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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

27
Ago14

… no chão!!!...

sherpas

... rebentação ruidosa que apavora... patentes desaires que acumulam,

torrente imparável na descrença do que clama por agora,

horizonte que afasta, torna incerto,

desgosto dos que descrêm, não comungam auspícios floridos, encantadores,

2002__38.JPG

pavores de quem ouve ébrios por perto, raivosos, penumbras d´ares incertos,

repentes que incitam, feros, coléricos...

desboque em cenários repetitivos, representação de figurantes aloucados,

queixume em desvario, deslocados,

cena de palhaços não cativos... lembrança doutros actos já passados,

 

no mesmo chão, triste pedaço, multidão ridente perante repasso

que se dissolve como nódoa intermitente,

teimosa presença, pouca gente...

olhar que enfoca figurão que se permite, quando repete, quando insiste,

esganiçado, mais rotundo, envelhecido,

rídículo no embaraço, desfeiteado na ofensa sórdida que profere,

quando aventa, quando fere...

 

sujidade que alastra frustração, sendo quimérico sebastião do impossível,

renascimento na fortuna de estadão...

no seu local tão esquecido, mero chão,

 

destino de desatinos em borbotão, que já só fluem, não se dão,

entre copos, bebedeiras contínuas, barraca de fluidos que empinas,

farra pavorosa ainda se tem, voluta, qual espiral que adorna...

 

capitel que se desfaz na consistência

mole, sem cartilagem sustentatória, molusco deformado na pestilência,

liquefeito no refluxo da oratória...

 

gesto no desconcerto aparvalhado, olhar vago de doido que se refaz,

final dum cacique quase destronado, idade que marca queda iminente,

doença, descrédito, indigente... dando tudo de que é capaz,

 

fraca sujeição de quem desilude, hostes de quem bebe, de quem come,

fartura, num dia de reinação, pedaço de farrapo em declínio...

vociferante, entumecido, já fastio,

 

verbo que não é desafio, ofensa que paira no ar, impune,

direito que desdenha, ressumbre,

estado que não geme, tudo assume, loucura etílica que profere,

quando aponta, quando refere...

 

charada que não entendo, quando comparo, proibindo escrita, algum reparo,

retendo linha de pensamento, cerrando espaço com descaro,

evitando criação de momento, sejamos claros...  ínfimo jumento,

 

liberdade que tolhe, quando pára, brisa ligeira que s´atalha, ciclone que ofende... embriagado,

protegido, quão desbragado

no chão, palco d´empenho,

 

instituição que ainda aguento, retenho descrédito que semeia impunemente,

sendo louco, sendo gente,

álcool fervente... quando a quente!!!... Sherpas!!!...

 

21
Ago14

… aversão!!!...

sherpas

... em busca da perfeição, entre tanta barbaridade,

próximos q´estamos da triste realidade,

a um clique,

ligação que nos mostra toda a verdade, faz-nos insensíveis,

coniventes com carrascos que a cometem,

qualquer tipo de atrocidade, são cruéis, são incríveis,

 

 

MUNDO pequeno que se não esconde, lugar apartado, esconderijo,

vilarejo,

serrania agreste, olhos cerrados com força, tudo sinto, tudo vejo,

consequências neste meu TODO, quanto tiro, quanta forca,

quanto pedaço ensanguentado, parte que sou, constatação,

não faço a mínima alusão,

quanto torrão violentado,

 

faço por não ouvir, pancada leve no meu ser, meu porvir,

imperfeição, harmonia quebrantada,

próxima, afastada,

num CORPO, insignificância, estatelado em leito vazio,

porta cerrada, escuridão, nem um mosquito zunia,

leve brisa, frincha reduzida, de TUDO m´apercebia,

 

imaginação, quão ligeira percepção,

aluvião que nos afugenta, tempestade que s´abate, num repente,

quanto sofrimento, minha gente,

 

amostra d´umanóide indecente, calcando irmão contra irmão,

como pretexto, uma religião,

choro lágrimas amargas, enterro cabeça no chão,

 

tremuras que são soluços, arcaboiço que s´empequenece,

doce alegria que fenece,

tristeza da solidão, parcela, sofreguidão,

parte que sou, perfeição,

 

marcado por tempos idos, quantos anos tão devassos,

seres reles, pervertidos, quantos mortos, quantos passos,

cravejamento de cravos, choros, imprecauções,

berros que bramam aos céus, tão unidos, como os meus,

graças que se não concretizam, religião, puro pretexto,

fanatização, momento de que me queixo,

raleza de pensamento,

estertor num finamento, não faço a mínima alusão,

 

