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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

28
Nov06

... a cidade, caiu-me... em cima!!!...

sherpas

… avenida que se alonga, feérica,

cidade que me caiu em cima,

por aqui, na liberdade pesada,

tão larga, frondosa, me escapa,

verdejante nas árvores que ostenta,

ladeada,

faixas pretas ponteadas, com chapas,

luminosos sinais intermitentes,

movimentos que passam, repentes,

velozes, caixas fechadas,

elegantes, com rodas,

audazes,

os mais capazes,

atravessam nas zebras,

não sentes, não pensas,

só olhas,

hermético, ecléctico, moderno,

fruta do tempo,

parado, tão amplo, no templo,

urbano, contemporâneo, contesto,

não calo… protesto!!!...

 

… investido na pele que me toca,

me cobre, ensombra, não sobra,

disfarço esta fase que sobressai,

andando, correndo sem tino,

olhando com risco,

ouvindo barulhos imensos,

projécteis repetidos, dobrados,

multiplicados,

barafunda que me rodeia,

ruídos,

a todos os sentidos, agressões,

várias vias pretas alongadas,

marcadas,

ponteadas com traços, peões,

fachadas de prédios recuperados,

dos lados,

palacetes mais alindados,

lojas finas, montras caras,

não paras,

diminuído, cingido, tolhido,

investes, quando atravessas,

com pressas!!!...

 

… herméticas, petrificadas,

figuras já idas, exemplos,

marmóreas nos seus silêncios,

esfíngicas no aspecto,

confesso,

quadratura em determinada altura,

cruzamento que perdura,

ali expostas, ladeadas,

aos cantos,

com alguns bancos,

jardins mal cuidados,

esguicho de água que jorra dum pote

ostentado por ninfa indeterminada,

com vestes, com dobras,

alguma Tágide de Camões que tenta emendar

a crueza da cidade,

espalhando poesia, regando plantas,

quando deparas, confrontas, te plantas,

admiras a realidade,

muda, parada, enfeite de avenida,

bem larga, ampla, desconfigurada,

sem vida,

ruídos que soam, carros que voam,

trapalhada,

urbanidade que atroa, se instala,

que arrasa… me cala!!!...

 

… alguns tufos verdes, escurecidos pela poluição,

sujos, imundos,

balões de papel, coloridos,

espargidos pelos ramos daquela vegetação,

arvoredo que tapa o céu,

túneis profundos,

pulmão,

alguma emoção,

Natal que se repete, compras e ócios,

negócios,

tentação,

bonecos apelativos,

montras enfeitadas,

carteiras vazias, corridas, gentes paradas,

sinais que avisam,

se avistam,

bicho urbano, tamanho,

indiferente,

não sente,

investido naquela pele de protesto,

não olho, não contesto,

avanço,

quando alcanço,

corro avenida fora… vou embora!!!... Sherpas!!!...

 

  

27
Nov06

... botas com... cardas!!!... 2

sherpas

… quando calcam, lembro as botas,

lembro latas vazias, quando nos amolgam,

pontapés que nos dão, quando nos tiram,

nos atiram,

quando nos viram, reviram,

quando nos voltam,

quando nos arrumam, impondo,

dispondo,

 

10082008(132).jpg

lembro cardas... botas ferradas,

 tempos duros, caras duras, ferraduras, tempos idos, não pesadelos,

barulhos intensos, apensos,

outras estórias, memórias,

 

idades passadas,

corpos e anos conduzidos, tão remotas,

tempo de… botas!!!...

 

 atropelos, anelos,

senti-los... vivê-los!!!...

 

… associação de ideias, dizem, inconsciente que busca,

que foge, rebusca...

maldizem, quando se trocam,

se encontram,

 

esclarecem, concretizam, ideia única,

que fica,

prevalece, supera, se impõe... contrapõe,

 

como ferradura bestial, bota cardada, dura,

dum homem, dum animal, quando criança,  sozinha, ainda pura,

naquela rua,

do futuro… uma esperança,

 

arredio, amigo do amigo, brincando,

pontapeando...

