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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

28
Jun06

... alteração repentina... no clima!!!...

sherpas

… alteração repentina no clima, calores exagerados, brutais,

frescuras matinais,

nuvens densas nas alturas, altas, baixas temperaturas,

afronta que desanima, incendeia campos, corações,

ânimos, emoções,

altera comportamentos, provocando reacções instintivas,

gritos, histerias aflitivas,

dores, reumatismos massacrantes, pensamentos, invectivas,

culpando tudo e todos!!!...

 

 

… imagens repetidas, marcantes, congeladas na retina, bem vivas,

quando vemos, sentimos como loucos,

sofrendo na mente, na carne, nos ossos,

rezando preces, rogando pais nossos, anões derribados perante gigantes,

débeis criaturas jogadas pelo destino,

tão frágeis, por climas, por saúde, sensações se agravam,

consoante a temperatura,

se altera, num repente, nem sempre dura,

não permanece,

ora aquece, queima… ora arrefece!!!...

 

 

… destrói, mata por onde passa,

chama que provoca desgraça,

frio húmido sentido, que aparece, chuva intensa que arrasa,

que dá queixa, quando marca,

dor forte, como ferrete que se enterra na articulação do braço, na perna,

que nos persegue, enquanto dura,

frágil, convencida… criatura!!!... Sherpas!!!...

 

 

27
Jun06

... ausente!!!...

sherpas

… parado, sem objectivo definido,

apartado do entorno, bem longe, mente vazia, sem sonhos, não consigo

descrever o que me rodeia,

sentindo,

porque vivo, respiro, anseio, corpo que se eleva, separa do meio,

levita porque se não para, repara,

destorce toda a verdade, incendeia restos e rasgos, palavras e traços,

embeleza o feio, o desperfeito,

006

coloca um doce no amargo,

uma cor bonita, deslumbrante,

no rosto petrificado da morte, um ponto que falta no que se afasta,

um sorriso no degradante,

falso, não casto, enganador que se enfeita,

tão alto, impensável, essa a sua sorte,

memória curta que esquece, desaparece,

sob olhar atento, vigilante,

que permanece

parado, mudo, levitando,

não escrevendo, não pensando… olhando,

isolado, introvertido!!!...

 

… bocados de vida, perdidos por tantos cantos,

irrealidades que me assombram, escondem,

quase tapam quando escapam, olhar não perspicaz,

mais incapaz,

escassos segundos, lapsos fugazes, instantes,

grandes desencantos,

fantasias que não construo, belezas que não vejo, ajudas que não tenho, abstenho, recuso,

ficando parado, fechado no corpo, mente que se não solta, quieta,

quase sem vida, espécie já morta,

chama mais débil, não desperta,

revoltado com tudo, com todos, renegando o que tento ser,

não querendo ver,

por querer,

 

apartado deste bocado, entorno sem retorno,

local que me oblitera, tal como fera,

fome imensa que a coage, quando age,

quando menos se espera,

sem sorriso, sem sonho… voragem!!!...

 

… uma simples imagem, um reflexo fugaz, um pensamento com continuidade,

uma metáfora repentina, inteligente, uma comparação, uma emoção,

um sentir mais capaz,

uma explosão de palavras que se atropelam,

um repente, uma triste verdade,

um tema, um amor, uma paixão, algo que me empurre, que me faça reagir,

me faça pular ou fugir,

olhar à volta, apreciar, depreciando,

elogiando quando canto maravilhado,

o que me rodeia por todo o lado, que me retire deste estado,

 

quando… parado, sem nada pensado,

vazio,

sem objectivo definido,

sem desafio, entristeço, não venço apatia que se abate,

levito, bem longe do corpo, da mente,

ausente!!!... Sherpas!!!...

 

 

 

24
Jun06

... manutenção do... que se tem!!!...

sherpas

… manutenção do que se tem,

cuidados requeridos sobre objectos que se possuem,

limpeza, arrumações que se fazem,

adoração pelas memórias que nos trazem,

aquele boneco de porcelana,

aquele quadrinho em relevo,

dois pormenores que, quando vistos,

mesmo de relance, nos lembram, nos conduzem,

nos arrastam o pensamento,

nos trazem um bom bocado,

mais ao longe, noutro lado,

quando deslocados em terra estranha,

num período de descanso, de compras, recordações,

com sorrisos, emoções,

gratas satisfações…

 

… sentado muito quieto, parado,

sob olhar atento de artista de rua,

fazendo figura de modelo, pousando,

turista que se deixou cativar

por caricaturas, por desenhos,

ali, pendurado na parede, o resultado

bem evidente, mesmo ao lado

num painel mais alargado, fantasia oriental,

com tons metalizados,

vizinhança que não se estranha,

embora antítese, contrário,

afinal não queda mal,

completam-se pela disparidade, irrealidade,

mundos adversos, distanciados,

amálgama de quem gosta de olhar, parar, recordar,

tocando levemente nos objectos que cuida com desvelo,

espalhados pelo lugar

que habita, quando recorda ausências,

paragens noutros sítios… permanências!!!...

