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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

30
Mar09

... escadinhas!!!...

sherpas

… ruas estreitas, curvilíneas, num sobe e desce que cansa

no ondular da escadinha,

janelas escancaradas, roupas estendidas ao sol,

gentes vivas mas já velhas, numa conversa costumeira, bem mole,

vizinha contra vizinha,

queixume da dor que persiste, cantilena que rola, estridente,

doutra casa bem em frente,

 

garganta afinada, bem jovem, deusa q´ilumina lençol

alvo, extenso, já lavado,

acabadinho de pendurar,

trabalheira que s´inicia

logo ao romper do dia,

 

vou passando, vou olhando,

vou subindo,

vou descendo, contornando, vou ouvindo

vozes tão apelativas,

são tinidos, são avisos,

são sons que trago comigo, são pessoas humildes mas vivas,

são casas velhas, bem antigas,

 

janelas escancaradas, amontoado de sonhos, encantos que nos premeiam,

quando estamos, incendeiam,

tortuosas, curvilíneas, tão estreitinhas, tão juntinhas,

separadas por escadinhas,

 

ouve-se chamamento q´atroa,

homem que chama a patroa,

tarefa que quer acabar, mais alquebrado, restos de quando era moço,

outro rosto, sorridente, arcaboiço,

fora daquele abrigo,

outros rumos, outro destino,

 

ajuda q´ainda presta na idade que lhe resta,

retirado da vida activa,

quando embarcadiço, na faina, tendo o mar como companhia,

água azul q´ainda espreita, naquela largura imensa,

logo após o casario, lá ao fundo, correnteza,

quase namoro que foi eterno,

algo diferente, outro género,

 

guardado no coração, retirado, sem ilusão,

cansaço que o abateu,

deixando de ser seu,

cumprindo trabalhos caseiros,

gastando anitos que lhe restam, no bairro da criação,

 

rua estreita, com escadinhas,

janelas escancaradas, casas velhas, muito antigas,

pessoas idosas mas vivas,

vozes vibrantes de raparigas,

lençol q´é um primor, sol q´espreita a vizinhança,

abençoa tudo q´alcança,

 

enquanto o MUNDO avança,

vou passando,

reparando,

pisando, com cautela, empedrado,

agarrando o corrimão,

ferro frio na minha mão,

 

olhando quadros diversos, gentios que são desafios,

estirpe de raça, de cor,

distribuindo  alguma força que despendo,

vou subindo,

vou descendo,

guardando com carinho, afeição,

tanta dor, tanto amor!!!... Sherpas!!!...

28
Mar09

... batota!!!...

sherpas

… gosto d´espaços abertos, franqueza no trato com todos,

mentes diversas, sem fronteira nas conversas,

eco de tempos tão tristes, repressão, reprimido,

comendo fruto proibido,

descontraio meu procedimento, torno-me vivo, conciso,

lembrando princípios fechados, proibição que se fazia,

quebra do que era natural, ajuntamento na diversão,

troca d´ideias, outras práticas na ocultação,

receios q´eram segredos,

cúmulos de regras, de medos,

lugares d´encantamento, recantos mais abrigados,

grupinho com cartas na mão, algumas patacas no bolso,

tempos bem recuados,

eram jogos, enganos, alguma sorte também,

tirando, quando jogado, o pouco  que s´arriscava,

colocando em cima de montes o que se tinha, não tem,

frémitos que nos percorriam, olhando figuras, valores,

caras tristonhas, palavras que cintilavam,

consoante perdiam, ganhavam,

 

lugar recatado, jardim na concentração,

com extremosos cuidados,

continuávamos tropelia, na batota que se fazia,

tendo ouvidos sempre alerta, olhos vigilantes, sussurros,

montinho das minhas lembranças, lerpa dos meus augúrios,

invenções de tirar dinheiro a quem pouco ou nada tinha,

tendo nada, fazendo rinha, sorte, azar, rei, rainha,

 

naquele cantinho, bem escudados, denso grupo,

agremiação, intento, adolescentes sem tostão,

passeando livros na mão,

reprimidos com repressão em tempos que já lá vão,

 

