rua, olhos baixos de enjeitado, tanta tristeza sinto, amargura, já foi querido, desprezado, pêlo sujo, magro, faminto, deambula, sem destino, rabo entre as pernas, encolhido, pára aqui, vai em frente, olha, desconfiado, para toda a gente, brinquedo, companheiro, animal de casa, a tempo inteiro, com alimentos na hora, cuidados mil, protegido, sem canil, com donos prestimosos, dóceis, carinhosos, uma afeição, uma loucura, uma graça uma travessura!!!...
ganidos de contentamento, com o rabo a abanar, vivo o seu olhar, muito antes daquele momento, na rua da amargura, vida dura, depois de enjeitado, cão perdido abandonado!!!...
é crime hediondo, grave pecado, atitude desprezível, nem pensando, nem compondo, me parece mal incrível, quando se atira, dispondo, para o incerto, para a rua, uma vida dependente, um ser tão inocente, um animal tão meigo, afável, um cão de companhia!!!...
considero detestável, uma fraude, uma agonia, um sofrimento atroz, de quem se considera gente, de quem não critica, de quem consente, de quem olha um ser sem voz, que já foi companheiro, que deu alegria, a tempo inteiro, com olhar duro indiferente!!!...
olho, lembro sempre, aquele meu cão de trela, que não gostava nada dela, quando fugia, num repente, em busca da liberdade, enquanto eu ria, compreendia, digo-o com verdade, quando o via livre, sentia, felicidade, cão sem trela, protegido, sob o olhar atento, quando se via livre dela, ao invés do desprezado, pobre cão abandonado!!!... Sherpas!!!...
está cinzento, faz um pouco de frio, já choveu, parece que tem tendência para mais, olho pela janela, lá fora, até me arrepio, sinto o vento que passa, por detrás da vidraça, interiorizo, entristeço, tempo que não mereço, não oiço o chilreio dos pardais, o Sol não brilha, escondido por densas nuvens, castelos densos, imensos, outonais, o tempo mudou, mostra outra cara, a bolinha não para, gira que gira, sem parar, assim penso, na sua caminhada, apartada das tragédias, pequenas peças, das alegrias, das festas, destas criaturas, imaturas, que se julgam donas dela, quando não a tratam com cautela!!!...
não se desvia um milímetro da órbita, cumprindo, na perfeição, sua tarefa, ignorando quem a habita, na elipse perfeita, fazendo vénia à estrela, que a aquece, que a afaga, que a esquece, fazendo parte, como as mais, bolas maiores, menores, intensas, neste conjunto mais próximo, sistema, nosso Universo, o mais conhecido, através de estudos, de pequenos saltos, de vistas com lentes, com satélites artificiais, simples meros percalços!!!...
reduzidos avanços tecnológicos, ciências do ignorante convencido, agarrado à Terra, nesta esfera, nesta bola, que não pára, que gira, que rebola, na trajectória que lhe está destinada, albergando uma confusão de loucos ideológicos, de sacros, santos teológicos, que se amalgamam, que se massacram, que se julgam, quando pensam, quando clamam, donos do que não lhes pertence, imbecis, imberbes, inocentes, na tarde fria, cinzenta, lá fora, sinto o vento que passa por detrás da vidraça, a minha alma sente comiseração chora!!!... Sherpas!!!...
quando se calca, se enterra, se despreza, se descuida, se manifesta indiferença, total desapego, se não cuida, se retém, se emperra, aquela visão, a outra crença, ideologia diversa, religião ou política, em que se não acredita, considerando maldita, por isto, por aquilo, nervoso ou tranquilo, com vera intenção!!!...
como aberração, negação, diferente, absurdo, segundo determinado padrão, que considero, menos digno, último recurso, tão duro, tão fero, não humano, pouco igualitário, menos colectivo, não abrangente, no meu imaginário, massacrando o carente, logo me paro, me indigno, deveras, quando reparo em tão brutas feras!!!...
