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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

27
Dez15

... nova GERAÇÃO???...

sherpas

... mais uma vez ouvi, não gostei,

não ripostei,

confesso,

da boca dum familiar que muito prezo,

mais novo, outra geração

que, queira ou não queira, permanente efusão,

 

tal como chama em fogueira,

já senti, indelével rascunho, ocasião,

se vai revezando, tal como a minha,

pensei,

 

tempo vai-nos apagando, com presteza,

quanta nostalgia, saudade,

alguma tristeza, incerteza,

 

apesar de muita prece,

alguma fantasia de quem tem fé,

orando, temendo,

prostrado no templo,

ajoujado na mesa dum café,

 

inocência que respeito, atitude que não tomo,

não costumo, não rezo, encaro realidade

tal como se apresenta,

incompleto, com defeito,

 

humano que, em verdade, no meio de tanta crueza,

contenda,

vivo, pequeno tomo,

capítulo de livro que vou escrevendo,

interrogação constante, detestando o que vou vendo,

 

não aceito, desprezo,

amargo desperdício desta geração,

delatando, quando reajo,

entristecido, amargo,

 

querença de quem muito quer,

parte ruim que, por portas travessas,

ascendeu, subiu,

conseguiu destruir harmonia,

nunca tal coisa se viu,

tudo que se pretendia,

 

tanto bolo a tontos,

convenceu, criou cúmulos absurdos,

redes, fortes teias,

bem feias,

 

perante incautos, sem ideias,

originando MUNDO de surdos,

de mudos,

 

inactivo que culpa antecedente,

ainda vigente,

mais débil, quase apagado,

rendido a brilho do ouro, deslumbramento fictício,

puro artifício,

 

colectivo que nos precedeu,

mais novo que, para mal dele, não s´inova,

quando gosta, aprova,

não reage, quanto desgosta,

 

entre manhas, berrarias,

falsos prazeres, ajoujado a confrarias,

comezaina descabida,

rotinas, afazeres, se materializa, esbate,

culpa, como escape,

 

denso nevoeiro, gritaria incontida,

amolengado, vezeiro,

concerto que junta multidão,

agora se trinca, quando se prova,

sucessão de brinquedo variado,

buscando algum culpado,

desilusão,

ilusão,

geração,

 

tecnologia que se entrecruza, enleia, prende, cativa,

fado meloso, triste canção,

desperdício, busca, oração,

 

conjunto repentino, cacofonia,

cimeira, hino da alegria,

liderança ineficiente que choca,

agasta, maltrata,

impõe, tanto mata,

 

facto tão rotineiro, superficialidade que se cimenta,

quando recua, quando recusa,

graçola que faz rir, inventa,

momento casual,

quanta culpa, quanto mal,

 

notícia que causa horror, família vítima,

destino, inverso,

interrogação sem resposta,

terror

na mentira que se atira,

lá longe, bem perto, reverso

incerto,

 

raciocínio que não m´apraz,

tento desviar, não respondo,

quando acusa anterior, foi-se meu sonho,

meu dolo, desilusão,

geração,

 

sem culpa

porque não assumo,

não me culpo,

vários elementos afastaram mais capazes,

elevaram incompetente,

criaram o imbecil,

um grupelho de rapazes,

como gado conduzido,

outra gente,

 

futuro não tão risonho,

negrura que s´abate, lentamente,

perspectiva que não cativa,

reconheço, fala quem sente,

não mente,

 

na jogada de xadrez,

pobres peões conduzidos,

sofridos,

sofridos,

 

à beirinha do xeque-mate, por inacção,

desinteresse, nova geração!!!... Sherpas!!!...

 

08
Dez15

... restos e... rastos!!!...

sherpas

 manhã calma, vida prossegue sem sobressaltos,

humildes aguardam boas novas, vila tão conhecida,

estreitas, as ruas...

tão sós, sem som, tão nuas

no pavimento, alguns buracos, passeios escassos,

 

despertos, bem cedinho, apressados, reparas, não reprovas,

os que resistem, ainda moram...

tarefas que vão cumprir, trabalhos, não foram embora,

 

gato indolente naquela esquina, olhar manso, alguns tugúrios que são refúgio,

cão vadio, esfomeado, que vagueia...

espaço quase desértico, canteiro, sem flores, remedeia,

tão vazio, tão vazio,

 

carências deixaram marcas profundas, cumprimento que semeio,

descanso, quando encontro, espreitando o sol, sentada no poial,

gente de bom coração, já velha, compreensiva,

tão viva...

 

delicada, compreensiva, agradece, retribui, sorrindo,

matinal, repetitivo, quase igual, passeio que me preenche momento,

indo, indo...

 

muro antigo, buganvília q´espreita, derramando seus cachos,

incolores...

suas sedes, suas flores, suas dores,

quase seca, receia,

 

rasgão em parede secular, falha na caliça, decrepidez, voragem do tempo,

inclemência, vaso sofrido, sem begónias coloridas,

restos, rastos, feridas...

não regado, entristecido,

 

flor garrida, alegria d´olhos, apontamento, lá no alto da janela,

recreio, entretenimento, cuidados mil, mal o SOL desponta, já noitinha, antes da deita,

pintura a esmo,

deleita...

 

pombos esvoaçam, poisam, depenicam, revolteiam de telhado em telhado,

folha amarelecida, morta...

tapete de rua, ali, à beirinha daquela porta,

não é minha, não é tua,

 

caminho que sigo, pensando no passado,

saudosista, esperançoso, envelhecido,

gastando sapatos com que piso...

 

saudando, quando encontro, tufo de malvas a um canto,

ervas diversas que despontam, não pisadas, crescem,

quando desenvolvem,

aparecem...