 

… um livro escrito em língua que desconheço,

encadernação trabalhada, uma perfeição,

tão lindo, tão atractivo, por certo preço,

nem alto, nem baixo, o exacto,

foi ímpeto, atracção,

comprei, transportei, coloquei,

cá o tenho, junto dos meus,

nunca o li, nem vou ler, quero crer,

mas, tal como o desejei,

aqui o tenho comigo, amigo doutra língua,

complicada, fechada,

por vezes, folheio-o, respiro o odor das suas folhas,

olho para aquelas garatujas, desconformes,

quase cuneiformes, arabescos,

com respeito, embevecido, ponho-o no lugar que ocupa,

lembro a altura, o tempo, a troca,

a entrega do dinheiro, a aquisição… boa recordação,

que capa, que desenhos, que coloridos,

que escrita, que perfeição,

quantas interrogações me faço,

nem o título, nem o enredo… não conhecidos,

conteúdo que presumo importante,

lugar na estante das lembranças,

noutros tempos… esperanças!!!...

 

… mais uns bonequinhos dos que encaixam,

se arrecadam uns nos outros, um enfeite, um colar,

de terracota, uma Deusa indefinida,

velho papel, tipo papiro antigo,

uma recordação do Vaticano,

numa mescla que se defronta, não afronta,

aceitam-se, respeitam o lugar,

que bem se acham,

nesta outra sua vida,

existência na minha sala, depois de vinda,

que vejo, revejo, trago comigo,

objectos, devaneios,

acumulações sem receios,

memórias com estórias nos móveis, nas paredes,

como teias, como redes que me prendem

a lugares visitados,

que me deram, que me entendem,

tantos lugares… recordados!!!...

 

… artefacto útil, falha que se colmatou

naquele ermo distanciado,

de pouco vulto, aconteceu,

coisa que se comprou,

que se utiliza em qualquer lado,

nos acompanha no percurso,

quando se olha, quando se usa,

sorrio, quando lembro,

já vai tempo passado,

ainda o tenho,

boa aquisição repentina,

tenho a figura do comerciante na retina,

mantenho viva, recordada, a discussão entaramelada,

a conversada, o negócio entabulado,

a troca provocada,

objecto para cá,

dinheiro para lá,

aumento do pecúlio, património,

pequenas coisas de nada,

apontamentos de viagens que se fizeram,

que se guardam, que se mostram,

que recordam uma estada,

que nos dizem tudo… espólio,

traços, marcas, manutenção de objectos,

sonhos e afagos… ligações, afectos!!!... Sherpas!!!...

21
Jun06

... aquele pedaço de... luz!!!...

sherpas

… num rodopio,

volto e revejo

o que me emocionou,

num desafio,

vontade de marcar na retina,

aquele pedaço de luz,

singela,

figura esbelta, tão bela,

que me obcecou,

amarrou,

alma tão pura e triste,

olhar lânguido,

perdido,

meandros  de vida escabrosa,

regaço da morte,

quão formosa,

se aproxima,

exalta, não mata,

rodeia, não desfeia,

mantém intacta,

no rosto que não me escapa,

gravado,

olhado,

rendido… tão lembrado!!!...

 

… esteve prestes,

não conseguiu,

perante gestos que te negaste,

não parou, fugiu,

num rodopio,

ficaste exangue, por um fio,

em tudo que te não deste,

alvura,

anseio, brancura,

imagem que me deixaste,

quando passaste,

como desafio,

raio de luz intenso,

não propenso,

ultrapassaste

teu destino, tua sorte,

a morte!!!...

 

… sinto o bafo

quando exala,

desafio,

beleza que acomete,

se intromete,

raio de esperança

que se alcança,

com que desfaço,

mau momento que se cala,

intervala,

ultrapassa, quando passa,

final, trajecto que se atalha,

monumento permanente

tão raro,

dilecto,

singeleza,

uma certeza, uma retina,

uma imagem,

suprema,

beleza!!!... Sherpas!!!...

