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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

31
Out10

... impacto!!!...

sherpas

... praça de S. Marcos, multidão,

tão seca como areia de praia em tempo de Verão,

empilhamento de partes de “passarelle” num dia reluzente,

águas tranquilas da lagoa, gôndolas a dar a dar,

condutores com fardamenta riscada, chapéu condizente,

óculos escuros, sorrisos convidativos para passeio,

trajecto, sempre o mesmo, nas ruelas que são canais,

passando por baixo de pontes que se alteiam no meio,

contratempo de quem passeia, se recreia,

num sobe, desce labiríntico,

paragem obrigatória, enlevo, sonho, devaneio,

recordação daquilo que somos,

românticos de todas as idades,

sempre assim fomos,

mais sofremos desse encanto,

neste, naquele recanto,

quantas verdades, quantas árias entoadas,

águas deslizantes, plácidas,

 

como formatura, sentados,

lá vão conduzidos,

apreciando,

sorrindo, todos bem vindos,

novos, mais idosos, gondoleando,

serpentando,

 

ouvindo estórias de casas que foram,

Marco Polo, o navegador negociante,

elo de ligação entre República próspera, Oriente longínquo,

aventuras tresloucadas dum amante,

Casanova no seu tempo,

passagem por Monumento,

local de rezas, promessas, igrejas tantas,

música de acordeão que quebra silêncio, gargalhar de juventude sôfrega,

quase se pega,

 

circundantes na estrada que é canal,

convívio, porta aberta, aparcador, água que lambe poial,

costumeiro, quando calmo o canal

numa curva, um grito, um aviso,

esguia,

comprida, desafia,

habilmente conduzida vai passando

por casas velhinhas, palácios, palacetes, mais modestas,

ruinhas, travessas,

gastas, no osso,

 

quantos séculos convivendo com a água a seus pés,

recordo escritores, obras que tiveram cenário tão imponente,

tramas, ódios, quereres, vinganças, lutas, castigos, fugas,

ostentação, diálogo permanente de mercadores,

governação da velha senhora que se mantém,

palácio CENTRAL dos Doges,

regras férreas que,

quando quebradas,

mereciam um suspiro profundo, olhar saudoso

de quem se retinha na prisão,

no calabouço,

afastamento daquela beleza secular,

gritante apelo a um MUNDO diferente,

vida de quem nasce, se apaixona,

de quem vem,

se detém,

 

numa gôndola, reclinado,

bem no centro duma ponte,

numa estreiteza que confunde,

reduz existência corpórea, entre paredes tão velhas,

nas ruas que são água,

passagem,

sobe, desce constante,

confluência num “campo”

Rialto burbulhante, auge de vidas que afluem,

falam, param, retêm na imagem que se tira,

encantam, uma e outra vez,

 

ângulo deslumbrante,

partindo da praça de S. Marcos,

tão seca como areia de praia em tempo de Verão,

empilhamento de passadeiras,

contratempo, um senão... Sherpas!!!...

 

19
Out10

... concurso!!!...

sherpas

... na estante, amontoado tão denso, concorrência imprecisa,

cumprindo esquema, medidas conformes,

ajustes enormes,

 

devaneiam vidas alheias, vontades tão grandes, algumas curas, panaceias,

pensos mais rápidos...

escassos momentos, incapazes, tão drásticos,

 

pequenas, voluptuosas feiticeiras, padrinhagem que se junta, simpatia que se derrama,

intenso, sem senso, boa figura, tão curta chama,

intocáveis parideiras, quando analiso... assim o penso,

 

formosuras primeiras, risadas amenas, entradas de fera, saídas de feiras,

barulhos esquisitos, labirinto tão denso...

loucuras, receio, emenda, soneto,

 

mágico soturno, decisor que distribui o que ambicionam,

escuro caminhante... sentença pendente, ameaça constante,

restelo, vazio,

oblíquo, deslizante inclinado, dele me não fio,

 

querendo estrelato a todo o custo...

atoarda de rompante, estrondo, um susto,

 

efémero lampejo, oportunidade que se esfuma,

objectivo preciso, trajectória fugaz,

por ele, com ele... instante capaz,

 

refúgio que se almeja, mais bela do MUNDO,

orçamenta, desfaz, recessa, estagna,

economia parada...

num raivoso embirramento, falência dum sonho, perante,

 

coroa doirada, visão que se garante, maquia que se guarda,

num tapa, destapa...

