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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

20
Abr15

... mãos... à solta!!!...

sherpas

... pensamento ausente, mãos inquietas apartadas do corpo,

não conduzidas, tão soltas, despertas,

sem motivo aparente, seduzidas por símbolos que arrumam,

espécie de namoro incontrolado, chispa repentina,

vontade que se avoluma, intensifica,

grafi 030.jpg

no seu todo, dedilhando com os seus elementos,

toques suaves, constantes, inebriamento dos dedos,

catadupa de imagens que os motivam, ocupam,

em silêncio, tão apartado que estou,

incontrolado perante o que buscam,

não sou,

 

parte descontrolada que esvoaça,

dedilha,

carrega nesta, naquela, naqueloutra,

indiferente,

não assume, não perfilha,

simples observador do que vai surgindo,

um todo,

sem sequência objectiva, abstracção desconexa,

sequência veloz, fugindo,

vai escrevendo o que não pretendo,

socorro,

 

conjunto desirmanado, lembranças, ofertas,

sociedade aberta, louca injunção, requebros,

desconjuntado globo, tão louco,

inverso do que pretendo, não sendo, tão pouco,

 

consequência do que se deixa à solta,

língua viperina, na boca, aparência retorcida

que degrada, disparata, gesticula, grita,

influência negativa, comportamento inusual,

palco de tanta vida, desgosto que se avoluma,

disforma, provoca separação incontida,

 

à solta, sem pensamento determinado,

inquietas, apartadas do corpo,

tão isolado, incorpóreo, calado,

observando o que vão compondo,

naquele momento, naquele teclado,

 

esvoaçam livremente, pegadas a símbolos que buscam,

ajeitam, colocam, arrumam, inebriadas, seduzidas,

livremente, compungidas, alegremente,

entristecidas,

contraste, aversão, disparate,

demente,

são extensões que se libertam,

são parte,

 

alguma influência de véspera,

imagem,

palavra que excita, inadvertidamente,

nesta cavalgada incontrolada,

voragem,

pesadelo constante que se não entende,

 

descontrolamento insensato de momento,

casualidade repetitiva que ascende,

demência provocatória de quem não sente,

provocação que marca, calca, diminui,

ressalta, ecoa, amodorra, não frui,

 

causa incómodo, revolta, mau estar,

separação, sem tema, súmula tão escassa,

imprópria vontade que se afasta,

não pretende,

ingente criatura,

inaudita resolução num corpo que é todo,

revolução inesperada duma parte,

independente dum pensamento que é comando,

gesto, repentina libertação,

extensão do braço que é mão,

 

seus elementos,

esvoaçantes dedos que buscam,

aversão,

contradição, anormalidade esquisita,

encontram, dedilham, arrumam,

visitam, combinam,

ajustam,

 

empilham palavras, casam bocados,

incontroláveis, desconexos, dedilham,

sem pensamento concreto,

num palco tão perto, cerrado,

aberto,

 

janela que dispersa, provoca,

tão grito,

tresloucado comportamento, aviso,

parte de acontecimento,

tão vida,

aberração insustentável que se não importa,

comporta,

 

alguma justificação para acontecido,

descontrole paradoxal,

disparate, na certa,

janela cerrada,

aberta,

importância desmesurada,

injunção constante, caricatura,

magia descartada,

fantasia... sem cura,

 

maneirismo assimétrico,

portento,

recorrente, rasura, apontamento,

nódoa gravosa, destino incerto,

intento,

tão perto, tão perto,

desconjunção dum todo,

inusual,

meu corpo,

tão repentino, anormal!!!... Sherpas!!!...

 

13
Abr15

... o imbecil!!!...

sherpas

... algum fascínio pelos borregos, tão pensativos que são,

quando na pastorícia, campos verdejantes, extensos,

planuras que conheço bem, minhas raízes,

herbívoros dóceis, meigos, domesticados,

apensos,

curta passagem, parte da paisagem,

num golpe de vista casual, associo

a vítimas dos mais ferozes, lobos, raposos,

fáceis de trucidar, feitos em pedaços saborosos,

quando esfomeados, incríveis,

Amesterdão 1 009

época apropriada, sacrifício pascal,

rezas, adorações, igrejas, suas confissões,

golpe certeiro, depois de bem esprimidos,

são magotes, multidões,

humanos com tantos perdões,

 