não me ficou o jeito, joguei outras habilidades,

mais decentes, mais legais, em maquinetas que surgiram,

nos Casinos que são luxos, fraudes, roubos até,

não tendo nenhuma fé,

nem ganância na altura, raras vezes, outras verdades,

sem a emoção d´então, por causa da proibição,

da idade que era pouca, da ilusão, ligeira esperança,

mais tostão, menos tostão,

 

era escape, sem perdição,

num poiso adequado, longe da vista d´alguém,

tirando o que se não tem,

jogando montinho, king, lerpa com cartas meio amassadas,

quantias irrisórias, pequenos nadas,

em tempos de repressão,

 

batota, quase chacota, sorte de momento,

sem provento,

valia que não valia, inclinação do desocupado,

livros postos de lado,

sentados com o cu no chão,

num intervalo do dia, tarde calorosa,

emoção que nos trazia, mil cuidados,

recados,

 

pespegados nos valores, nas figuras que surgiam,

ouros, paus, espadas, copas q´eram trunfos,

valetes, reis, rainhas,

sorrisos, vozes abafadas, surdinas,

trocos nos montinhos, tiniam,

 

bolsos escassos, tostões, batota de trazer por casa,

passatempo inocente, pedra rasa como mesa,

esconderijo rebuscado, pequena tropelia,

razia,

sempre alerta, mil cuidados,

recordo tempos passados,

no ar… alguma incerteza!!!... Sherpas!!!...

25
Mar09

... miséria!!!...

sherpas

… pele engelhada em cara jovem, envelhecimento prematuro, cabelo em desalinho,

vestimenta em trouxa, desenquadrada,

tapando corpo de quem desafia, emitindo sons, como os que não podem,

estridentes, como quem briga fora do ninho...

 

lar social, gent´empilhada, vida na rua, falta d´espaço, antipatia,

uma minoria, outra etnia, luta permanente dos que não comem, casa de tantos, dinheiros que não chegam,

andando por aí, problemas que surgem,

apanhando o que sobra aos que tudo lhes negam...

DSC09929.JPG

cidade cruel, nesga do MUNDO,

bairro que é gueto, despejo, dejecto, aspecto tão triste, vivendo no fundo...

 

luta renhida, encontro c´a vida,

grito desalmado, consoante mau trato, autoridade que desconfia, investe, arremessa,

caminhada perdida,

pernas abertas, mãos na parede, com fome, com sede...

 

olhar imbecilizado, sem fito, no chão, mãos q´incomodam, vasculhando corpo,

desconfiados q´estão, acontecimento, um morto...

 

culpas que negam, gritos que dão, roupas esgalhadas, misérias tão grandes,

valores sem pão, sustentação, sobrevivência, ocasião,

deitando olhar sobre quem tem, desenrasco, pedaço, social casario, gaiolas que sobem, riscos, podridão,

paredes tão sujas, corridas, fugas, apitos, perseguição...

 

chusma de fardas, alguma contenção, bófia esbaforida cumprindo missão.

empilhados no chão, na casa q´alberga,

dura refrega...

 

cara de raiva, dor que nos choca, vida de rua, na minha, na tua, lamento que lança, mentira, verdade,

caminho da choça, destino calculado, ambiente carregado, fúria que ferve,

eflúvio que fede...

 

perpassa por tudo, trespassa o miúdo, ingere o graúdo, percalço, sossego, comida na hora,

quando arrecadado, mais resguardado,

longe, bem preso, lembra, deplora...

 

vida difícil, liberdade que não tem, velho ninguém, jovem imbecil,

princípio do fim... estendal de penúria,

machucado, vadio, cadastrado, cabelo desgrenhado,

 

rugas precoces, injúria, momentos na fossa, infância sem dono,

intento, proponho... ocaso, exclusão, fruta já podre, início, provocação,

continuidade, rejeição,  revolta, interjeição!!!... Sherpas!!!...