 

lata vazia na calçada,

memória ou… pesadelo, sonho duma vida, coisinha de nada,

 

momento, instante que se recorda, quando se acorda,

realidade que nos diminui... quando se intui,

mau estar,

barulho interior, sem parar,

seja onde e quando for!!!... Abraço do Sherpas!!!...

 

  

27
Nov06

... botas com... cardas!!!...

sherpas

… ia dando pontapés numa lata vazia,

gastando a biqueira daquelas botas cardadas, na rua onde vivia,

rebolava a lata,  barulheira fazia,

incomodativa para quem ouvia,

palavra amarga,

 

ralhos, gritos, cara de enfado, passada,

… continuava dando pontapés na lata

que rebolava, barulhenta, vazia,

rua abaixo, lá ia

pelas pedras da calçada, displicente,

irritante,

 

aborrecido,

sem sentido!!!...

 

… imagem do meu pensamento, daquela idade que não volta,

naquela rua, regato profundo ao meio, plena de sol,

perto da porta, refúgio, abrigo,

casa paterna,  casa de amigo,

 

desgastando aquela sola, botas novas, pesadas,

com cardas,

 

num jogo contínuo,  empurrando a lata que saltava, revirava,

depois do impulso,

som metálico repetitivo que continuava,

ralhos, gritos, caras de susto,

 

rosto passado

muito enfado!!!...

 

… estava só, aborrecido, sem companhia,

naquele dia,

botas cardadas, solas grossas, bem pesadas,

lata vazia, tenra idade, ausente

de toda a gente,

 

com muita vontade de me descalçar,

aligeirar os pés, aliviar,

 

tormento que me impunham,

porque dispunham...

 

para durarem, rústicas, fortes, para se não gastarem,

latas ou pedras,  puros desnortes,

quando sozinho  na minha rua, território do sol, da lua,

dias e dias, noites seguidas,

vidas vividas, desaparecidas!!!...

 

… ao longe,  uma chiadeira enorme que se aproxima,

sons de ferros na calçada, rodas, ferraduras nos cascos,

palavra solta,  gritada, sorriso que me ilumina,

fim da jornada,

 

regresso dos campos, uma fileira de carros de parelha,

cansados...

sujos, desfigurados,

 

cavaleiros do apocalipse reviravolta, elipse, renovação,

supressão...

rédeas nas mãos,  retesadas, chicote que se usa, machos, mulas,

maioral na frente, conduzindo,

era meu amigo...

 

braço que acena, num salto,

leve como uma pena, na rabiça do carro me sento,

 

aos encontrões, lá vou de boleia até a casa do patrão,

grande portão...

amplo quintalão, barulhos, baldões, bestas que se aliviam,

que defecam, que urinam, que bufam,

resfolegam,

 

massacram o chão, com cascos de ferro,

pesados, duros...

 

arreios que tiram, penduram,

carros que arrumam,

sede que os sacia,  homens que os levam para as manjedouras,

fenos, favas, fome dum dia,

lata vazia...

 

botas pesadas, amigo maioral,

quebra dum dia,

sempre… tão igual,

 

voltinha pela rua, homens que recolhem às suas casas escuras,

mortos de cansaço,

fim do estardalhaço,

amigo que encontro, jogo que… faço!!!...

 

esqueço os incómodos dos pés que não sinto, livre, ligeiro,

corro, grito...

entoo os números,  cerro os meus olhos,

busco, encontro, salto, agarro, fujo, vivo a infância,

 

não lembro a lata, o tempo passa,

repetição que me agrada,

naquela rua...

 

plena de sol,

cheia de lua, tão longe me fica,

 

ainda oiço os carros que passam, os sons dos trabalhadores,

das bestas ferradas,

botas cardadas,

apertos, dores,

 

das pedras, das latas que se arrastam,

amolgam

pelos pontapés que dou,

tal como era… tal como sou!!!... Sherpas!!!...