há que denunciar, reter, conter, fazer parar, de qualquer modo, o que se torna espúrio, falso, perverso, insolúvel, tal telúrio, indo ao contexto, controverso, estável ao ar, combinando com poucos, egoístas, loucos, não transparentes, água cristalina, a maioria das gentes, que se adivinha, pobre, doente, solitária carente!!!...
metalizados, telúricos, bem prateados, alguns dos forrados, eufóricos, reduzidos a recantos, doces encantos, não combinando, arrecadando, salvaguardando, teres, haveres, espezinhando seres, tão parcos, escassos, que se avolumam, quando se empurram, quando se descuram, por políticas diversas, por credos, crenças, tristes avenças, contratos, guetos, bem distantes, não afectos, pouco abundantes, ridículos, abjectos, redundantes extravagantes!!!... Sherpas!!!...
como bando de galinhas alvoroçadas, em galinheiro assolado, invadido, perante raposa voraz, gulosa, agressora famélica, atenta, desperta, com esvoaçares de asas, debandadas, cacarejar aflito, repetido, de galo, contristado, diminuído, ave possante, bem formosa, que se esconde, não se afecta, deixando o poiso, local de alerta, inchado, colorido, vaidoso, com cantares de vitorioso, em tempos de acalmia, perante as pobres, tão isolado, encolhido, quanto te isolas enquanto sofres!!!...
adversário bem forte, pela frente, sentindo garras, sentindo dente, nervoso, inseguro, como galinha, bico caído, baixinho, enrolado com elas, como uma pinha, temeroso, num cantinho, galinheiro que se agita, formigueiro, bicharada alvoroçada, raposa gulosa, matreira, faminta, animal feroz, que se agita, olhando de soslaio, com pinta, uma e outra vítima, saboreando, com deleite, o banquete, muito antes, porque se antecede, com gozo, um primor, fazendo sofrer, sem dor, galo e galinhas, juntos como pinhas!!!...
galinheiro pacato, com galo, de rompante, com estalo, algazarra, confusão, raposa ou raposão, como fábula, já contada, quebra do remanso, da ilusão, fuga precipitada, cacarejares vários, doutros galos, de galinhas diversas, com precipitação, com pressas, asas que se agitam, que se enfunam, aves que temem, que fogem, que se apinham, que se congregam, afundam, umas nas outras, que rinham, diminuídas, confundidas, espavoridas muito antes de feridas!!!...
não há escape, não há saída, força de bloqueio imponente, é o fim de toda uma vida, na boca aberta, no dente, da raposa gulosa, voraz, matreira, sem apelação, sem guarda alerta, galo capão, enrodilhado a um canto, nervoso, agastado, vencido, desencanto, capoeira avassalada triste fado!!!... Sherpas!!!...
porta cerrada, porta negada, ausência, não permanência, toques na porta, chamamento, insistência, porta fechada, que se não importa, barreira, fronteira, negação, não intromissão, logo à primeira, que sensação, desiludido, penso comigo, enquanto aguardo, enquanto bato, enquanto insisto, será, que não está, para onde foi, vá, que não vá, a porta é a certa, é mesmo esta, na que estou!!!...
irritado, cabisbaixo, pensativo, já aflito, bato outra vez, insisto, mas não me agasto, aguardo, enquanto bato, dou pancada, prego um grito, porta cerrada, porta negada, era uma vez, alguém que aguarda, que ali permanece, quase desfalece, tempo perdido, confuso, sentido, pela negação, que sensação, tão impotente, perante a barreira!!!...
aquele pedaço de madeira, cerrado com chave, fechadura eficaz, teimosa, pertinaz, surda, muda, entrave, no percurso que sigo, que intento, persigo, que me pára reduz, que me apaga, induz!!!...
porta fechada, batidas seguidas, sonantes, bem fortes, casa vazia, casa negada, repito as pancadas, os toques, ecoam os sons, aumentam os tons, inquieto, inseguro, me quedo parado, me volto, abandono, vou para outro lado, não entro, não ponho, os olhos, no dono, confuso, irritado, me sinto negado!!!... Sherpas!!!...
