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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

31
Jul11

... olh´ó... "PÁLITA"...

sherpas

… entroncado, mais para o baixo,

inexpressivo,

serviçal para todo o serviço,

 

entradote, na idade, umas décadas,

calças largas a três quartos,

espécie de “piratas” passadas...

 

doação de filho mais velho do patrão, mesmo físico, aparência distinta, jovem ainda,

quando, contristado pela suja figura,

lhe fez um aceno... com displicência lhas deu,

desde então, vestiu-as, não agradeceu...

 

fazendo conjunto com camisa axadrezada, quadradinhos brancos e azuis,

abas da frente, sem botão, amarradas em nó cego, por cima da barriga,

bem fornida...

 

com desvelo, na hora da malga, cuidava dela, colher desembaraçada,

por entre outras tantas, não esquecia,

não descurava...

 

mesa, bancos corridos,

gentios, ganhões, ajudas, criados em desvario,

quase desafio...

 

hora da comezaina, pausa na faina, curto momento,

heróis, broncos, brutos...

tal como ração a uma besta, sem conversa,

sem festa,

 

sem sorrisos, sem gargalhares,

ritmadas colheradas,

arfares...

 

alguns esgares, arrotos, outros sons nada próprios,

de quem engole, mastiga, devora,

para ir embora...

 

retomar canseira de árdua tarefa, depois da sorna, sossega,

aconchegamento de alimento, no celeiro, na cocheira,

na carroça, retempero provisório,

envoltório... sempre o mesmo,

 

camisa axadrezada, calça larga, apalhaçada, a três quartos,

logo acima de pés enormes,

sem botas, sem pregas, com calos,

deformados, sustentáculos de corpo informe,

robusto...

 

inexpressivo rosto, que recordo, quando me sento,

me posto...

introverto, quando lembro,

 

arengares desnecessários, arrazoados,

excessos...

figura de moço de recados,

 

paquete de casa rica, latifundiário lá da terra,

para todo o serviço, abaixo de todos, para tantos lados,

ida, vinda constante...

 

sempre ao dispor do dono, senhor,

da dona, senhora,

dos filhos, mais que muitos, das aias,

dos criados habilitados...

 

a mercê dum assobio, como fiel rafeiro,

diligente, por inteiro...

 

canseira, desafio, da cozinheira, do cozinheiro,

do ganhão...

iniciante rapagão,

por uma lentilha, malga de grão,

côdea dura de pão,

 

fava, ervilha, ração,

diversão...

tal como era, tal como estavam na hierarquia de então,

quase, quase abaixo de cão,

 

era isso, era, quando o via passar,

numa curva, num arco, numa espera, tratando do carrinho do menino,

pegando nas rédeas,

conduzindo, protegendo, com carinho,

dispersando eventual perigo,

ameaça...

 

na rua, na praça, filhos da LUA, gentalha, pé descalça,

ajuntamento...

séquito alvoroçado, quase praga, mal amanhada,

mal comida, mal esgalhada,

 

carrocinha de luxo, pónei de acordo, com quanto custo,

com quanto zelo, cara feia, rosto inexpressivo,

moço de recados... paquete potestativo

 

perante canalha, mais baixa,

cara de medo que... não encaixa,

 

não aceita, rejeita quem não o sustenta,

protege, como cão de fila, faz de conta, enfeita,

pega na pedra, atira, não deita,

deixa cair...

 

um esgar, um sorrir,

repele, afugenta…

 

olh´ó PÁLITA, gritavam, fugiam,

lá iam, com rinha, com graça...

gentalha descalça,

fominha da grande, dos filhos da LUA,

na praça,

na rua!!!…  Sherpas!!!...

 

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22
Jul11

... espectro!!!...

sherpas

mais uma vez, espectro com que deparo, folha vazia, branco imenso,

quando introverto,

quando penso...

 

perseguição constante, costumeira,

nesta vida que transporto, tipo brincadeira,

porque não ligo... não m´importo,

 

 

tento agarrar lembrança, adequar situação, acaso que me surgiu,

repente...

desesperança, olhar vago, arredio,

 

passada que me machuca, medicação para mal enorme,

gente abandonada...

com frio, alma desamparada, tendo vida, não tendo nada,

 

pendente de esmola, vontade, fora da realidade,

curva escura, ruela finita, portas cerradas, muros vultosos,

não ridentes, não formosos,

calafrio, grande arrepio...

