... ano!!!...
... como quem não quer, pé ante pé, quase envergonhado,
lá vem de novo o que é tão velho, descabelo imenso numa morte anunciada,
vem choroso, intensa dor acumulada,
um pouco por tanto lado,
falta tudo que nos forma, quando dimensionados,
juntinhos uns aos outros, irmanados,
maravilhas que não deslumbram,
não impressionam, tornam pequenos, inundam,
felicidades tantas que não nos alagam,
formam densa barreira que contém ódios desatados,
fúrias de quem se diz dilecto POVO, filho dum Deus que conforta,
esquece, não exorta,
pela força descomunal, destruição tremenda, tenta aquietar contrários,
d´ideias, feitos mais reduzidos, figadais adversários,
vizinhos de costas viradas,
religiões em Terra Prometida,
maus exemplos duma incúria que descamba,
que balança, que trucida,
quase todos os anos, como não vida,
um velho que se vai desvanecendo,
com vítimas que vão morrendo,
envergonhado, pé ante pé,
ei-lo q´avança numa dança que não é nova,
visões d´horror como prova,
choram as almas, choram os crentes, choram os POVOS,
morrem inocentes... velhos e novos,
terror que não enobrece, não aquieta toda a inventiva,
revolta, quando fumos se levantam nos céus,
barulhos medonhos deflagram, terras que gemem,
pessoas ocultas que temem,
quanto tremem,
cânticos, berros, clamores em uníssono pela vida,
destapam rostos, cobrem-nos, pesarosos, com negros véus,
mesma dor, sentimento raivoso por jogo sujo que rechaça,
qualquer estratégia, esquema, quanta trapaça,
descobertos elementos de sorrisos claros q´ocultam,
quando intentam, quando culpam,
sendo culpados também,
porque coniventes por quem TUDO mantém,
sordidez na lama que s´espalha na humanidade que sofre,
como quem cospe,
valores sepultados de há muito,
proveito com proventos, usufruto,
matéria infecta que persiste... ainda existe,
pode ser que mude, q´altere comportamento no futuro,
q´afaste tal maleita, esconjuro,
cabe-nos a nós, como um todo que somos neste MUNDO,
sendo DEUS na união que nos forma, sendo TUDO,
conscientes do que pretendemos com ansiedade,
revirando esta triste realidade,
dando conforto, dando PAZ, dando aceitação aos que são, aos que não,
tolerantes connosco, com outros,
aceitando, tentando reinventar o que está deformado,
começando de novo, esquecendo o velho,
neste péssimo, tristonho bocado,
sem juízo, nenhum trambelho,
maus condutores enraivecidos q´usam guerras, que são monstros,
maus caminhos, péssimos confrontos,
... “como quem não quer, pé ante pé, quase envergonhado,
lá vem de novo o que já é velho, descabelo imenso numa morte anunciada,
vem choroso, intensa dor acumulada,
um pouco por tanto lado”!!!... Sherpas!!!...