 

uso incomum, desfile imperfeito, sem mácula, defeitos,

concurso, preceito,

são vistas, são jeitos... Sherpas!!!...

 

17
Out10

... corpo... num TODO!!!...

sherpas

... quando passo, muitas vezes, quase sem querer, olho, observo de raspão, reparo,

não paro,

vou andando, remoendo, sem correr, associando cena que me cativou, ajuntamento ou pessoa, acontecimento ou gesto,

mais rápido, mais lesto,

inadvertido, por quem o teve, que me reteve,

 

atenção, olhar de lince, desatento por condição,

minha génese, inclinação,

nas nuvens, quando conjecturo... tanto em novo, como mais maduro,

 

condição existencial, sina, toque com que fui marcado à nascença,

minha pertença...

satisfação que sinto, uma mina, vidinha preenchida que me acompanha,

não desmanda,

compreensão dos outros,

aceitação permanente de quem é, vive, sente, nesta caminhada com passagens, encontros,

 

reparação em quem não repara, passa, não pára, prossegue, pensa,

intenta, mói,

remói,

salta cá para fora a qualquer hora, quando me sento... lembro,

 

sentada num declive, pertinho da estrada, hora de ponta, bem movimentada,

braço, parte proeminente,

a do cotovelo... bem assente num joelho,

 

terminal mais espalmado, palma da mão aberta,

forçando apêndice facial...

esparramado, olhar parado, ausência total do local,

 

perna, bem juntinha ao tornozelo, num entrecruzar do artelho,

pé inquieto, gesticulante,

ritmadamente, descompassado, não deu tempo para avaliar,

quando passei naquele lugar...

 

pancadas secas num chão poeirento, aguardando o que não vinha,

pensando na vida, ainda nova, mediana idade,

afazeres diversos, filharada, na certa,

interrupção forçada... espera,

 

aflição, por motivo imperativo, gestos maquinais, olhar vazio, para dentro,

não estando, sentada no declive,

nariz forçado por mão aberta,

braço bem assente no cotovelo... por altura do joelho,

 

proeminência desfeada, interiorizada,

descompassada... mais abaixo, junto ao artelho, pé inquieto,

estando longe, ali, bem perto,

 

numa altura de grande aperto, continhas à vida,

gentinha sofrida...

sacola de compras no chão, responsabilização,

agregado no lar, certamente, num repente, conjecturas que faço, quando passo,

vejo,

revejo,

 

diminutos que não dão pelo passar do tempo, pouco acima de qualquer jumento,

preocupação, nariz esparramado,

olhar vazio,

desafio,

prolongamento do braço...

 

mão espalmada, apontamento, conjecturas que faço,

quando reparo, passo, corpo... num TODO

abandonado!!!... Sherpas!!!...

 

 

 

16
Out10

... desfile!!!...

sherpas

... esbeltas,

formas airosas, passinhos leves,

rodopios, sorrisos prontos, corpinhos de

começo de vida, naturezas plenas de poucas verves,

encantos mil, cabeça com único fito,

nelas me fico,

 

multidão que aprecia,

recreia,

avalia com júri mui atento,

postado em frente,

doce recanto, momento alto,

dia de encontro,

acontecimento num espaço dado,

sítio de luxos, espampanantes,

criadagem, gordos e ricos,

tão cintilantes,

 

escorrem espumantes,

risadas de ocasião, com pretensão,

faz impressão,

 

convidado de caro acontecimento,

vida de recato,

pouco me enquadro,

alongo a vista, arregalo os olhos perante

desfile naquela estante,

palanque,

 

passarelle, como dizem,

vermelho berrante,

doirados que casquinam,

quase ofendendo,

rebrilhando reflexos,

corpos inocentes, trajes arrojados,

destapam,

 

tapando, segredos, recatos,

turgidos seios,

pletóricos recessos,

esconsos encantos,

 

plumas que deslizam,

viram,

reviram,

fitando juízes, tentando cativar,

revolteiam,

giram,

desdobram manto, mostrando colunas,

amendoados castanhos,

 

cinturas de vespa,

fadas de contos que sonham,

na destra,

canhestra,

 

florzinha tão bela,

varinhas com estrela... Sherpas!!!...