19
Jun06

... heróicos e... estóicos!!!...

sherpas

… uma embriaguês de cor,

arrebatamento momentâneo,

tamanho quadro, quanta flor,

instantâneo,

varanda repleta,

tão completa,

vermelhos vivos, amarelos brilhantes,

azuis deslumbrantes,

tantos matizes,

verdes de fundo,

cadinhos, instantes,

bem gozados, felizes,

melhor, mais profundo,

dentro dos males do Mundo,

num recanto pobrezinho,

casa modesta, aberta,

pintura absurda, louca,

moldura tão perfeita,

pessoas com que te enfeitas,

quando as descreves, choras,

não rejeitas, adoras,

heróis de corpo inteiro,

adversidade da vida,

ali fechadas, oprimidas,

espaço curto, tendeiro,

pai de tantos filhos,

mãe cansada, deprimida,

jardineira com cadilhos,

seus vasos, evasão,

flores em erupção,

orgulho… perfeição!!!...

 

… casa humilde, bem pequena,

muitas chagas, sem farturas,

esquina, numa empena,

albergue de tantas almas,

filhos com que te empanturras,

casal que se enfeitou,

flores de carne, risonhas,

caras com que sonhas,

tugúrio tão reduzido,

pouco mais ambicionas,

paredes que embelezas,

mãe coragem, mãe formosa,

junto dos filhos, do marido,

quando te encantas no colorido,

vasos que trazes contigo,

poucos haveres nas mesas,

bem vazias, tão chorosa,

quando te juntas ao amigo,

abraço fervoroso,

aconchegada, num mimo,

adorada por… qualquer filho!!!...

 

… refúgio, esquecimento,

belezas efémeras, repentes,

exuberância duma época,

deslumbre, encantamento,

admiração das outras gentes,

quando passam, reparam,

desafio, heroicidade, écloga,

recordar da juventude,

quando flor viçosa,

porte, na atitude,

cobiçada, porque… prendada,

fonte de perfumes, dengosa,

quando mais nova, recatada,

namorada do marido,

jardim que trazia consigo,

rosas, malmequeres,

jasmins dos seus quereres,

flores da vida, flores do tempo,

recanto… num pensamento!!!... Sherpas!!!...

18
Jun06

... lua!!!...

sherpas

… lua, tão nua, ainda com vergonhas, luz pálida que cai,

sobressai,

derrama anseios, nas sombras, nos beijos, sussurra, partilha desejos,

cúmplice albergue, que cobre, segue,

image.png

abriga,  amiga, quando dormes, sonhas enlaçado,

volúpia, num corpo que é teu,

tão junto do meu...

 

prazer com dor, com lua, bem nua, sentindo amor,

vida tão quente, com medos, entregas, favores,

vergonhas, cravos, escravos, senhores,

paixões… temores!!!...

 

… suave luar, remanso tão casto,

manto, pedaço,

cetim aveludado, tempo de amar, zénite não gasto,

 

paixão desatada, corpo que faço, dois que se juntam,

almas em chama, estendidos, amando,

ponto esquecido, imensidão que proclama, num gesto, num acto,

vergonhas que são cor, prazer que não é dor,

bem juntos… na cama!!!...

 

 

… luar que cobre, abriga, não tolhe, eleva bem alto, presos, filamentos,

sublimes sentimentos,

sentires que anima, tão iguais, os mesmos, um grito, um querer,

flores ao luar,

 

são pérolas, são pratas, cenas inebriantes,

são rubis, diamantes... raios, quando tapas, enamorados, amantes,

 

sem cor, empalideces... se te envergonhas,

esqueces,

tudo entregas, quando te dás…  ofereces!!!... Sherpas!!!...

 

 

17
Jun06

... bola disparada... por todos os lados!!!...

sherpas

… lânguido me sinto, com torpor,

como em tarde quente de Verão,

recolhido em mim mesmo,

sonolento, parado, sem acção,

não tenho em mim aquele ardor,

vontade intensa de escrever,

sobre a situação presente,

a que se sente, pela emoção,

pelo desígnio, pela entrega,

no combate, na refrega,

Mundo com olhos postos,

mesmo carregado de desgostos,

na luta que se trava, que entrava,

qualquer tipo de pensamento,

nesta altura… no momento!!!...

 

 

… bola disparada de todos os lados,

jogadores, heróis mais que mimados,

relvados, balizas, livres, pontapés,

Portugal de lés-a-lés,

não tão abrangentes noutros,

países mais cordatos, insonsos,

com menos sangue na guelra,

boca fechada, golo por marcar,

explosão, alegria… rouca a goela,

depois de ouvido, na sala contígua,

dou um salto, corpo se anima,

logo penso comigo… golo, foi-se a míngua!!!...

 

 

… satisfação de quem não gosta,

que logo se posta,

sem langor, sem torpor,

já sem sono, mais animado,

frente ao televisor… sentado!!!...