 

injusta separação, longínquo elo,

ligação...

de irmão que não é irmão,

 

grande pedaço, ruim novelo, massacre que me aflige, insegurança do desvalido,

agravo que se amontoa, loa, desengano,

remendo...

em parco pano, ladainha que não entendo,

 

como formiga em carreiro, cigarra que se desmanda,

cansaço que se não nota, som que esvoaça,

encanta...

 

armazenamento constante, fadiga de quem não sente, díspar posicionamento,

entorno...

grande lamento,

atmosfera densa que se confronta, comportamento

 

quem impele, esforça tanto, quem acumula, fazendo canto, gente abandonada, com frio,

tendo nada, tendo vida...

voragem, tsunami global, sistema que freme, derruba,

abrindo cova, cavando tumba,

 

som sinistro, ensurdecedor, abandonado que tanto teme,

raivoso que crispa, mata...

tendo tudo, tendo nada,

 

folhita seca numa floresta, dando o que não tem, o que lhe resta,

sopro escasso...

quase gasto, tão sozinho, tão esparso,

 

esquecido, com muita dor, luz que se vai extinguindo,

num encolher, tanto faz, indiferença que o corporiza,

quando pensa, interioriza...

 

sendo homem, mulher ou rapaz, valia que ostenta, bem quer,

juventude que o arrebata...

chama intensa que esmorece, tendo frio,

calor intenso, algaraviada que entontece,

 

canto de cigarra permanente, formiga que já não sente,

tarefa que é canseira...

chuva global, grande torneira,

 

secura que nos agasta, desvario que já não pinga,

mesmo que se teime,

se finja...

 

não há mal que não nos atinja, nesta brincadeira de medo,

inertes, em grande lixeira...

quase sem eira, nem beira,

 

abandonados, num desvario,

secreto desafio...

orquestração monstruosa, não ridente, não formosa!!!... Sherpas!!!...

 

{#emotions_dlg.confused}{#emotions_dlg.mad}{#emotions_dlg.sad}

18
Jul11

... maltese!!!...

sherpas

... como HUMANUS, diferenças abissais, não somos iguais,

entre os menos, entre os mais...

projectos de vida íntima, mais aberta, ocultações, mais perversas,

não confessas,

013AFFE9-E114-4876-9458-DDE5187D31E2.jpeg

 

consoante, conforme protagonistas...

dando ou não dando nas vistas,


habilidade de cada um, entre o que se desunha, não passa da “cepa” torta,

vegetando, não importa...

o que avança, que pula, estrelato impensável, lá nas alturas,

noutras buscas,

 

procuras, de viés, de travesso, arremedo...

dentro de grande segredo,

 

transparências que são faladas, claras sem gema, ovos de galinha, tão escuras, mais negras do que breu,

sabes tu, sei eu...

povoléu que não adivinha,

 

caminhada no centro da rua, feiras de gente simples,

arrazoados misturados com beijos, abraços,

sentimentos que são pedaços...

 

afastado de vários requintes, luxos incomensuráveis,

sacrifício de quem intenta, episódio de aventura complexa,

arte de quem é capaz, tão nobre, tão diversa,

num afã, tanto faz...

 

vida que desmanda perante quem comanda, dinheiro que é pesadelo,

enredo... mais que novelo,

peripécias que acumulam, juntam, desfazem, arrumam,

 

fã indesmentível, banda desenhada, aventureiro que é navegador,

traço rígido, faces notáveis, corpos fortes, belos torsos,

pernas, músculos, rostos...

 

paragens dantescas, paradisíacas, façanhas dos que confrontam

 sonhos improváveis, incríveis, imaginação de quem compõe,

mistifica, burila, compõe...