 

  

22
Nov06

... beijos, como... pétalas!!!...

sherpas

… são beijos, são lábios, são juras, amores,

são pétalas, são flores,

 

são mãos muito hábeis, corpos que se entregam,

prazeres que nos dão, encontros,

afagos...

sedosos que são... imaculados,

perdão,

 

vermelhos,  são cravos, são rosas, botão

que doce paixão...

 

são lábios,  são pétalas,

 

fugazes, macias, rubras intensas,

desejos que pensas...

entregas,

 

volúpias,

 

partilhas imensas... são fogos, são fontes, são chamas, são jorros,

são flores aos cachos,

são cores... são dores,

 

cetim que afaga, que acolhe, que tapa... que abre horizontes,

recato dum beijo no cimo dos morros,

nos vales de encanto, pétalas bem rubras,

macias  tão dóceis,

 

tudo derrubas, muros ou postes,

amores bem fortes... entregas, angustias, paixões

são fúrias,

 

amor que acalenta, que adoça, merece, quando se intenta,

seres que se unem, lábios bem rubros,

desejo,... entrega,

 

pétala tão débil... flor tão fértil,

quando se abre, botão tão perfeito,

sentimento,

 

desejo, união de momento,

volátil,  singelo,

permanente… sempre eterno???... Sherpas!!!...

 

 

21
Nov06

... era uma rua... inclinada!!!...

sherpas

… era uma rua inclinada,

subida que se acentuava

partindo da esquina,

cruzamento donde derivava,

lá em cima,

 

horizonte indefinido,

 

espécie de céu azul esbranquiçado,

infinito,

na minha mente de petiz,

local proibido,

princípio do muito que se não diz,

fora de portas,

negado ou… fingido,

conversas tortas,

 

segredos feitos,

quase desfeitos

pela idade que ia aumentando,

passos mais largos,

outras fugas

com muitas curvas,

outros espaços,

arcos, adros,

encontros, grupos,

 

brincadeiras muito para lá daquela rua,

 

falso horizonte,

céu bem aberto,

campos de sonho,

quando me ponho

na minha pele,

mais longe, mais desperto,

 

sôfrego por conhecer,

andando sem rumo

num querer sem saber,

olhando o que via

que bem me sentia,

 

plantas estranhas,

árvores, folhas,

ervas tão belas,

searas ondulantes,

aves, bichos,

ninhos e nichos,

piares, ladrares, zurros,

carroças, burros,

mulheres roliças,

garridas, brejeiras,

trabalhos nas eiras,

homens esforçados

por tantos lados,

gados no pasto,

 

que figuras faço

 

quando me lembro,

quando retorno,

quando me volto,

me faço pequeno,

sem jeito,

tempo escasso,

rarefeito,

quase perfeito,

imaginário que se adoça,

quando se endossa,

se direcciona

para qualquer zona,

dimensão dispersa

que já… não interessa!!!... Sherpas!!!...

 

  

19
Nov06

... dores de corno... cotovelo!!!...

sherpas

… por ideias proeminentes,

de espanto,

 

certos seres,

certas gentes,

 

que desencanto,

aferradas a uma ideia,

reduzidas,

pretendem panaceia,

quanta dor,

para maleita que alastra,

no corno, no cotovelo,

quando surge,

maltrata,

 

alinhavando um novelo

que arrasta,

falando do que não conhece,

 

gramática,

 

em tudo que lhe aparece,

desrespeitando ortografia,

desconhecimento, mania,

numa sintaxe confusa,

 

obtusa,

 

confundindo a semântica,

significado do que não entende,

sentido,

quando se considera dotada,

coitada,

amorfa sem morfologia,

 

 

 

 

anatomia,

 

 

estrutura interior do corpo,

ainda vivo, quase morto,

quando berra, quando clama,

patética,

sem estrutura, sem estética,

fonética,

monocórdica, isolada,

a tudo recorre,

lambuza,

quando aparece ou se esconde,

abusa,

pouco contida, deformada,

por onde

perdida e desamparada,

se sente… inconformada!!!...