 

… assisto aos minutos finais,

vendo jogadas, jogadores,

corridas loucas, gritos, saltos,

entre outras coisas mais,

coloridos de cachecóis, bandeiras, sinais,

festa que sobressai, animação,

caídas provocadas, esgares, dores,

cartões amarelos, saídas compulsivas,

palavras gritadas, incentivas,

multidão que berra, gesticula,

espectáculo que não gosto,

que vejo, quando me posto,

quando sofro, quando torço,

comentários de políticos,

aproveitamentos,

ocasiões favoráveis,

são incríveis, detestáveis,

quão tristes… lamentos!!!...

 

 

… posição excelsa dos notáveis,

povo que rebola, enovela,

perante o campo, na tela,

sardinha que se come,

petisco que se engole,

cerveja que desliza,

cantiga que evola,

tudo por causa da bola,

da rede duma baliza,

excitação inusitada,

logo, logo… aproveitada,

p´ró interesse nacional…

que viva a Selecção,

Portugal que vais menos mal,

alucinação global,

escape, frustração,

treinadores que se posicionam,

quando falam, quando entoam,

não é poema,

tempo que se queima,

enquanto vejo, decorre,

escrita que me ocorre,

perante a emoção,

de toda esta Nação,

não gosto mas, também torço,

quando olho… quando me esforço!!!... Sherpas!!!...

 

16
Jun06

... porque razão... não se condecora???...

sherpas

… porque razão não se condecora,

o que se despreza, o que se chora,

o que quer comer e não tem,

o que parte, vai embora,

o que definha, esquecido,

num tugúrio enegrecido,

rodeado de doenças, chagas,

preocupado, mais que calado,

a quem, pouco ou nada afagas,

lembrado, quando falas,

tão excluído como sempre,

por aqui, em tanto lugar,

vítima, puro inocente,

resto que se rejeita, por querer,

pelos heróis empreendedores,

quando se cuidam, não querem ver,

ofuscados, convencidos,

por uns teres… simples haver!!!...

 

… abordam, levemente,

toda aquela multidão,

espalhada como grão,

em dia de sementeira,

por geografias imensas,

seres que também são gente,

ao abandono, sem ilusão,

muito para lá da fronteira,

clã enorme, migração,

quase metade do que somos,

que guardam amor, saudade,

do que lhes negou o pão,

naco de miséria, realidade,

tal como fomos,

na ditadura de então,

modernos, desequilibrados,

uns com tantos bocados,

muitos sem um tostão,

heróis, não posicionados,

espalhados por tantos lados

os que, a isso… obrigados,

em terras estranhas, diferentes,

quantas e quantas gentes!!!...

 

… são teias, senhor,

hipocrisias, fingimentos,

quando se esquece a dor,

se menciona, vezes por outras,

seja lá onde for,

nuns pedaços, certos momentos,

sob seriedade arranjada,

circunstância apropriada,

papel escrito, pensado,

numa fita colorida,

numa chapa brilhante, oca,

coisa reles, coisa pouca,

palmas, contentamentos,

falta de sentimentos,

perante gente tão sofrida,

não vivendo, não comida,

com trejeitos que fazem pena,

neste trajecto, nesta empena,

nesta curva, nesta vida,

bem jungidos, desprezados,

referidos… não medalhados!!!...

 

… heróis, coragem enorme,

labuta que se acumula,

luta incomensurável,

sobrevivência custosa, com fome,

quantos por aí, por tanto canto,

neste Paraíso, Inferno, recanto,

que se oblitera, que se emula

numa competição desigual,

entre os que estão bem, os que estão mal,

bem no cimo, condecorados,

com problemas, verdadeiros dilemas,

quando penso, desfaço,

quando choro, lamento,

negando discursos, verbos, temas,

olhando para leitos, para regaços,

mães enfermas, vultos, traços,

indigentes, velhos escassos,

crianças perdidas no tempo,

homens fugidos, emigrados,

deste naco… deste espaço!!!... Sherpas!!!...

 

16
Jun06

... num instante... num piscar!!!...

sherpas

… num instante fortuito,

num relance, piscar,

centésima de segundo,

deu para imaginar,

não adentrei,

mal me precatei,

já lá não fui, no refúgio,

bem apartado,

acabei por parar,

resguardei meus sentimentos,

sossegado, no meu Mundo,

optei por pensar,

deduzindo,

avaliando provires,

imaginando sentires,

Amesterdão 1 009

colocando aquelas imagens no auge,

audazes, gritantes,

por instantes,

atitudes sem virtudes,

que me reduzem,

quando se dão, se produzem,

sem graça, aviltantes,

de autoria bem determinada,

gentinha de nada,

sorrisos que são esgares,

que provocam maus estares,

matreiros a tempo inteiro,

tendo como Deus… o dinheiro!!!...

