... fortuitos!!!...
... manto diáfano q´ensombrece,
disfarça o que não passa, parece,
lucubrações com que adentro
treva que s´esparge, não enobrece,
atitude menos digna, gesto ignóbil,
acto de quem se julga protegido,
muito acima do que padece,
tratados como muralha que se derruba,
se deita fora, catacumba,
cemitério onde tudo se junta
o nobre, o plebeu, o rico, o pobre,
o esterco que odoriza como fermento,
germe que galvaniza situação,
causando incomodidade, exaltação,
do que usufrui, do que sofre,
mau-estar que s´instala, dado momento,
junção de componentes adversos
numa grande contradição,
calda explosiva que se forma,
quebrando regra, quebrando norma,
massa com que se verrina, desmerece,
impropério do mais esquecido,
desafogo em que se refugia,
donde aventa, em defesa do excluido,
qual correnteza imparável d´imenso rio,
pedacinho de DEUS, flâmula que ainda reclama,
cintila com insistência, não reverencia vetusta dama,
marcando ritmo contra sabujo, de viés enriquecido,
tangenciando ignomínia, vergonha,
nódoa rugosa que rejeita,
qual entrave que s´assemelha a peçonha,
culpa gravosa de quem mente,
não aceita,
como ser decente, como gente,
num pedinchar de compreensão, quando não teve,
insensível, denegou, s´absteve,
frio, calculista, arrecadou haveres dúbios portentosos,
fora das leis, por todo o MUNDO,
cavalgando luxos ostentosos,
locais d´espavento, escaninho profundo,
fora de tudo, fora de todos,
foram imunes, foram tão poucos,
conluios pesporrentes, afrontos,
nos imensos lucros, foram loucos,
segredos q´agregam vontades desbragadas,
mentes que s´assemelham nos intuitos,
sorrisos atrozes, reuniões marcadas,
encolhimentos, encontros fortuitos,
foram tão poucos, foram tão loucos,
juntaram ganhos, roubaram muitos,
calcaram tantos, foram imundos,
paralelos que se não juntam, eclodem,
formam massa informe no cemitério,
implosão extemporânea, fora da tumba,
quando se desmorona, se derruba
muralha que desprotege... oculto mistério!!!... Sherpas!!!...