 

… estilos,

maneiras de escrever,

regras que nos subjugam,

 

espartilhos,

 

um fazer ver,

quantos julgam,

pensando,

que o que interessa é a forma

que deforma,

aborrece,

não prende, logo esquece,

direita e nos conformes,

insonsa, vazia,

embora cheia,

 

chateia,

 

antipatia, mente vazia,

dar-lhe a volta,

obter outra maneira,

mais brejeira,

interessante, irreverente,

num rompante,

 

quase non sense,

 

mais aberta, tolerante,

modernice bem aceite,

premiada, adulada,

com enfeites,

verborreia rebuscada,

quebra do instituído,

não errando grosseiramente,

mantendo o estilo,

fugindo à forma,

ortografia correcta,

sintaxe como norma,

 

pontuando como bem se entende,

 

dando luz, cor,

gritando os sons a nosso belo prazer,

para que nos queiram ler,

sendo amados por alguns,

detestados por imensos,

odiados pelos que sofrem,

que pretendem panaceia

para a maleita que arrastam,

quando vertem, não comem,

fogo que arde, incendeia

 

dores de corno, cotovelo,

 

reduzidas, pobres gentes

com ideias… proeminentes!!!... Sherpas!!!...

 

15
Nov06

... a propósito dos... Sherpas!!!...

sherpas

 

 

 

… não te corrigindo,

meu amigo,

aumentando um pouco mais,

guerreiros,

face a inimigo,

 

porque

somos todos iguais,

 

decerto,

em qualquer aperto,

desde que enfurecidos,

com vontade,

aguerridos,

 

se portariam dessa maneira,

hasteando… a bandeira!!!...

 

 

… Sherpas, povo do Nepal,

pertinho do céu,

na Terra,

bem longe de Portugal,

perto do sopé

do tecto do Mundo,

pois é,

 

mais complexo,

imundo

quando o avaliamos,

sem pensar,

para viver, tendo de carregar,

fardos, alimentos,

todos, quaisquer proventos

dos que se limitam… a escalar!!!...

 

 

… alpinistas afincados

vindos de tantos lados,

 

guerreiros doutra maneira,

ultrapassando fronteira,

 

cimo encoberto por nuvens,

galgando fenda,

barreira,

enfrentando frios, gelos,

enovelados como ursos,

quando tapam peles,

cabelos,

 

estirando forças,

com cabos,

espicaçando encostas abruptas,

içando sua sanha,

com garra,

 

auxiliados pelos ditos,

na concretização da façanha,

 

num esforço que se esgarra,

 

que culmina bem no topo,

vitória,

quando se ampara

aos que são menos vistos,

nepaleses,

carregadores… às vezes!!!... Sherpas!!!...

 

 

15
Nov06

... flores e... morangos!!!...

sherpas

… e vós, inocentes,

criaturas apalermadas,

que seguis, atentamente,

flores e frutos apetecíveis,

jungidas sob batutas obscuras,

 

enganadas,

diminutas,

não formadas,

 

pequenos cérebros que desabrocham,  

valias que não aproveitam,

se esfumam,

enquanto as embalam,

maviosos, sedutores,

canções harmoniosas,

imagens de espanto,

 

indutoras,

não belicosas,

redutoras,

representações mistificadoras dos senhores,

 

pós, mágicas de encantar,

na caixa,

vergônteas que se ludibriam,

sem pudor,

que tudo aceitam,

tudo encaixam,

imbecilizadas,

conduzidas… quando levadas!!!...