viver de sobras, quando me cobras, quando te cobras, por excessos, por sobras, quando soçobras, artistas, quando sucessos, autistas, de vistas curtas, putos e putas, por dar a cara, mostrar o físico, por ser palhaço, quando me fico, quando me sinto, de mim próprio, simples objecto, ínfimo, dilecto, quando me rio, quando meneio, quando me afirmo, bonito ou feio, grandes tiradas, coisinhas poucas, coisas sensatas, coisinhas loucas, neste teatro, grandioso circo, nas caras que faço, com que disfarço, quando me escondo, guardo comigo, fazendo máscara, compondo o jeito, recebendo a esmo, com bom proveito, cara vendida, corpo estafado, fazendo o mono, simples estafermo, com que componho, ali ao lado, naquele sítio, naquele ermo, quando como, quando bebo, quando ergo, este meu ser, triste, comprado, por uns dinheiros, por umas sobras, quando me cobras, quando soçobras!!!...
prostituto assumido, megera ou vulgar meretriz, corpo vendido, cara que diz, o que não sente, quando prostrada, cara na capa, revista que vende, diante da câmara, quando filmada, tão pouca gente, quando filmado, diverso, diferente, sendo infeliz, sonegando sentimentos, em dados momentos, ofício, com algum benefício, arte, artifício, maneira de estar, para ganhar, quando bem cobras, algumas sobras, cara que se espalha, caras bem vistas, corpo que avassalas, algumas pistas, bocas que cerras, que calas, quando não falas!!!...
vida figura pública, boneco de brincar, num faz de conta, constante, sendo o que não é, que se publica, sorridente, contrastante, com duas caras, a que se esconde, a que se mostra, se acaba por dar, a troco duns tostões, duns instantes, ilusões, vidas bem caras, quando se tem, enquanto durar, juventude, beleza efémera, quando se espera, quanta incerteza, não é beleza, sacrifício, amargura, que pouco dura!!!... Sherpas!!!...
invejas, quereres, mostrares, haveres, vaidades insensatas, vidas ocas, pataratas, futilidades, sem pés nem cabeça, não é frustração, tão pouco sentença, realidade que me agoniza, que me indispõe, não regozija, defeitos que reduzem, quando se não reconhecem, quando escravizam quem os tem, quanto os diminuem, pequenos pontos negros, numa alvura, numa vida limpa, um aquém, um retrocesso, sem progresso, um sentimento de raiva, um choro, não um avanço, o inverso, quando os noto quanto os deploro!!!...
querer tudo, mostrar o que se tem, ser aparente, pouca gente, tentar ofuscar alguém, com materialidade que sente, com carteira aviada, displicente, inchado, pesporrente, impávido, orgulhoso, não olhando para a sombra, sequer, nariz empinado, vaidoso, um delicado malmequer, flor impoluta, na alvura, no contraste que não quer, amarelo de mel, adocicado, antes azedo, na amargura, verde, bilioso, enraivecido pela fartura, início do veneno, da inveja, que se não veja, sobeja, disfarçada pelas amostras, com que mostras, teres e haveres, simples quereres!!!...
quão baixos, desvalidos, pobres seres, os dos teres, empréstimos a prazo, descontrolados, não contidos, quando por curvas, atalhos, por quedas, por azos, por fugas, por trabalhos, infortúnios que lhes tocam, azares, doenças, idade, mortes, entre outras tantas sortes, com que os atacam, os focam, como mortais, como os mais, se tornam mais normais, se esquecem da inveja, a que sobeja, não pretendem ter mais teres, se reduzem a não quereres, tristes compungidos seres!!!... Sherpas!!!...
amar é ter tudo, não tendo, é dar, não recebendo, partilhar vida, sentimentos, entregar, de boa fé, com crença, ver belo, formoso, no horrendo, é cometer disparates, com manhas, com artes, rodear dificuldades, sem esforço, com gozo, viver a vida, num segundo, é, num cadinho, abarcar o Mundo, é sofrimento, é dor, é compreensão, é uma flor, uma perfeição, em união!!!...