 

pululam seguidores fiéis, lutas, guerras, quartéis,

desertos, agruras, contendas, regresso a ilha de origem,

limpinho, sem pisca, nem fuligem...

cara impenetrável, esfíngica, como foi, assim fica,

 

impoluto, noutro capítulo, deslizante, postura conhecida, salões, tramóias passadas,

cetins, sedas, damascos...

acumulação de OCASOS arrumados,

 

amigos com muitos reflexos,

afectos, agarrações, amplexos...

segredos profundos, desnorte, desvario de quem me não fio, DEUS maior, abjuração,

tendo, na confissão, perdão,

 

repenicados em bochechas saloias, pivete de peixe que exala,

aventura repleta de socalcos... sorriso de quem não sente,

tendo objectivo na mente,

rastos conhecidos percalços,

 

como HUMANUS, diferenças abissais, tão diferentes, não iguais,

referências que não me consolam...

quando pedem, quando esmolam,

 

quando disfarçam desejos, quando altos, esquecidos, reviranço, reviravolta,

salões de espanto, espavento, esvoaçar frenético,

solução...

retórica gasta, rarefeita, grito, não passa de lamento,

palavras atiradas ao vento,

brumosa comoção,

 

densa manhã, nevoeiro, caminhante errante, sendeiro,

loucura temporã... mais ou menos milhão,

solução,

 

são “levadas” de dinheiros, tudo e todos patriotas, patrioteiros,

unidos, numa só função,

será pr´ó bem da NAÇÃO???... Sherpas!!!...

 

{#emotions_dlg.confused}{#emotions_dlg.mad}{#emotions_dlg.smile}  

06
Jul11

... outra...memória!!!...

sherpas

... recuando no tempo,

lembro...

quando, de mim, me aparto, distancio, preso por simples pavio, luzita que me aconchega, volta, não volta,

reviravolta, quando me assola,

arrecadado no meu canto, preso a pensamento,

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saltitante ou de rompante, que, isto da memória, na idade que se acumula, umas vezes, simples preâmbulo,

ligação a um pormenor, ocorrência que avassala e pula... ostenta tanta beleza,

mantendo tanta certeza,

queda como directriz, quando se aponta, se diz,

 

dá colorido a conversa, completa situação, quase como um alerta, risota que provoca,

esgar que contorce rosto...

de vinho de rica colheita, resquícios espezinhados no lagar, simples mosto,

 

acompanhamento que seduz, quando se atira, reduz,

se recebe, contraluz...

biombo que separa o que sentes, credos, ideologias diferentes, são apontamentos, repentes,

posicionamento d´outras gentes,

 

vidas diversas, tão raras, ajuntamentos díspares, vidas caras,

afrontamentos que me inundam, confrontos que não entendo,

recordações doutro tempo,

estórias que gosto... mostro,

 

relembro vezes sem conta, porque na idade que tenho, sem me aperceber, sequer,

levado por isolamento, num canto mais sossegado, saltitante ou de rompante, sorrio embevecido,

convencido...

 

falando comigo próprio, com os botões que transporto,

nos revirados dum casaco... na farpela de momento,

não ligando, não fazendo caso,

doce visão que me acompanha, que partilho, quando a mostro,

 

vinhaça de fraca colheita, resto de lagar, simples mosto, espezinhado, apontamento, isolamento,

insignificância, ocultamento...

 

com outros que me são estranhos, aproximados de ocasião,

levado pela emoção...

triste celeuma, sensação, vai-se-me da boca, quando a escrevo,

quando a recordo, quando a lembro,

 

início dum disparate, espécie de intróito na peça que se desenrola, cena que tanto me choca,

moedita que cai, quase esmola...

pantomina que desafina, coisa à toa, desatina,

 

algaraviada sem nada, alvoroço sem rebuço, contracção de ventre, defensiva,

no estômago, dado em nenhures,

algures...

pancadaria da grossa, estória,

 

recalque dum incapaz,

no conchego onde me encontro, sai-me da boca... num repente,

 

escrevendo, fala adorada, com os botões que ostento, farpela caseira, revirados, prosaico ostentatório,

sururu, falatório...

teatro inconcebível, ópera bufa, planta de estufa,

invencível cavaleiro, no saque, sempre o primeiro,

 

desfazendo com pertinácia, derrocada, ineficácia,

desbarato que me confunde...

ofertando, quase de graça, etapa que se torna tão trágica, amontoado débil de imbecis, laudatório, genuflexão, cerviz,

quando criança, petiz!!!...  Sherpas!!!...

 

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