 

… quanto me chago,

quando me oponho,

me envergonho,

pais que sois como os mais,

participes deste jogo ignóbil,

normal o encontrais,

 

quão vil,

sórdido, abjecto,

não concreto,

 

entretenimento com espavento

de quem delas se aproveita,

brinca,

ludibria,

criaturas que não entendem,

que recebem,

desmesurados manifestos,

floridos encantados,

frutos repletos,

tão completos,

 

estupidificantes na essência,

indecência,

massa que se vai moldando,

enganando,

alegoria abrangente,

sob aspectos,

os mais diversos,

sociedade amorangada,

tristes flores que vão murchando,

tempos de engodo,

maltratadas no que de mais belo possuem,

a eito,

a rodo,

 

quando evoluem

nos saberes aberrantes,

desnecessários,

festas, aniversários,

alegria descontrolada,

fantasias que se alongam

que se adentram,

que calcam,

recalcam pensamentos,

quase dementes,

os inocentes!!!...

 

… as portas que Abril abriu,

parafraseando poeta,

sabedor, esteta,

nunca tal coisa se viu,

vão-se cerrando… lentamente,

pobre gente,

por ganhos, por lucros,

feros e brutos,

cabeças feitas,

cheias as mentes

floreados constantes,

morangos… extravagantes!!!... Sherpas!!!...

 

15
Nov06

endividamentos!!!...

sherpas

… banco recheado de dinheiro,

lucros de fábula,

fazendo tábua rasa,

tratando por igual,

 

sem condescendência

 

os desvalidos,

negócio de lucros garantidos,

 

empréstimos,

 

por casas, por luxos,

engulhos,

tentação,

endividamento,

por momento…

 

quanta satisfação!!!...

 

… sorriso que se alarga,

carteira farta,

esclarecimento ao jeito,

nada custa,

quando se empurra,

não tem defeito,

tudo se cura,

 

quão fácil o endividamento,

 

no momento!!!...

 

… que alívio sinto,

compro, torno a comprar,

tudo assino,

pago ao vivo,

em numerário,

cheque visado,

dinheiro plástico com fundos,

um aviar,

 

mãos largas de espantar,

 

quão activo,

 

dum aviário,

redoma fechada,

genoma diminuído,

espécime clonado,

nada avisado,

sempre em festa,

nada constrangido!!!...

 

… enganado por quem lhe sorriu,

 

que bem o serviu,

pato gamado,

 

caiu!!!...

 

… lucros de fábula,

casas penhoradas,

 

quase pagas,

 

vendidas pela banca

que desanca,

inclemente,

sobre tanto inocente!!!...

 

… neurónios reduzidos,

compungidos,

 

enfraquecidos

perante algoz sabido,

hábil no manuseio,

na aplicação,

na receita que tem,

que sabe bem,

 

que acumula,

negócio rentável,

nada amável para quem se endivida,

encurta a vida,

 

créditos que se têm,

nos sabem bem

quando nos vêm,

 

… mal parados

porque, não pagos,

incómodos, preocupações,

perda de ilusões,

 

sombreiam o futuro,

bem escuro, acinzentado,

posto de lado,

diminuído,

tão… enganado!!!... Sherpas!!!...

 

12
Nov06

... já vão... aborrecendo!!!...

sherpas

… já vão aborrecendo,

repetição do que já sabemos,

simples espectáculo,

aquele que se vai fazendo

naquele anfiteatro,

 

em directo, no acto,

 

artistas que não abdicam do estilo que possuem,

não influem,

não convencem!!!...

 

… quanto os desmerecemos

por esta,

por aquela razão,

por um olhar que se assemelha,

por falsa sentença,

descabida,

 

porque repetida,

 

sem graça,

no meio de tanta desgraça,

 

quando se olha, se pensa,

se avalia,

se compara,

dança de pelouros, mania,

rezingas,

com descaro,

sentados,

eufóricos e risonhos,

 

alguns,

mais… bisonhos!!!...

 

… números com preparo,

papéis que se decoram,

servindo situados,

fazendo contas que devoram,

incontrolados aflitivos,

 

incisivos,

 

gastadores compulsivos

nas voltas,

nas danças sem cobranças,

à custa

do que se assusta

quando dá de caras

com impostos que surgem,

num repente,

bem de frente,

 

quando rugem!!!...

