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tomada de posse dum Presidente, não acontece todos os dias,
supra-sumo eminente...
quanto alegres, simpatias, convidados aos milhares, vindos de todos os lares,
de qualquer recanto da Terra, num País que se aferra,
na crise em que caiu, nunca, tal coisa se viu,
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que se gaste, que se esbanje, é próprio, é indicado,
até que a vista alcance...
numa fiada, um convidado, sorrisos abertos, apertos de mão,
inclinação, vénia, um gesto, está de festa
a Nação,
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Rei, Presidente, de resto, cerimónia, é imposição,
com pompa, como tradição...
quão singular a festança, nesta doida contradança,
uns, enchem a pança, outros, limitam-se a ver,
com olhos de quem não quer crer,
anuindo, inconformados, pobres por todos os lados,
deficiências exorbitantes, com uma dúzia de
extravagantes!!!...
ponto máximo na carreira, simples amador, sim senhor,
sem, tão pouco, ter carteira...
como qualquer profissional, ascendeu, como dilecto, foi escolhido, afinal,
de todos, o predilecto, mais calado, mais encolhido,
de poucos ou muitos saberes...
raro ou excesso verbo, com sobranceria ou sem soberba, distanciado do reles mortal,
fugindo do pantanal,
não há bem, que não lhe chega, não há mal... que lhe não venha,
assim vai Portugal, numa divisão que se adivinha, sensação que se disfarça,
que se encobre, se encaminha, como um projecto final,
congregação de Poderes, sonho do defunto, referência,
desse bando disciplinado...
como troca, exigência, que reduz a excelência, já concebido
congeminado!!!...
pelos vários convidados, se prevê, o que se não crê, amigos, de todos os lados,
com o mesmo ideal, a mesma fé... de qualquer quadrante do Mundo,
refinado, bem profundo,
numa identidade avassaladora, vontade dominadora, voragem que não pára,
aumenta...
mesmo quando se teima, se tenta, fazer frente, emperrar,
não há quem a consiga parar,
novo liberalismo voraz, que, de tudo, é capaz, colocando nas alturas,
por más obras, espúrias...
o inculto, o néscio convicto, o sábio, o eleito
, o escolhido!!!...
ligado aos bons amigos, aos ricos, aos abastados, influente, entre muita gente,
não lobriga os sem abrigos...
tão pouco, os remediados, pouco ri, muito ri, quase não sente,
sente bastante, instalado, como gosta, bom recato,
mesa posta,
paga certa, adequada, mordomias a contento, viagens, com basta companhia,
resma de representantes...
do governo, das empresas, muitas, caras e com recepções,
bom lugar, bom sustento, concretizar dum sonho, alegria, tal e qual,
como dantes, com muito menos surpresas, intocável,
quantas ilusões...
emprego assegurado, quinquenal, com hipótese de duplicar,
assim vai
Portugal!!!...
se será interventivo, mais ministro, do que Presidente,
se entra em colisão...
com o governo da Nação,
se conlui, se acerta
ajudando, se influencia, como projecto, como opção,
do alto da sua postura, como selecta, fina figura,
se retrai sua actuação,
juntinho da população, se abraça, beija, algo que se fotografe, se veja,
se anda de banquete, em banquete...
num rodopio imparável, fazendo jus ao papel,
arrastando carga, fazendo frete, rodeado pelo excelso, pelo notável,
com palavrinhas de encantar, dando nas vistas, sem parar,
não evitando o que sente...
num esgar
, num repente, logo se verá, na altura, irá dando para avaliar,
já não é candidatura,
tem poleiro,
acabadinho de ganhar!!!...
assim vai
Portugal, mais sossegado, consensual,
acalmia prolongada...
entendimento, preceito, iremos ver o jeito, faremos por comparar,
quanto a estadões, frugalidades, quanto a mentiras,
quanto a verdades...
quanto a escolha feita, quanto a pessoa eleita,
no lugar que se propôs, o mais elevado deste burgo,
cadinho dos nossos avós, que aguento, que não expurgo,
que não entendo, não concebo, no qual vivo, mantenho, esta minha triste sina,
tal como aquela rainha...
tão distante, fria, indiferente, que memória, não consente,
simpatia, não lhe vejo,
com representação de sobejo,
décadas e décadas, continuadas, bem firme, com provas dadas,
cara de pau assumida... numa fuga,
uma vida!!!...
na altura da retribuição, em termos de reciprocidade,
pagar as visitas, pois então...
um luxo, pura verdade, sem parcimónia, com excessos, quantas viagens de avião,
voltas à bola, num frenesim, fazendo como os antecessores,
uns excelsos, uns senhores,
cumprindo até ao fim, deveres, obrigações,
retrocessos...
ao longo de um, de dois mandatos, quem muito tem de fazer,
representando bem o País,
como quem diz,
recreando o espírito, a mente, à custa
de tanta gente!!!... Sherpas!!!...
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