 

21
Mar09

... celebração!!!...

sherpas

… fazer uns rabiscos, deixar um sinal, sem celebração do que se celebra por ela,

mui longe do que pretendem... os que entendem,

dando dia para tudo, mesmo para os sem dia,

neste dia d´equinócio da Primavera, ao que s´alia a poesia,

 

formoso, soalheiro, ridente... como tantos outros já passados,

mais frescos, mais ventosos,

tristes, pesados, quando cinzentos, chuvosos, abafados, incomodativos, quentes,

reviravolta do que já não s´ajusta à estação,

impressão,

 

clima q´alterou... anticiclone que se deslocou,

incerteza que nos faz pensar no Verão, ainda Inverno, Outono, Primavera,

buscando praia, fresquidão, destempero do que se destempera,

 

inopinadamente, num repente... não deixando de ser dia,

curto período que curtimos com gosto,

que sugamos até ao tutano, quando o encanto pela vida é tamanho,

quando nos sentimos parte dela, sem poesia,

 

sendo poetas a corpo inteiro... como estetas,

apreciação do que se vai vivendo,

respeitando o que nos completa, sendo, claro que celebro, quando lembro,

 

neste dia, como noutro qualquer... ansiosamente m´embebo na vida que levo,

na vida que gosto,

pensando naquele poema d´intervenção, punhalada aguçada contra quem abusa,

se não julga, se não acusa,

 

s´alia ao dia da poesia... apalermado, participativo, com sorriso,

sem afectos mas afectivo,

estando morto, não sendo vivo, escumalha da alta, pensando no que o guia,

posição, dinheiros, prebenda,

fora do sítio, desenquadrada, figura horrenda,

 

desaforo do que nunca entendeu uma emoção... sentimento que faz jorrar palavras loucas,

toque que nos toca, quando irmanamos no sofrimento d´alguém,

quando cantamos, chorando, quem é ninguém, quando escrevemos, convulsivamente,

a morte de tanta gente,

 

poesia macabra, sem dia, como noite escura... intensa vigília que se procura,

saída que jaz, sem vida,

estropiada criatura que foi corpo, que foi alma,

que foi chão, que foi cama, destroço,  cabouco, traço, singelo roço,

massa informe, sanguinolenta,

 

tamanha descrença m´avassala... s´instala, não celebro, ideia funérea,

rito lúgubre que m´antecede,

não esquece, marca todos os dias, poesia triste,

fardo imenso que tolhe movimentos, sofrimentos,

dores em riste, envolvimentos,

 

chaga que sentimos no nosso corpo... extensão doutro,

todos os outros na parcela ínfima que somos,

porque nos compomos, fazendo parte deste poema que não é arte,

tragédia constante,

tão degradante,

 

alegria que é celebração, pura magia... redundante poesia,

logo no dia do equinócio da Primavera,

como desejam os q´entendem, assim costumam fazer,

num ter de ser, como s´espera,

 

resta acrescentar umas pétalas tão fofas... vermelhas de sangue, palavras insonsas,

algumas mofas,

gnomos do bosque com fadas brilhantes, varinhas com toque, sons retumbantes,

deuses com rezas, serafins tão esbeltos, moços escorreitos, orações, promessas,

felicidade às remessas,

requebros com jeitos, corpos tão ágeis, gizados, perfeitos,

 

romances com gozos, murmúrios q´afagam, conchegos, reparos,

paisagens de sonho... cores que deslumbram,

encantamentos q´inundam,

 

ruídos, estardalhaços,

melodias tão lindas... ruínas, pedaços,

 

aromas tão densos... espelhos da alma,

numa tarde calma, fermentos do corpo, chama da mente,

invenção que celebra momento inocente,

 

aqui vos deixo, sem intenção, uns rabiscos

seráficos, satíricos...

como marca, como traço, singelos, os riscos,

como faço,

dando um abraço!!!... Sherpas!!!...