 

… apetites enormes,

que não satisfazem

os insaciáveis,

incríveis,

bem visíveis,

 

detestáveis,

 

inverosímeis,

habilidosos fervorosos,

rapaces

 

incapazes,

 

repetição do que já sabemos,

espectáculo em directo,

no acto

 

parlamento que se incendeia,

congressos interessantes,

discursos, compromissos,

omissos,

não convincentes,

repetitivos,

extravagantes,

uma que outra ideia

perante o Mundo, perante gentes,

ênfases, gritos,

activos

perante o inocente,

 

já vão… aborrecendo!!!... Sherpas!!!...

 

09
Nov06

... sim, tenho medo!!!...

sherpas

… sim amigo(a)… tenho medo, embora não queira,  garanto,

quando me aprofundo...

projecto nas misérias deste Mundo,

DSC03971

quando me arrepio, penetrante calafrio

me derruba, assusta...

tolhe a vista, perturba!!!...

 

… instabilidade que se sente, casa avassalada,

descontrolada,

abrigo de tanta gente, intempérie que nos assola,

fenómeno inesperado,

 diferente...

 

nunca visto,  não pensado, enxurrada, não chuvisco,

que nos chuta como bola, nos machuca, faz pensar,

sem parar!!!...

 

… numa infernal situação, com ou… sem explicação

propiciada por mentes sábias, dúbias, contraditórias,

medrosas como eu, reunidas, conciliatórias,

explicativas, meditabundas,

 não convencidas, hesitantes, furibundas,

 

mais avisadas, talvez com outras estórias,

com voltas, reviravoltas, recorrendo a trunfos de peso,

assim penso...

donos da verdade absoluta,

 dissoluta,

 

por interesse, vendida, ao serviço, sem viço, deixando de ser,

enquanto vejo… sofrer!!!...

 

… sim amigo (a)… tenho medo, quando vejo espectros,

fantasmas que são sombras, números que se esvaem,

 confesso,

 

famintos sem projectos, inanimados,

um pouco… por tantos lados!!!...

 

… consequência dos dilectos que, por avidez,

 hipocrisia,

 encolhem ombros, vilania,

 

vão em frente, fazendo uma série de escombros, matando o inocente,

na casa da barafunda,

imunda...

 

sem ponta por onde se pegue,

que tanto arrefece... aquece,

estremece,

 

desagrega como um sonho, quando me ponho,

em pensamento...

naquele lugar medonho,

no momento,

 

carnificina, fúria, ódio... natureza desequilibrada,

por tudo, por nada,

 quereres… espólio!!!...

 

… sim amigo (a)… tenho medo porque mais elucidado,

razão da minha idade...

por outros sábios do passado,

iniciadores da nova era, conhecimentos de espantar,

cálculos tremendos,  de arrasar,

 

… perspectivas de horror, quanto pavor,

avanços nunca imaginados, efeitos devastadores,

 quantas dores,

 

sorriso cínico, língua espetada, pedidos de contenção,

imagem que tenho presente...

cara de louco, aviso à navegação,

 

brinquedo destruidor,

cartas de clemência à excelência,

 excrescência...

 

espada que está presente, sustentada por fio débil,

ameaça constante...

Mundo degradante que já experimentou,

quando destruiu, rebentou

 como nuca se… viu!!!...

 

… sim amigo (a)… tenho medo, o entorno não é o mesmo,

a humanidade é insensível,

 discutível,

 

guerra permanente, ideias que se opõem, que se alteiam,

que se odeiam...

posição tão divergente,

 

opostos que se negam, se ocultam,

não preocupam...

vão de passeio, desfrutam,

 

dizem meia dúzia de petas, enganam porque pecam,

não confessam...

pecadilhos de grande monta, bem no seio, ridículos, abjectos,

 infectos,

 

dando a entender que a vida é para viver, quando tantos não vivem,

nascem mortos...

vidas sem corpos, decompostos

 

na crueza que arrastam logo à partida,

sem… vida!!!...

