... pirueta!!!...
famílias desestruturadas, ofendidas, maltratadas,
quão envergonhadas...
por percursos, caminhadas,
sombrias nuvens, passagens, gastos, desprendimentos, relapsos,
atitudes mal pensadas...
outras paragens, que mergulho, sensação, desliza a piscina pelo corpo,
borbulha a água na rebentação, que gozo, delícia tanta,
quanto me encanta...
sol tropical que espanta, palmeira inclinada na praia, sumo de coco na garganta,
sabor intenso, refresco, colorido da mariscada,
gelada, bem gelada, “caipirinha” desejada...
objectos, tantos desejos, viagens, locais de sonho, quando me sinto,
me ponho,
instalados, sem destino...
lugar incerto, tanto faz... estando longe, estando perto, sorridentes,
sendo “ricos” aparentes, bastos, tão diferentes,
fazendo gastos,
quantos afectos, agregados num recanto,
turistas de boas vistas, doçuras, sabores constantes,
instantes...
movimento por tantos lados, farpelas, mostruários diversos, hotéis, desvarios, aviões,
quentes e frios, cúmulo de sensações...
dinheiro fácil na fonte, tão próximo o horizonte,
num balcão qualquer, tudo que se deseja, se quer, bancário solicito, prestimoso,
tão servil, untuoso...
não quer casita nova, carrito, último modelo,
quanta prestabilidade, desvelo,
quanta “falinha” maviosa... quanta irrealidade,
pagamento, fala raivosa, tardia, mas não esquecida,
prazo cumprido, dívida...
penhora, arresto, cabresto
num burro que se deixou levar, para paragem de desencantar,
relaxado, sol tão quente, geladinho, tão ausente,
refresco tão colorido, leite de coco, palmeira,
mar tão belo, ali à beira...
na multidão, sem rosto, na estação, com muito gosto, ansiedade sempre presente,
interrogação que a sustenta, sonho que se realiza, bolso tão recheado,
há sempre um outro lado...
inóspita paragem, apetitosa, maravilha, tão composta, tão formosa,
sempre em festa...
outra viagem, tudo se consome, dinheiro, não custa nada,
crédito tão inocente, cabeça ao léu,
vida airada,
quando não se está, tendo, como limite,o céu,
logo se inventa... vontade que não se lamenta,
de local em local, sentados em boas mesas, fartos banquetes, sobremesas,
paraísos, areias brancas, brisas que sopram, mansas, corpos atirados ao mar, límpidas, tão inocentes,
delícias, doces permanentes... sorrisos, encantamentos,
parcas valias, assentamentos, longínquos contratos, momentos,
compromissos, pagamentos...
esquecidos na diversão, no meio de tantos sorrisos,
aeroporto, outra partida... chegada da boa vida,
trabalho que vai fazendo, parcela que vai pagando,
desejo... tão grande desejo, tudo cobiço, quanto vejo,
indo, sempre correndo, querendo, sempre querendo,
porque... todos temos olhos, barriga... valias maiores, menores,
cada um, com a que fica,
todos diferentes, todos iguais, nesta, na outra vida,
num PAÍS que se não equilibra, de desenrascados, mal pagos por vigaristas,
inocentes arrivistas...
num caldo que se entorna, numa mistela que se prolonga, que s´intenta manter,
maus procederes, políticos, religiões, reviravolta,
cambalhota...
ai aguenta, aguenta, que valente pirueta,
por quereres, deturpações, de qualquer maneira, de qualquer forma,
muitos milhões... alguns tostões,
impreparação propositada, ignorância, como norma, vontade imensa de ver,
sonhar... ter,
mui normal, viajar, desfrutar, viver, sem impedimentos, sem burlas,
sem gulas...
sem fingimentos, alguns momentos,
temos olhos, barriga, gente pobre, gente rica, matéria infecta, dinheirama,
que nos consola... nos chama,
cativa, convida, engana, ilude, enterra, cobre, espezinha, quando volta,
quando cobra...
compromisso, impreparação, omisso, negação,
penhora, dívida que sobra, machuca... culpa, culpa, culpa... Sherpas!!!...