enquanto vivem, produzem lã que agasalha,

se fia, se entrecruza, colorida,

aconchega no tempo mais frio, no Natal,

leite alvo que nos fornecem, suas mães,

aquando da aleitação,

amamentam, inventam diversas variações,

leite sobrante, tão rico,

queijos curados ou por curar, requeijões,

sem agravo, com prejuízo,

 

um sem fim, carniça farta, por excelência,

em rebanhos, número reduzido, excrescência,

abstinência,

pela idade que não perdoa,

memória que se aviva, recua

para tempo em que todos os animais falavam,

que bem se davam,

 

restam relatos, ainda soa,

escritos, narrativas, fábulas lhes chamam,

quando as mencionam, com deleite,

apontando benfeitorias, benesses, espertezas,

tomando, como exemplo, respostas prontas,

sagezas,

quando te lembras, quando os encontras,

aos borregos,

tão inocentes, sempre os mesmos,

 

como eles, indefinido, sem projecção de vulto,

refugiado, quase oculto...

foi pasto de carniceiros, embora falantes, alguns, vorazes,

feros, inclementes, ainda não éramos gente,

tão diferente,

 

travou-se de confrontos, agressões,

depois de aprendizagem profunda...

há quantos e quantos milhões, observador amedrontado,

tão débil, delicado,

 

coberto de pelos pelo corpo... no cimo de árvores ou no chão,

enterrado em qualquer buraco,

 

mais um, entre tantos, indefeso, sem valias, muitos parentes chegados,

alguns, mais afastados...

em cima de árvores, em frestas de terreno, friorento,

ainda sem fogo,

não era ovelha, não era lobo,

nem formiga, tão pouco cigarra, a qualquer coisa se agarra,

 

raízes, bolbos, frutos vários, comendo,

lá ia sobrevivendo...

encolhido, tão temente, observador, como ninguém,

muito mais aquém, muito mais aquém...

 

conjecturando, como gosto, sem bases firmes, concretas,

não afirmo, nem aposto...

versões díspares, confusas, entre toque divino, pancada no toutiço,

influência alienígena, algo despertou no íntimo,

teorias bem abstrusas,

 

para não falar da evolução da criatura que fomos,

confrontados com aquilo que... somos,

 

enorme embrulhada, dimensão,

fazendo, como se faz, na presente situação, rasgando todos os preceitos,

oprimindo mais fracos, vítimas, como borregos,

 

cometendo desacatos... acumulando defeitos,

provocando, aos mais fracos, muitos medos,

 

imitando ursos ferozes, sendo prepotentes, algozes,

descobrindo o descoberto...

usando o que não é nosso, transformando a céu aberto,

dizimando semelhantes, gestos, religiões, exércitos,

 

feitos tão degradantes... numa de mando, quero e posso,

maravilhas dum possesso,

num acaso que se deu, aberrações dum camafeu,

 

como cobaia, triste experiência, no conhecimento que é ciência,

na atitude descabida...

sem respeito pela própria vida,

cruel, sanguinolento, na caminhada curta, raivosa,

débil principiante tocado por toque divino, imbecil que se não comporta

carregando ruindade tão torta,

 

prepotente que se convenceu, que o que existe é tudo seu,

malbaratando cantinho, seu lar...

imitando, só por imitar, trucidando, como criança mimada,

tudo que mexe, semelhante feito em nada,

 

esburacando campos e vales, proceder tonitruante, lugar,

efeito da primeira pancada...

desequilibrado inconsciente, não respeitando entorno, bicho ou gente,

 

muitas vezes me envergonho, quando penso, quando me ponho,

no lugar que me pertence...

tão reduzido, pasmado, sem crença que me subjugue,

desde o início longínquo,

de todos o mais vulnerável, agora possesso, devasso,

carregado de ruindade, triste avanço, realidade,

 

guerras devastadoras, obras magníficas destruídas,

opressão de tantas vidas...

vítimas inocentes, sofredoras, mundo cruel, sem concerto,

no coração, um aperto,

 

lágrima que me desce no rosto, resultado catastrófico, desgosto,

imbecil de curta vida...

imbuído do que não acredita,

 

carrossel de grossa desgraça, tudo destrói, tudo mata,

cobaia que descambou... sem evolução que lhe valha,

divino com tanta falha,

alienígena que não acertou!!!... Sherpas!!!...

 

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