 

… sim amigo (a)… tenho medo, nunca tal coisa se viu,

quando leio, desconfio,

 

pormenores tão elevados, somos levados,

como sempre fomos...

 porque assim somos,

 

continuamos sendo conduzidos, mentes loucas,

coisas poucas...

 

um calhar,  um ter de ser,

recomeçar...

simples maneira de ver, viver… ter de morrer,

 

vendo tanta gente sofrer, casa arruinada,

quase acabada…

sonho desfeito, coisa sem jeito,

amor que tenho,

 quando recordo, não me contenho,

 

revolta que sinto, confesso… não minto!!!... Sherpas!!!...

 

 

 

05
Nov06

... porquê... penalizar???...

sherpas

… porquê

penalizar,

perseguir, julgar,

 

encerrar numa cadeia

quem se farta de chorar,

depois de muito pensar

se desfaz do que é seu???...

 

arroubo dum momento

que incendeia,

desejo que se colmatou

em gravidez que se não desejou,

 

que, tão cedo, a desfeia,

 

sendo bonita,

conforme,

rodeada de carinho enorme,

filho que foi pensado,

feto com afecto

que vai crescendo, compondo,

 

vida abençoada,

filho aguardado com ânsia,

 

todo um contrário

do que, por razões muito pessoais,

são situações não normais,

problemas que se avolumam,

a indispõem,

a descompõem,

a desfazem como mãe,

 

sem saída,

descabida,

ainda por cima,

perseguida,

perante os homens,

escarnecida,

julgada por quem não sabe,

cabeça aonde não cabe

um sorriso, uma desculpa,

um ajuizar… uma suplica,

 

falsos moralistas que defendem

vidas,

que matam quando adultas,

não sentindo remorsos ou culpas,

beatificados, inocentes,

hipócritas indecentes,

 

sob manto negro, não diáfano,

religião contraditória,

segundo reza a história,

defendendo um absurdo,

num Mundo inculto,

mudo,

praticando o mesmo acto,

noutros cantos,

com recato,

com diferentes julgamentos,

desses factos abusivos,

sem culpas,

conclusivos,

 

extractos superiores,

com dinheiros,

valores,

não castigados, perseguidos,

nem cerrados em prisão infecta,

que afecta,

que reduz, sem sentido,

 

quem já muito tem… sofrido!!!... Sherpas!!!...

02
Nov06

... reformas???...

sherpas

… arranjos,

manutenção,

tira de aqui, aumenta além,

quantos projectos,

 

que não haja confusão,

 

não citei as reformas

que alteram, que contornam,

que cortam, deitam fora,

seguindo todas as normas

do fazer, desfazendo,

 

despedindo,

mandando embora,

 

quando se usa o Poder que se tem,

quando se altera para ficar bem,

 

obras que se cometem,

quando se prometem

como tinha sido feito,

 

com ou sem defeito,

 

bens que consumimos,

casas, móveis, pavimentos,

quaisquer outros suprimentos

que, por uma razão qualquer,

deixam de ser,

causam incómodo,

quando se olham,

se não gostam

a eles próprios,

 

porque também sentem,

quando se postam

 

junto de outros envoltórios

que os adornam,

quando… nos mentem!!!...

 

… nada nos dizem,

 

quase nos chocam,

fazem-nos tristes,

já não nos tocam,

 

logo se impõe uma alteração,

um amanho,

arranjo imprevisto,

doutra maneira,

doutra forma,

 

espécie de reforma!!!...

 

… com que ilusão iniciamos obras,

deitamos fora,

restos e sobras,

 

como quem chora,

lágrimas em excesso,

aliviando penas…

 

numa evolução ou retrocesso,

 

ganhando forças,

risos, esperanças,

quando te lanças

nessa contenda,

 

recuperação,

 

Mundo que se enfrenta,

um novo arranjo,

quando se intenta,

quando se altera, tenta

um outro… encanto,

que desencanto!!!... Sherpas!!!...

 

 

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