amar, é amor, seja onde for, é uma fúria, com razão, por vezes ódio, quando paixão, um querer absoluto, um avassalar, respeitando, um ciúme, sem desconfiança, uma aposta no futuro uma esperança!!!...
amar, é querer, é desejar intensamente, comungar, com outro ser, é ser igual, pertencer, um esplendor, de repente, quando se sente, realmente, essa fruição agradável, prazenteira, pelo companheiro, companheira, dois, num só, em comunhão, numa quebra, numa entrega, ultrapassando qualquer barreira, com matizes, sem refrega, docemente com paixão!!!...
é um querer nada, porque tudo se tem, é um sentir repleto, completo, por quem se ama, com alguém, é um Mundo colorido, mais aberto, uma música que se espalha, pelos ares, gentes agradáveis, sorridentes, um entorno, de sonho, ali bem perto, são danças, são cantares, são cheiros inebriantes, que sentes, maravilhas inumeráveis, incontáveis, são levezas, singelezas, encantamentos, segredos, sussurros, beijos suaves, enormes fantasias, nuns momentos, amando, sendo diferente, embevecido, quando querido convencido!!!...
amar, por vezes, dá paixão, dá desconfiança, dá sem razão, gera tragédia, morticínio, irracionalidade, suicídio, agressão física, drama, convulsão, uma profunda confusão, todo o contrário do amor, coisa delicada, uma flor, uma doçura, formosura, equilíbrio, tendo tudo, o que de melhor há no Mundo!!!... Sherpas!!!...
incorpóreo, volátil, distinto, tantas vezes me disfarço, que, por vezes, não distingo o que vejo, o que faço, quando imagino, invento, quando me coloco, me personalizo, quando intento, quando penso, quando me sinto, me realizo, quando reflexiono, sem sono, sobre vidas tão diversas, tão distantes, tão dispersas, que, por mim, não preciso, pensando com juízo, liberto, sem dependências, concreto, tão real, apartado das excelências, as que provocam o mal, as incapazes, ineficazes, sem valias, de pouco siso, faladoras imprecisas, pouco realizadoras, mágicas, sem magias, disfarçadas de protectoras, simples prometedoras!!!...
se, de mim, dependera, a cura de todos os males, o equilíbrio total, a justiça social, em todo o Mundo, na esfera, sendo mais alma, sentimento, não hesitaria um momento, far-me-ia plural, acorreria, com presteza, tal bombeiro responsável, com carinho, com certeza, sendo samaritano inevitável, uma sombra protectora, um alimento certo, durável, um abrigo, uma cura, ombro amigo, daria a quem necessitasse, como figura acolhedora, tudo o que trouxesse comigo, a quem, disso precisasse!!!...
gostaria de ter mil caras, de ser imensas gentes, de me dividir, de me dar, numa fuga, numa corrida louca, veloz, prestável, coisa rara, acudir aos inocentes, proteger os mais carentes, alimentar todas as bocas, ser, não sendo imponente, feliz pelo devir, distribuindo meiguices, sorrisos, todos os que fossem precisos, num constante ir e vir, numa azáfama pertinente, oportuna, adequada, sendo tudo não sendo nada!!!... Sherpas!!!...
em perfeita harmonia, em volta duma fogueira, labareda imensa, energia, sempre da mesma maneira, numa rotação constante, numa curvatura, numa elipse, mantendo distâncias, ao longo de milénios tamanhos, sem pressas, sem enganos, num sincronismo impressionante, num conjunto que se respeita, no mesmo caminho, na mesma esteira, conjunto tremendo, gigante, perante estas minudências, simples trastes, infelizes, que se consideram excelências, procedendo como petizes, com ganâncias, alarvices, como coisas aberrantes, sem objectivos definidos, quando se cruzam, como dantes, quando cometem palermices, simples nódoas meros tratantes!!!...