 

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04
Out10

... argo!!!...

sherpas

 … curva no caminho,

obra casual, escalamento acidental,

insignificância, coisa e tal,

convulsas as terras, aragens tão quentes,

fervuras, repentes,

tremuras,

ausentes,

 

eternidade que vagueia,

mais uma que se encontra,

superior alquimista, figura tão esparsa,

mais espírito, incorpórea,

espalhadas no tempo…

 

ARGO lhe chamam,

navega nas estrelas,

alcance impossível,

sonho fértil, imaginação,

incrível,

 

sobra que somos,

evolução,

resultado dum gesto, dum pó que se atira,

elementos que agitam

inundam, gravitam…

 

junção,

forma que se forma, esquecimento de autor,

donos de TUDO,

um TODO, SENHOR,

destino, princípio longínquo,

fases tão longas, aperfeiçoamentos,

 

instantes, momentos,

 

períodos tão curtos, ribombares, convulsões,

descoberta acidental,

encontro casual,

grão que revolteia,

se forma, incendeia,

toque magistral,

sem querer, tal e qual…

 

reunidos ingredientes,

sapientes despicientes,

descuidos de quem traça,

deita poeira,

esquecimento,

altera ambiente quando deixa marca,

quando passa,

 

alquimia complexa,

intemporalidade desconexa,

 

resultados imprevisíveis,

não os compreende,

lugar diferente… Sherpas!!!...

 

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02
Out10

... repto!!!...

sherpas

... repto, duelo, contenda, desafio,

enfrentamento em plena harmonia,

sem armas q´ofendam, trucidem,

com flores rosadas, vermelhas,

mais pálidas, enrubescidas,

modestas conquistas de quem s´afronta,

compondo palavras que dançam,

quando lidas, quanto encantam,

em versos que me vão surgindo,

fazendo vontade a amigo, sorrindo,

no que gostamos,

chamamos de poesia,

com algum receio porque me não fio,

forças dispendidas sem custo,

quando abro porta que sustém,

numa avalancha, tudo me vem,

falo de coisas diversas,

arrapanho conhecimentos que retenho,

quando leio os obtenho,

 

quando desafiado,

com tanto cuidado,

ainda assim não ofenda,

participo na contenda,

 

cavaleiro de triste figura,

no campo das letras, tão vasto,

repasso sonhos sem temor,

com alguma fúria, com muito amor,

gentios que adoro no que fazem,

quando regalias nos trazem,

nos mostram o que gostamos,

MUNDO que fantasiamos,

mais ainda o melhoramos,

 

rezando sem religião, sem crença,

não há NADA que nos vença,

rindo a bandeiras despregadas,

augurando fortes venturas, esperanças,

chorando tremuras e medos,

tragédias que nos assolam,

mortes que poderiam viver,

sofrimentos dos que fazem sofrer,

 

perante monstros tão grandes,

canalhadas d´embrutecidos,

lustrosos, enriquecidos,

comiseração por esses perdidos,

feras, desafios letais,

justas sem consciência,

duelos q´impõem regras,

ajustes que se chamam guerras,

 

rogando males a faltosos,

não esquecendo gulas raivosas,

contendas nada formosas,

vítimas que s´amontoam,

hinos loucos que nos entoam,

períodos sangrentos que recordo,

quando não sonho, acordo,

entristecido na procura q´encontro,

 

indo por aí, como gosto,

olhando para tantos rostos,

descrevendo o que me apraz,

num fazer que tanto faz,

num entender que julgo acerto,

aqui ao lado, bem perto,

nos confins da casa que temos,

antes FLORAIS, como repto,

amigo, conta comigo,

endereço-te abraço e sorriso!!!... Sherpas!!!...

 

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