 

… bola que rebola, aos trambolhões,

por tostões, por milhões,

pisando os menos válidos,

com fome, esquálidos,

entregues que estão aos galinfões,

sem sonhos, sem ilusões,

quando trucida, esquecida,

ser inocente que não é gente,

pedaço de carne, esqueleto que se arrasta,

figura que assombra, que arrepia,

mãe de mama vazia,

pai já morto, recente,

criança que já não chora,

pouco brilha, trémulo pavio,

multidão de armas na mão,

que mata sem compaixão,

guerra permanente,

sentimento… ausente!!!...

 

… fortuito o olhar, quando me arrepio,

logo penso no que já vi, quando me refugio,

lamento e choro, intensamente,

a perversão insistente,

nesta casa sem lei, sem ordem,

que se destrói, se mantém,

mais de metade, com fome, esquálidos,

empurrados e mortos, não válidos,

todos os dias, como norma,

visão tétrica que se mostra,

que se rejeita, se afasta, se esconde,

numa hecatombe que se entorna,

se derrama sobre todos que se encolhem,

viram o rosto, choram o desgosto,

já não vêem, não olham,

incapazes, perante os vorazes,

enrubescidos, quando se envergonham,

Deus insensível que permite

a existência desses audazes,

feras ruins, bestas e monstros,

neste sistema esmagado, simples mosto,

que se entorna porque adorna,

arreado, bom bocado,

aqui tão perto… aqui, ao lado!!!... Sherpas!!!...

 

 

 

13
Jun06

... palhaços que... fazem rir!!!...

sherpas

das profundezas mais recônditas,  das entranhas mais inóspitas,

como um rugido lancinante...

ruído intenso, quando gritas,

 

som esquisito, mirabolante, revolta imensa que te agita,

te enraivece, não esmorece...

pela impotência que te acomete,

 

quando te julgas débil, fraco, perante tudo que acontece,

pânico, temor, mais um facto... golpe certeiro no que pensas,

mesmo que queiras, quando intentas,

05072009(012)

no momento, logo no acto, escrevendo teu desconforto,

com desânimo justificado...

neste cantinho atrasado,

 

jardim dos belos efeitos, com bolas, acometimentos,

carambolas e sentimentos, albergando tantos defeitos, couto privado, mal parado,

quinta privada de alguns,

tantas vezes… desgovernado!!!...

 

enrouqueço, não me esqueço, lembro a todo o instante,

o que vejo e desmereço...

quadro sujo, degradante,

 

político que se não cuida, que vomita triste sentença,

que se refugia, acusa...

ignorância sem cabeça,

 

língua desatada, desboque, figura, sem rei nem roque, bobo sem graça bastante,

ridículo, extravagante,

rei de ilha bem formosa, única flor não cheirosa, pérola atlântica, perdida,

tão comprada… tão vendida!!!...

 

 mais me espanto, confesso, como se atura um possesso,

como se permite um desvario, mais me revolto e apouco,

perante um bobo, um louco...

 

ataque forte, desafio, por alturas de tanto fogo,

com revoltas de tanto Povo...

chaga que volta de novo,

 

maleita que se instala, boca que vocifera, não cala, passividade de quem governa,

receios, culpas, castigos,

ajuntamento com amigos...

 

sorrisos, convencimentos, instalado que se aferra,

que rejeita os inimigos, com turvos, tenazes intentos, petrificação no lugar,

futuro a… perpetuar!!!...

 

não me contenho, enraiveço... quando débil, fraco, desmereço,

grito com todas as forças, bem do fundo, das profundezas,

inóspitos lugares, mirabolantes, perante figuras tão estranhas,

deselegantes realezas,

 

caricatas, extravagantes, mantendo tudo, como dantes, entretenimentos diversos,

fogos vários, adversos,

palhaços que fazem rir, quando dão bocas… mandam vir!!!... Sherpas!!!...  

11
Jun06

... como magma... incandescente!!!...

sherpas

 

… escrever, como erupção dum vulcão,

como torrente de lava que se espalha e queima,

como massa incandescente, fervilhante, que se derrama,

magma petrificada,

depois de expelida, vomitada,

causadora de medos, horrores,

de fugas, de pavores,

provocando ajuntamento, multidão,

inquieta. temente, que não teima,

desiste, foge, enquanto clama,

se agita, grita, temerosa,

com alguns haveres, chorando,

pregando os olhos, recuados, vidrados,

num lar que deixa, arrastando

dores, sofrimentos, lamentos,

numa corrida desenfreada, aloucada,

alguns, parados,

numa atitude muda… congelada!!!...