 

14
Mar09

... velharia de TOPO!!!...

sherpas

... conservados em carcaça velha,

redutores duma situação, tempo que pára o tempo,

num descontento q´encarquilha

pai de filho, pai de filha,

isolado como uma ilha,

 

não se quer convencer na pele que, como a telha,

cheia de musgo antigo,

na casa que já foi palácio,

ordenativo, como posfácio,

parla como pega, como pássaro, dando presença, fazendo conta,

obtendo carinho, entendimento,

algo vazio que desponta...

aumentando maquia, algum provento,

oratória que se descuida... teoria que s´aventa,

criação de riqueza, como fim, como beleza,

réquiem de quem morreu, prédica final, oração,

despedida dos que já lá vão,

 

quando, numa convulsão, que já é espasmo,

ainda renova, ainda tenta... convencer desgraçado, plebeu

daquilo que já deu, não deu,


q´isto de conservas, conserveiros, conservados,

dos que compõem, enlevados...

procurando ao vento que passa, condoídos c´a desgraça,

 

lá no cimo, bem instalados,

apreciando produtos em salmoura, azeite, fumados,

rejeito quem promete favores... do alto dos seus pendores,


interessados q´estão em posições, dinheiros,

peles ressequidas pelo tempo,. manchas da velhice q´ataca,

tempo que voa, não pára,

 

agarramentos, fúrias loucas,

contextos que são pretextos, como quem pensa, como quem diz,

neste País que se contradiz...


nos eixos, nos rebaldeixos do q´aufere, se sente feliz,

contra pedregulhos que são seixos

nos leitos das intempéries, rolam, consoante a corrente,

fazendo o que sabem, pouca gente...

 

estáticos, conservadores,

ultrapassados, não naturais, velhice matreira que se bandeia,

enleva, quando se recreia...

 

bem contrários aos actuais, actuantes,

fazendo mais do que... antes!!!..Sherpas!!!...

12
Mar09

... vazio!!!...

sherpas

... um banco vazio na rua que passa, lugar na cama dum velho em desgraça,

num muro que separa, uma grade de ferro,

tranca na porta, silêncio, desterro...

 

esplanada sem som, cadeiras viradas, empregado lá dentro esperando momento,

balcão que s´alonga, copos q´aguardam

líquidos parados, conteúdos sem fluidos, refeição que não serve,

não come, não bebe...

 

vinho que descansa, não jorra... não chora,

lamento sem fim, destino de gente,

corpo que fenece, dia que começa, vida diferente,

percurso traçado, caminho já gasto, na fronte, desenho, uma ruga bem funda,

na carta q´escrevo, não envio...

repasto, enjoo que sinto, sentado, atento,

não páro, não entro,


lugar insensato, controverso, marasmo, janela da frente, rompante, desafio,

voo rasante, latido...

pássaro veloz, um cão sarnento, queixume q´exala, ambiente vazio,


ausência no instante, tão denso... bafiento,

desculpa, movimento a custo, intento,

sem pio,


toada que surge, esparsa que ruge, sorriso q´irrompe,

conversa escondida... palavras que rolam, pessoas que vão,

conjuntos que são,

 

cadeiras q´arrastam, viragem na certa, na porta que s´abre,

célere, tão servil... empregado que s´incorpora,

direito, na hora,


bandeja na mão, atento ao pedido, presteza no serviço, com gosto,

com viço...

balcão bem composto,

 

com vinhos, com copos, são fluidos, ruídos, sinais que ressurgem,

dão vida, eclodem...

dinamizam, explodem,

 

num banco já cheio, na rua formosa,

rapariga dengosa... rapaz q´aprecia,


um velho no leito, lugar q´ainda ocupa,

repara, introverte, ainda vive... implora,

partida q´adia, lugar bem diferente,

pássaro q´evola, cão enrolado, sarnento, ausente,


envelhecido, sem dono, são marcas, são dolos

amargos, são logros,

quando me disponho... componho!!!... Sherpas!!!...

07
Mar09

... alunado!!!...

sherpas

... um bocadinho da lua num recanto que fosse só meu,

apartado bem recatado, resguardado,

inalcançável por rico, por plebeu,

 

terreno inacessível, lá bem longe, no céu, cratera funda, predicado,

virginal, longe de todos...

espécie de condomínio fechado,

 

na rua, abrigo, quase segredo,

refugio, repositório, sendo matéria, não envoltório,

mortalha, como degredo...

mente que me persegue, corpo q´ainda arrasto, sons envolventes, brisa leve, de mansinho,

ausência total de peso, gravidade reduzida,

nem poisado, nem prostrado, noutro trilho de vida,

assim julgo, quando penso... assim queria, quando desejo,


diferente de todos os outros, privilégio a que me não arrogo, sonho pretenso, ilusão,

levantando os pés do chão...

