... dealbar!!!...
... quando, alquebrados,
por mim passam,
arrastando penas, dores, energias gastas,
olhando para eles, esforçados,
antevejo folganças que não esvoaçam,
cumulos de proveito, mesas fartas,
estupidamente parados,
foi-se o viço, secou a seiva,
mantém-se a consciência
torpe, bem imperfeita,
ressequida nos interstícios,
maldade que pervalece,
erva ruim que não esquece,
não podada, quando nascida,
males que provocaram
ao longo de toda a vida,
buracos negros inóspitos,
devoradores, com seus acólitos,
de perfeições débeis, formosas,
mar d´insídias venenosas,
graves tormentas, portentosas,
esmagamentos incríveis,
perante passíveis, possíveis,
força de dinheiros sujos
entregue a lacaios, sabujos,
fins que alcançam no acto
com perfídia ou desacato,
confronto tão permanente,
quando já velhos e gastos,
sem força, desgastados,
realidade que os entontece,
memórias que ainda têm,
não esquecem,
peitos, que foram medalhados,
mais recolhidos, encarquilhados,
fardos de muitas vidas que carregam,
estragos que deflagraram,
milhões que os entupiram,
desfalecem,
esqueceram os que mataram,
redenção na religião,
convencimento que acalentam,
quando se encostam, quando tentam,
feras são o que são,
morrem tristes, sem perdão,
sem seiva, viço ou feição,
na volupia do milhão,
do interresse, confusão,
na guerra, destruição,
imbecilizados, quase dementes,
nunca foram inocentes,
penso, com receio,
investigação minuciosa,
conjecturo, quando me aventuro,
MUNDO cavernoso que adivinho,
excessos que se derrubam,
instante,
qual castelo, qual gigante,
devassa do que transportam,
se reflecte,
avassala aquilo que foi corpo,
tétrica postura cadavérica,
mancha que se esbaça,
quase morto,
rugas que marcam rosto,
alguma intrusão,
confesso,
naquele que já foi colosso,
farrapo, devasso ou resto,
perpetuado em triste conto,
obra gravada na pedra
que se levanta,
quando grita,
que se espanta,
quando finda!!!... Sherpas!!!...