 

 

… intervalo, como quando sobejo,

como quando paro,

quando quero, quando vejo,

quando reparo,

criação, inventiva, imaginação,

não sai do âmago, onde sinto,

este torvelinho que me anima,

que me impulsiona, me empurra,

me chuta, faz rolar,

como lava que se espalha, queima,

quando rola na encosta, nos cai em cima,

nos perturba, nos agita,

turba imensa que não pensa,

temerosa… grita,

como uma chama… tão intensa!!!...

 

… quem avalia a emoção, a poesia,

quem se atreve, quem intenta,

quem compara, não repara,

quem denigre, hipocrisia,

quem contém tal corrente,

quem justifica sentimentos,

que estalam, que rebentam no momento,

pobres asnos, repelentes, quando zurram,

paro e penso, não reparam

que a lava incandescente,

tudo incendeia, não massacra,

já rocha dura e firme,

mais se afirma, quando passa,

deixa marca profunda em muita gente,

que se não subjuga, quando sente,

porque a erupção é tremenda,

dá frémitos e gozos,

quando enfrenta… sem repousos!!!...Sherpas!!!...

 

 

09
Jun06

... não escondido... nem disfarçado!!!...

sherpas

… tantas vezes falei de mim

que, pensando bem, quando me julgo,

paro um pouco mas, não fujo,

aceito-me como sou, tal e qual, outrossim,

sem bajulações, algumas ilusões,

direito, sem ser perfeito,

detestando aldrabões,

escrevendo como sei, como penso,

sem material contrafeito,

coisa que me não dá jeito,

dando ao dono o que lhe pertence,

sem pretensões, sem interesse,

DSC02818

fazendo o que sei fazer,

mostrando como faço,

sem diminuir, sem desfazer,

mantendo o meu espaço,

intervindo, por se acaso,

quando se me enrolam as entranhas,

perante disparates, coisas estranhas,

distanciado, não embrulhado,

no meu cantinho, acantonado,

não escondido, nem disfarçado,

com um nick já antigo

que transporto sempre comigo,

fazendo parte de mim,

tal e qual… sou assim!!!...

 

… não gosto, nem desgosto,

indiferente me torno,

perante exemplos que se não dão,

palavreado que não convence,

posto excelso que desmerece,

quando recebe acumulação,

iludindo, com denodo,

vulgar, parco Povo,

tão miserável, tão pouco,

que, para sobreviver,

como qualquer pode ver,

emigra, vai para longe, abandona

sua terra, seu lugar,

antes que a fome se interponha,

na família, no lar,

mantendo, sempre a falar,

inúteis, trapaceiros,

pejados de honras… dinheiros!!!...

 

… irrito-me, não me calo,

dá-me para escrever, como escrevo,

não falando porque não falo,

em assembleia ou parlamento,

descrevendo o que vou vendo,

mastigando o que vou lendo,

não engolindo, sem espavento,

tão vulgar, comezinho,

muitas vezes, falando sozinho,

indignado, com razão,

perante tanto Estadão,

numa Nação tão desigual,

onde os ricos, a rebentar,

encontram tudo normal,

os mais pobres, vão fugindo,

quando deixam de trabalhar,

desenrascados, jungidos,

como burros bem zurzidos,

sempre a andar, sem parar,

numa emigração costumeira,

hábito antigo, adquirido,

longe desta pasmaceira,

couto privado do político,

dum que outro fingido,

bastos, fartos… de pasmar!!!... Sherpas!!!...

 

 

 

 

 

09
Jun06

... meninas dos meus amores!!!...

sherpas

… meninas dos meus amores, visões, encantamentos,

recantos da mocidade, encontros, repentes, ardores, entrega doce, sentimentos,

coração alucinado, arritmia descontrolada, afogueados rostos, momentos,

 

paixão jovem, pura, com um pouco de loucura,

passagem, rompante, afronto, balbuciar hesitante, uma busca, uma procura,

alma gémea, na altura...

 

companhia desejada, fantasia rebuscada, esta é minha, aquela é tua, quantas delas, desejadas,

bem ao longe, só olhadas,

escritos, compromissos, desejos tão reprimidos, meninas namoradas,

tão pertinho… tão afastadas!!!...