indo para lugar ignoto, espreitando o desconhecido,

planeta menos poluído, parafernália q´acumulo, sem sentido,

 

buscando-lhe destino ou uso, vazando o que trago comigo

num lugar bem escondido...


ter um cadinho da lua, como já tive a minha rua,

retornar a outros tempos, alcançar o infinito, esgarrar amarras que tenho,

fugir d´existência tão curta, da mesquinhez que m´assusta,

fugindo desta amargura, quiçá... mal sem cura,


local ignóbil, perverso, arengares nuns simples versos,

quereres absurdos, diversos...

espontaneidade que me não custa neste confessionário predilecto,

sendo parte do abjecto,

estando sujeito ao repelente, sendo falho, sendo gente,


era vontade minha, alguma escapatória, dar reviravolta à estória,

especiais privilégios,

continuando vulgar, aberto, afastado d´animalescos egrégios,

 

cavidade profunda, cratera, numa flutuação constante,

imponderabilidade permanente, contrariando gravitação terrestre,

leis naturais da física, alunado, não agreste,

condição com que se fica...


ausente, estando presente, não prostrado, não vencido,

arrumado, estando comigo...


afinal, quem te crês tu, criatura,

talvez seja mal sem cura, recordação da tua rua,

lugarzinho na lua???...


longe de tudo, de todos, de maníacos, d´alguns loucos,

condomínio a preceito, sendo vulgar, tão anónimo,

longe desta cloaca, pandemónio...

 

que fede, tão desprezível, entre gatunos, hipócritas de peso,

companhias que não mereço,

braços caídos... desemprego, iniquidade que desmereço,


castigo dum Deus qualquer, tão cativo me vou sentindo

na carcaça q´ainda tenho, imaginação desmesurada,

quereres que dão em NADA...

 

quando... da vida me vou indo,

antes alunado, que enterrado!!!... Sherpas!!!...

02
Mar09

... etéreos!!!...

sherpas

... há quem se não sujeite, quem receie, quem ainda pense que não lhe pode cair o céu em cima,

se pavoneie,

quando se chega, não s´aproxima,

 

numa cautela exagerada... guardando pergaminhos,

olhando pedras que calcam, desconfiados, do alto dos seus pelour(inhos,)

DSC03119.JPG

não enforcados, alçados por carreiras... escaninhos,

influências, compadrios, arrostando desafios, insistindo, como teima,

grossa toleima,

 

com destino já pensado, predifinido... quando pensam sózinhos,

se julgam, s´avultam, s´encantam quando s´olham,

pessoas dignas de nota, s´avaliam, se rebolam,

quais bolas que carambolam,


nos altos a que subiram... nunca tal coisa se viu, inchados que nem pavão,

em contramão com a substância,

matéria em putrefacção

à medida que o tempo avança,

sinais que s´apagam, esvoaçam, simples recordação,


amontodado d´haveres... continuidade doutros seres,

estardalhaços já esquecidos,

vozes silenciadas, livros amarelecidos,

jogados fora, desperdícios,


apeadas figuras de pedra... bronzes mais resistentes,

fundações que persistem, nomes d´obras de mérito,

meu respeito, grande périplo de quem deu aquilo que tinha,

navegação com ventinho de popa,

refeição numa simples sopa,

 

fatinho em corpo chagado... tecto que abriga quem não tem,

vida que facilitam a alguém,


formação, desprendimento... porque a chama apaga depressa,

um vislumbre, um condimento, quando melhor sabe, logo s´acaba,

sendo coisinhas de nada,


uns em cima, convencidos... mais abaixo, não vencidos,

substrato, invés do duro asfalto, estratificação de sedimentos,

ódios, raivas, sentimentos,

 

amálgama que consubstancia... maior valia que s´alevanta,

quanto encanta,


origens que tudo vencem, ultrapassam... desabrochar de flores belas, vivazes,

que, de tudo são capazes,

nesta roda que nos esmaga, quando nos julgamos, compomos,

afastamos... não dispomos,

sendo aquilo que somos!!!... Sherpas!!!...

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