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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

29
Mai14

... das brincadeiras perdidas!!!...

sherpas

… quando, por aqui, me encontro, casa do meu conforto,

início da minha vida, sonho que tento manter,

enquanto poder, enquanto viver,

largo do meu sossego, sino que já não oiço,

hábito de muitas décadas,

na torre da igreja, numa vinda,

DSC07922.JPG

já não m´irritam, despercebidas, quase sempre,

recanto do meu agrado,

relógio que vai marcando, espaço de tanta brincadeira,

jogos, futebóis, vida que se vai esfumando,

rapaziada que cresceu, casou,

multiplicou,

fugiu, desandou,

 

paragens incertas, pais que se mantêm,

num vai, vem,

contínuo percurso meu, contradança entre cidades próximas,

ambiência que me contenta,

tarde quente de Primavera, ilusão,

quase Verão,

ida,

 

instável, esquisito, diferente, na torre da igreja,

entre frio, calor,

solidão que m´agrada, vento forte que sopra,

ponto alto, do lado do forte da desgraça,

o tempo marca, passa,

destino,

toca o sino,

 

ruína q´avança, projecto pensado,

imobilizado,

maneira d´estar, não gastar,

não aplicar,

sem faustos, sem trabalho,

sem actividade, sem movimento,

inaptos,

 

momento de lavar os olhos, abro a porta,

mergulho no largo, mesmo defronte,

como hoje, como ontem,

 

faço, quando m´aborreço, dou curta volta pelo prédio,

lembro,

carros estacionados à sombra das árvores, silêncio absoluto,

cantarolar duma criança, sentada num poial do monumento,

recordando cantiga d´escola,

certamente, curta idade,

que saudade,

toca o sino,

 

pejado de catraios irrequietos, pequenos incidentes surgiam,

fuga, vergonha, enrubescimento,

respeito, outra época, mesmo largo,

como num filme, pano de fundo, árvores, igreja, cidade lá ao alto,

meu MUNDO, sobranceira,

rainha da fronteira,

passagem que atravesso todos os dias,

 

pela torre, paredes das casas, monumento,

fé na interioridade,

gravadas, paradas no tempo, choram as horas, em cascata,

ressoam nomes d´outrora, botas que calcam calçada,

bola que bate na porta, GOLO que se grita,

agita,

 

largo buliçoso d´antes,amigos aos magotes,

toca o sino, pancadas fortes,

criança solitária que cantarola

canção divertida d´escola,

recordaçõesque m´embalam, vozes da mente que não calam,

berrantes,

 

largo das brincadeiras perdidas,

torre q´observa, atenta, quantas lutas, quantas brincas,

horas passadas, esquecidas,

 

ecoam nomes, tonitruantes, descem, como pedras

num lago calmo, círculos concêntricos

que se vão alargando, excêntricos,

marcam presença,

quando as ouves, as pensas,

da torre, do sino,

no largo feérico,

mais parado, desértico,

 

solitário que canta canção que lembra,

da escola,

sentado num poial do monumento,

momento,

fadário…  Sherpas !!!...

 

{#emotions_dlg.smile}{#emotions_dlg.smile}{#emotions_dlg.smile} 

11
Mai14

… piscatórius!!!..

sherpas

.... já não desaprovo, distancio, lamento,

não ofendo, encolho ombros, somente,

 

aponho pensamentos idos, de fugida, tão actuais,

neste conjunto d´anormais

a que pertenço,

sendo, como sou, como penso,

LONDRES

mais um, entre tantos, introvertido,

comedido,

sem raivas, sem gritos insensatos,

maus momentos, bocados,

diabos, santos, escasso albergue,

quase purgatório de pecados cometidos,

que, porventura, não teme, não tremas quando me julgares,

mais q´esquecidos, insignificâncias, apenas,

azares,

 

incomodamento

que desvanece perante bom prato que degusto,

vai-se o pleico, desfalece o susto, lembro outro sabor,

langor,

encantamento,

 

apreciando flor bonita, pintura esmerada,

mestre d´então, com embevecimento,

afeição que me prenha de satisfação, completo, repleto d´amor,

presente pendor,

 

das feras, vândalos com forma de gente,

num repente,

tão apartado, distante, por desagrado,

desamor,

 

aprecio pedrinha na praia, concha vazia, colorida,

olho horizonte distante,

olvido aberrante,

molho pés, quando chega, me toca, refrescante,

 

dou passos sobre passos dados,

não lanço dados, não jogo,

não m´importo,

 

viciado, sem préstimo se desenrola

nas ondas que se repetem,

acometem,

refrescam, quando lânguidas, quase paradas,

pequenos nadas,

 

olho prado que s´alonga, vertente,

ali bem perto,

arriba possante, forte,

outra gente,

antepara de casas, de bens,

caminho tortuoso, por vezes, pouca sorte,

 

flor que se mostra num deserto, tão isolado,

ermo,

areal que se prolonga interrompido por outra terra,

fronteira, esfera de descanso, protecção,

conforto, tão terno,

um bocadinho longe do poiso de barcos já podres,

quase gastos, decomposição,

 

ali jazem, como os mortos nas profundezas,

mar imenso, grandezas

aquando da faina, reboliço, fartura de tudo,

filhos, filhas,

danças, encantamentos,

sorrisos, enamoramentos,

enleios, tal como ondas na areia,

coisa feia que estrondeia,

tumba escusa que s´acusa,

 

foram o que foram,

já não são,

 

passado aquele carreiro, terra batida, poeirenta,

sol a pino que s´aguenta,

vejo gaivota esvoaçante, fugindo a mar que s´agiganta,

nuvem carregada de medo,

sombra escura, ventania, marulhar que grita, que canta,

não encanta,

 

quebra de doce harmonia, uivo passado, lembrança,

outros usos, terra segura, bendita,

refugio de quem desistiu, aldeia escondida,

lares desfeitos, deixou o mar, fugiu,

marcas q´ainda perduram, na rua quase deserta,

roupa escura, cara tapada, corrida para seu tugúrio,

rezas ao desafio,

 

num recanto bem protegido, um que outro gemido,

face que surge, repente, outro tipo, outra gente,

pescador de barca bela, pescador por afeição,

rasgo, traço, recordação,

avanço, vou, não paro,

reparo,

 

xaile negro da desolação, capelinha de choros permanentes,

cemitério das campas vazias, sem corpos,

com nomes gravados na pedra,

vida eterna,

consolação,

 

quando as visualizas, as sentes,

aldeia com faltas q´avultam, vástagos que se foram para sempre,

quedaram em profundezas abissais, depois de mortos,

lugares incertos,

variados, dura faina d´então, seus corpos,

 

redes, anzóis, arpões, lonjuras, quando os procuras,

lembras,

saudade q´empequenece, sonho em vão,

paixão,

ladainha que permanece mas, não esquece,

recordações,

 

barcos apodrecidos na praia, redes soterradas na areia,

memória que s´espraia, devaneia,

nas pedrinhas que piso,

na água que me refresca os pés,

caminho que calco, passos que dou, perpasso  por casinhas da aldeia,

 

quintal da sobrevivência, galinhas, galos, coelhos,

porco no chiqueiro,

hortaliças, legumes, frutaria, produção caseira,

labuta da viúva que teima,

 

olha, de soslaio, mar enfurecido, persigna-se, rosto compungido,

sem marido, sem filho varão,

como outras que assim estão,

lugarejo do pesadelo, momentos bons, tragédia,

na vida que não é comédia,

com a que m´irmano, lamento,

atento!!!... Sherpas!!!...

 

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