fui crescendo, fui sofrendo, fui moldando meu ser,

cuidei da minha parte, insignificância deste meu TODO,

acabei por ir vivendo, neste pedaço que é meu CORPO,

parte do que seremos DEPOIS,

 

um mais um, já são dois, tantos mais tantos, quantos serão,

nesta tão GRANDE imensidão,

arrecadado em solidão, com a cabeça enterrada no CHÃO,

não vejo, não oiço mas... SINTO,

tremuras, puras afrontas, tão VERDADES que não MINTO,

 

lugares distantes, armas com q´APONTAS,

crueldade que s´agiganta,

torrão que se destroça, cabeça despedaçada por um tiro,

quantos pendurados na FORCA, força inaudita, maldição,

religião, como AVERSÃO,

 

melhor não ver, bem pior não sentir, atitudes que se assemelham,

indiferença, insensibilidade, razões que não justificam,

dualidades, como tantas,

 

quanto, quanto t´enganas, não aceitas o que és,

não aceitas o que te PERTENCE, pequeno NACO dum TODO,

confuso, maldoso, tão LOUCO,

 

egocêntrico em demasia, exclusivo, por cobiça,

GANÂNCIA desmesurada, defeituoso na sua feitura,

quanta tristeza, amargura,

 

quanto descabimento, animosia,

tresloucamento total, que vai mal, que vai PIOR,

antes que o MUNDO melhore,

faz um esforço pequenino,

tão sozinho, comezinho,

aceita os que não são, faz-te ACEITAÇÃO,

trata irmão, como irmão,

 

engrandece a tua CONDIÇÃO,

sê HUMANO,

sem engano,

sem perfídia, como um DEUS,

trata bem o que é teu, o que é dele também,

quem o TEM, quem não TEM,

parte dum TODO tão imenso,

quando o sinto,

quando o PENSO!!!...  Sherpas!!!...

 

{#emotions_dlg.confused}{#emotions_dlg.mad}{#emotions_dlg.sad}

01
Ago14

… vulto!!!...

sherpas

... ao voltar da esquina, deitado sobre papelão, que impressão,

costumeira visão... pés sujos, calejados, espreitando por baixo de manta rota,

 

descolorida, ia avançado o dia, dormia naquele vão d´escada,

afastado de tudo, bocadinho de nada... vida perdida,

 

corpo que não sente, resto tão lixo, impreciso... vulto, sem vulto, oculto,

 

pés, como ponto, referência, curta existência,

restos de comida dispersos, pão seco, bagos de arroz, ossos mastigados pelo companheiro,

cão sarnento, ronceiro...

 

olhando quem passa, não olha, não avalia desgraça,

transeunte de todos os dias,

por aqui, por ali, outro cartão com vida dentro, indigente que recupera escassez

que grassa, malvadez...

 

na cidade do desencanto, em qualquer vão, em qualquer canto, estória de vidas, sopita, uma cama, farrapos,

trapos...

 

dia tão nobre, dia do pobre, festa falada, palavras sentidas, alguns afagos,

amargos...

 

descolorido, impreciso, ponto notório,

pé tão sujo...  calejado, obrigatório,

 

coração tão duro, figo maduro, baraço que s´ata, pescoço retesado,

língua de fora, figueira maldita, arrependimento, alguns estertores,

acabam-se as dores...

 

sofrimento continuado, na rua, no adro, na avenida, esquecido, despejado, sem eira,

sem beira...

 

vulto, de pouco vulto, última fronteira, quanto te culpo, sociedade insensível,

beira do rio, passeio imperdível... lá, mais adiante, débil pavio,

 

obra inacabada, passada que me leva, planando para a outra margem,

digna imagem...

assombro tão grande, sombra parada, sol aberto, de costas, não alerto,

viro, reviro, quedo, boquiaberto,

 

inopinadamente, foi-se-me o encanto, tão de repente,

acordei, desliguei da maravilha, da paisagem que s´explana, além rio, além TEJO,

mais pr´ó SUL, para lá da ponte,

horizonte...

 

porque, por cá, neste lado, nesta parte, quem parte, reparte,

não reparte como deve... não liga, não observa, quando se serve,

 

quando ignora, não chora, não deplora,

não cura mal imenso, nem com incenso, nem com plegária, nem com mirra,

irra, irra...

 

só com ouro, escasso tesouro, manta tão curta que não verga, que não curva,

insiste...

persiste!!!...  Sherpas!!!...

 

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