tudo pensam conhecer, tudo mandam, manobram, comezinhos, pobres seres, quando destroem, quando roubam, quando ultrapassam direitos, cometendo excessos, danos e mortes, denominando-os de progressos, quando se julgam mais fortes, grandes pecados, defeitos, sem elipses perfeitas, com tantos e tantos eclipses, ocultações premeditadas, no íntimo, grandes tolices, espremidas, simples nadas, agressões, morticínios canalhadas!!!...
de espantar, feitos raros, espectáculos feéricos, naturais, no espaço, neste sistema, que gira sempre na mesma, respeitando distâncias, contrários, interposição momentânea, entre dois, três ou mais, lição, exemplos vários, que teimamos, na colectânea, considerá-los anormais, quando dados, quando vistos, notícias de primeira página, transportados, como bem quistos, quando se interpretam, como se imagina, numa harmonia celestial, num sistema que funciona, num Sol que nos ilumina, que se oculta, por vezes, que nos faz parar e pensar, quando nos atinge, nos fulmina, nos reduz, nos avalia, nesta harmonia, um escolho uma mania!!!... Sherpas!!!...
não sou, sendo, não sinto, sentindo, não esqueço, esquecendo, não minto, mentindo, não me escondo, escondendo, sou como sou, onde estou, não finjo, fingindo, sou algo que ainda não acabou, ser que se completa, alma repleta, sentimento que se alerta, no âmago, no íntimo, verdadeiro atleta, nestas coisas que arrimo, que junto, que componho, quando penso, quando ponho, quando me dá para isso, pessoa de siso, por vezes, sem juízo, quando atiro, quando vitupero, quando escrevo, quando não espero, quando me coloco, bem posicionado, sempre desperto desconfiado!!!...
avis rara, coisa confusa, Circunspecto e aberto, contradição, enfrentamento, nesta vida, nesta luta, ao longe, ao perto, numa fracção de isolamento, num cadinho que me consola, prudente, sisudo, tão falador, quedando mudo, sou, tal como sou, não sendo, alguém que escreveu, que pregou, consoante o que vai vendo, não mentindo, alertando sentindo!!!...
não finjo, não me escondo, tirando ou pondo, alterando o pensamento, modificando juízos, valores, mesmo quando intento, experimentando outros sabores, outras correntes, outros ventos, tal como os tempos, quando se mudam, se alteram, quando menos esperam, por circunstâncias várias, outras cantigas outras árias, continuo sendo, mesmo gritando gemendo!!!... Sherpas!!!...
como ser alado, como pássaro que voa, que vagueia por qualquer lado, que pousa onde entende, que voa à toa, que não conhece fronteiras, que ultrapassa barreiras, que alcança o que pretende, um sonho, uma mania, um bem-estar, uma harmonia, numa vida curta, feliz, num ápice, numa vertigem, nunca se prediz, intui, como um adivinho, pássaro pequeno, imagem, ágil e airoso, gracioso, ser divino, de brancura alva, imaculada, voando, por qualquer lado, quando metáfora quando cantada!!!...
gaivota de praias plenas, serena ou agitada, nas águas espelhadas, amenas, em tempo de acalmia, quantas vezes cantada, num hino de fantasia, cântico de alegria, esperança de quem deseja, em liberdade total, ser emblema, benfazeja, enquanto voava, voava, de asas abertas, planando, com pios de conforto e gosto, ao longo de todo o Estio, tanto em Julho, como em Agosto, nela me revejo e fio, com ela sonho, descansado, quando não me sinto amarrado!!!...
em tempo de tempestade, recolhida em terra firme, só lhe queda a saudade, da imensidão que se agita, das águas, em convulsão, mantendo o que se lhe permite, um cantinho sossegado, uma ânsia, uma emoção, um desejo grande, enorme, de voltar a ser liberdade, de voar, para qualquer lugar, ser emblema duma verdade, voando sempre sem parar!!!... Sherpas!!!...