 

hábito de sempre, bem antigo, utilizando, com frequência,

palavra amigo,

decência...

 

conhecido, desconhecido,

sorrindo... sorrindo,

 

afastando negrura do meu percurso, tormento dos mais sofridos,

estando presentes,

quantas gentes...

 

sentes tantos vivos, atalhados, escorraçados, mortos,

mentes,

corpos...

 

folhas d´árvore imensa,

que não pensa... não pensa,

 

floresta que nos resta, devastada, raiva, fúria, egoísmo,

casa do rico, miséria como alicerce,

condição, plebeísmo...

 

não cresce,

mirra...

ensandece,

 

porta saída dos gonzos, alquebrada,

sem rosto, quase apagada,

triste entrada...

 

sujidade que se prolonga, degraus esconsos, casa arruinada,

amparada, na rua, pelas vizinhas,

não é lar, quase apagada,

quase apagada...

 

borracha que por ali passou, desinteresse, estória, anos,

anónima que s´aguenta,

já não entra...

 

já não sai, está,

como está...

qualquer dia cai,

 

amontoado do que já foi, pedras, caliça, adobe,

remota construção,

foi ilusão...

 

pouco... MUNDO louco,

nada sofre,

 

banco envelhecido, não usado, esquecido, desconforto, sem apelação,

num largo q´ainda se detecta,

arvoredo denso, fonte seca,

estrutura singela... antiga tela,

 

água não corre, situada bem defronte,

imaginação...

criatividade, entrega, na sua construção,

 

matava sede do pobre, tempo inclemente,

extinção que s´avizinha, outro trajecto, substituição,

evolução...

 

sítio de tanta gente, outra geração,

degradação que queda, casco nobre, raiz dos que fugiram,

foram...

parte velha que se quebra,

 

porta mal presa nos gonzos, caliça, muro gasto, flores sem cuidado,

canteiros, ervas que surgem, em tufo,

gato vadio, cão faminto,

indo eu,

indo... Sherpas!!!...

 

 

 

04
Dez15

... erva ruim!!!...

sherpas

nada se cria, tudo se transforma, nada se perde, não por esta ordem, escrevi, como me veio,

comparando com procedimentos egoísticos

que teimam, não convencem, dão pena, duras palavras, local impróprio,

ruim verve...

triste figura de quem foi, deixou de ser,

natureza s´encarrega, divina providência, imposição que não deixou crescer,

exceptuando triste excelência...

 

era verde, o meu vale, bem pequeno, tão atento,

campinas amplas, searas imensas,

latifúndios no meu ALENTEJO...

 

impedimento de quem cerceou, raiva infinita de quem nunca pensou,

quando acabou...

azedo, amargo, confuso, não direi obtuso,

 

quando m´apercebo do trabalho duro d´então,

escravidão...

 

olhando para lado errado... curto,

parco,

predador de grande parcela esticando a trela,

conduzindo voragem, imensa gamela,

 

sacho na mão, foice no punho, mondando, ceifando, esforços manuais,

sem maquinaria,

tempos actuais...

 

malhando na bigorna, ferro duro, incandescente,

quanta e quanta gente...

 

alisando, criando contornos, móveis belos, serrando,

santos d´altar, bilros, enfeites, nobres, mais plebeias,

madeiras...

 

não aceitando divindade suprema, laico convicto,

humano assumido...

tentando entender todo, qualquer irmão,

companheiro de viagem, curta dimensão,

 

finitos que somos, passagem tão rápida,

num pote, numa lápida...

ínfima recordação,

 

desligando religião do que s´evidencia, supremo gosto,

doce alegria, vida q´ensina, nos mostra, indica,

com tão pouca coisa se fica...

 

quando abrimos olhos, portas do pensamento,

tudo vemos...

sem queixume, sem lamento,

 

danos, consequências,

humilde percepção do que se vai transformando,

do que se vai obtendo...

 

colectivo mais rico, entendimento perfeito,

alguns ariscos sem importância,

frente a tanta maldade, ganância...

 

imperfeição abençoada que ora mas, se não importa...

calca, mata, destrói, deita fora,

corta pela raiz, como quem diz,

 

evolução tão rápida,  certeira,

como quem grita, NADA se CRIA,

ódio s´esbate, recalcamento não gera empatia,

no espaço do HINO à ALEGRIA...

 

 

democracia, DEMOCRACIA, lenta, lentamente, progride,

s´enormiza...

mondando alguns pés d´erva ruim, podando ramos secos, gastos,

agourentos,

grandes instantes, belos momentos,

tão fartos,

 

hordas de carros, carretas, força bruta, inchando o peito,

fraco alimento, sem norma, preceito...

 

tugúrio na vila, sol abrasador,

não eram pendores, esforço permanente,

abafada a dor...

quanta, quanta gente,

 

sucessão sem alternativa, alma presa, bem cativa,

de geração em geração,

NADA se cria...

 

tudo se transforma, nada se perde, latitudes diversas, cânticos lentos,

arrastados, fim da jornada, caminhada árdua,

alguns senhores...

 

ondeantes, tão iguais, pés tenros de trigo, seara a perder de vista,

afagada por ligeira brisa,

encantamento...

 

pão de poucos... rendimento do dono,

tão loucos,

fominha de serviçais,

 

atarefados, suando as estopinhas,

devassidão da alma, escravização do corpo,

tão pouco, tão pouco...

 

cantando, em plena calma, langorosa canção,

quase choro,

malhação...

 

palheiro, palha...

eira, com almiara, NADA se cria, tudo se transforma, NADA se perde,

eis que algo se ergue,

 

voz dum TODO,

querer dum POVO...

algo de NOVO!!!... Sherpas!!!...

 

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