… um sorriso, um virar os olhos, um gesto, um requebro, uma frase, simples palavra,

quanto delírio, quantos sonhos, bem me queres, também quero,

um resguardo que se entrava,

 

fronteira, difícil acesso, barreira intransponível,

quase mudo, não audível...

olhos nos olhos, embevecidos, para ali estavam, quase esquecidos, com respeito, com juízo,

meninas de muito siso,

 

lenço vermelho, uma rosa, verso, carta escrita, declaração pomposa, ardores,

preceitos com muita prosa, bailarico, à distância, olhar atento das mães,

meninas de muito respeito,

bonecas, lindas flores, coisa séria, rigorosa, todo um romance, um jeito,

outros tempos… outros amores!!!...

 

recuando, lembrando, rio, lamento… ao mesmo tempo,

as meninas dos meus amores,

as meninas dos meus olhos, as meninas de Velasques,

na era dos basbaques...

 

as meninas de Avignon, com outro estilo, outra cor, outro tom, as meninas dos meus abrolhos,

todas cobertas de flores, sensitivas, perfumadas,

bonecas, deslumbres, amores, não esquecidas, já passadas...

 

relicários de sentimentos, musas, encantamentos de escritores, de poetas,

de pintores, de outros estetas,

de mim, também, bendito de quem as teve, de quem com elas vive, as manteve,

de quem ainda as tem!!!... Sherpas!!!...

 

 

06
Jun06

... lentamente!!!...

sherpas

 

… lentamente,

a manta de silêncio que me acolhe,

encolhe, retrai-se, esvai-se,

quase desaparece,

quando desvanece,

madrugada que me tolhe,

pequeno ruído que aparece,

carro barulhento que passa,

animais que saúdam o nascente,

inquietação que surge,

o tempo urge,

pressa continuada,

passos que se ouvem,

portas que se fecham,

algum movimento, pessoas nas ruas,

encolhidas, com frio,

que fastio,

repetição,

foi quebrada… a solidão!!!...

 

011

… dia de semana,

ensonados, cabisbaixos,

como destino,

único caminho,

sobrevivência,

vegetais que se arrumam,

não se aprumam,

insistência,

vontades que se não firmam,

conduzidos por um sinal,

música no despertador,

vai chegando o alvor,

seres de hábitos repetidos,

que desanimam,

grande mal,

sempre igual,

consentido,

sem sorrisos, com esgares,

saindo dos próprios lares,

ritmo que acresce,

que enrubesce,

vergonha, na saída,

jungidos,

animais de carga,

que desgraça!!!...

 

… não foi para isto,

dizia o Pai de Cristo,

de todos nós, afinal,

quando prometeu o que não deu,

julgo e insisto,

Paraíso nunca visto,

um simples ponto final,

miragem bem distante,

credos e crentes,

fiéis no renascer,

terras do leite, do mel,

numa viração,

que amargo fel,

que negação,

restar-nos-á a ressurreição,

quando voltarmos mais enxutos,

mais avisados,

mais que sabidos,

já convencidos???...

 

… por enquanto,

os dias repetem-se, monótonos,

quase iguais, como os demais,

entre barulhos e lutas,

recolhidos nas casetas,

com pantufas,

procriando, enquanto arrufas,

quando acasalas,

quando te calas,

sábados e domingos,

contas bem feitas,

semanas inteiras,

quase… canseira!!!...

 

… lentamente,

seguem em frente,

semana que começa.

ensonados, como sempre,

castigo que não merecem,

corpos que avançam,

corpos sem cabeça,

quando se inebriam, ainda pensam,

noutra vida, mais merecida,

não tão vencida como esta,

dias de festa,

uma que outra excepção,

rara ocasião,

escape, descanso, férias,

nem vê-las, lérias,

falta de dinheiros, carências,

só para excelências,

lá vão, mergulhados na confusão,

no barulho, na imensidão,

vidas de cão,

que se repetem… até à exaustão!!!... Sherpas!!!...

 

04
Jun06

... lembro as... feiras!!!...

sherpas

… lembro as feiras da minha infância, as de dantes, de muito antes,

há quanto tempo, Deus meu, bem diferentes das de agora, uma que outra extravagância,

um torrão, uma fartura, um carrossel,

barracas de tiro ao alvo, um sorriso... convidativo,

 

moçoila formosa, bem dengosa, negócios e negociantes,

troca e venda de gados...  um balcão, uns petiscos,

ciganos com cajados, entendidos, umas aguardentes, bebedeiras certas,

cantares, palmas e festas...

ainda pequeno, olhos abertos, deambulava por ali, embevecido,

ao longo do dia, esquecido,

 

via as girafas e os cavalos, descendo e subindo, numa roda, sem parar,

ouvia os risos e ria...

naquela corrida que se repetia,

 

mais uma volta, é de comprar, o rapaz das senhas, sempre a aviar,

uma tenda de fotógrafo, com cenário a rigor,

por alturas de S.Pedro, era um primor...

 

a família completa, os pais, os filhos, empertigados, a olhar p´ró passarinho,

ar sério, bem unidos, com muito amor,

presas em fios, para secar, como espartilhos, lavados e secos ao sol… com muito carinho!!!...

 

… eram tempos de aflição, nunca fui de mealheiros,

cabeça ao vento, uma perfeição,

quando me faltavam dinheiros...

 

batia as casas de família, pais e avós, lá me davam uns trocos, moedas pretas, uns tostões,

eu, feliz e contente, carregadinho de ilusões,

ia direitinho à feira...

 

barracas com quinquilharias, bugigangas, música pelos ares, apelos, poeira,

um rebuliço, negócio farto, artimanhas, a barraca do Circo, um encanto,

dias de feitiço, magia em qualquer canto...

 

uma entrega, devoção, quebra na rotina, uma que outra zanga, discussão,

mulheres velhas, vestidas de luto, lendo a sina,

bem concentradas, na palma da mão!!!...

 

… não era como hoje, não, tempo de pipocas, de algodão doce, de cachorros e bifanas, iluminação,

carrinhos de choque, aviões até,

frangos e couratos de churrasco, exposições, diversões e café...

 

um que outro atasco pelo gentio, pelo embaraço, variedade enorme, algazarra bastante,

bem diferente, bem distante, fosse com quem fosse,

quando pequeno, por alturas do S.Pedro,

com moedas que trouxesse...

 

poucas, umas ninharias, loucuras e fantasias, gastava tudo, qualquer tostão,

depois lá vinha, de mão estendida,

pedindo, que nem um chorão...

 

corpo cansado, alma perdida, numa efusão, com que ilusão,

ao longo dos dias de feira,

lá para as bandas… de Fronteira!!!... Sherpas!!!...

 

01
Jun06

... blindados... quiçá???...

sherpas

… cai a noite, volta o pavor, incómodo, um horror,

sinto arrepio, só de pensar,

depois de seguir o preceituado, tomado com todo o rigor,

DSC04571.JPG

medicamento receitado, mal que persiste, insiste,

maldita tosse me acossa... rinite alérgica me persegue,

altura dela, pelos pólenes, não há bela sem senão,

nunca mais chega o Verão,

 

Primavera do meu encantamento, ciclo que se repete, procriação,

ânsia de perpetuar a raça, no seu estado mais inebriante,

altura da… floração!!!...

 

 

… incómodo, irritação, espirros continuados, degradante, pobre coitado, um farrapo,

deveras incomodado... garanto,

coisinhas pequenas, invisíveis,

deambulando pelos ares, males nos provocam, incríveis,

 

em parceria com outros elementos,

quando nos envenenamos com o que temos, carros e carretas… indústrias poluentes!!!...

 

 

… atmosfera que se altera, que carrega corpos, mentes,

que nos persegue a toda a hora,

envolvidos que estamos nela, não tão pura, quando chora,

 

quando geme, quando grita, quando berra, quando irrita,

fazendo sofrer quem apela,

quem prejudica...

 

não escolhendo vítimas, pagando, pela medida grossa,

favores que lhe não fazem, quando a descaracterizam,

a ferem, martirizam,

quando a sujam… desfazem!!!...

 

… é poético, é bonito, um jardim florido, rosas, cravos,

abelhas esvoaçantes, insectos diligentes, campos cheios de gramínias coloridas!!!...

 

 

… é terrível, fico aflito, quando passo maus bocados, quando pretendo respirar,

uma, entre muitas gentes, que deste mal padecem,

alergias que nos perseguem,

 

logo na estação mais bela, não há outra como ela,

pelos pólenes em suspensão...

quanta tosse, quanto espirro, impressão,

 

mau estar se agudiza mal chegada a noite, numa sinfonia

de guinchos, assobios...

pieira lhe chamam, tosse incontida,

expectoração em demasia, maus bocados, desafios, duro pedaço de… vida!!!...

 

… pequenos pormenores, incomodativos, que, alguns pedacinhos de gente, ignorantes,

por ganâncias exorbitantes...

ajudam a piorar, quando activos,

atingindo metas, objectivos,

 

sujando o que é de todos, alarvemente, não sentindo, como quem mente,

caixotes de lixo com pernas... contentores de porcaria,

por um capricho, por uma mania,

 

por uma questão de… economia, estão-se nas tintas para o ambiente,

calcam, pisam, seguem em frente,

por mais que se lhes diga, não entendem,

espécie de paranóia num demente, blindados, quiçá… não sentem!!!... Sherpas!!!...

 

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