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Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

Sherpasmania

... albergue de poemas, poesias e... outras manias, bem sentidas, por sinal!!!...

19
Ago16

... já (h) era!!!...

sherpas

... com ou... sem intenção,

natureza sábia que tudo nos oferta,

pequeno, frágil, tão tenro,

num recanto qualquer,

ocultação,

não nos chama, sequer... a atenção,

tão verde, tão rebento,

na certa,

 

insignificante,

foi crescendo, esmero,

agarrando ao que encontra,

um muro,

mais forte, mais planta,

mais seguro,

 

 

deixou de ser,

deu nas vistas,

admiração,

uma gotita d´água, uma carícia,

afeição,

 

redobrado

gesto, gosto,

olhares,

quanto cuidado,

sorriso esparso, no rosto,

deu-se d´ares,

 

retomou força,

cresceu, vigorante,

quanta garra, quanta pujança,

enleando

por tudo quanto era sítio,

subindo,

engrossando,

 

sem ruído, sem um pio,

alargando,

fez-se espesso manto verde,

vedação, muro,

parede,

 

jeito,

encantamento,

agrado de quem, zelosamente,

cuidou,

brilho nos olhos,

quanto desvelo,

abrolhos,

feliz, como gente,

 

canseira,

suor em bica,

altura da poda, do corte,

afinação do que era débil,

agora... forte,

 

recordo entrega,

corte sistemático,

rega esparsa,

nem mais um milímetro,

ramo rebelde

da planta que fora leve,

tão tenra, tão verde,

 

quanto apetrecho,

tesoura grande, pequena,

esforço,

tarefa periódica, sistema,

entretenimento,

aparadela daqui,

corte mais profundo,

tão doméstico, meu mundo,

 

rodeando a casa,

proporcionando privacidade,

compondo,

forte de verdade,

abrigo,

o que tinha sido,

arbusto débil,

agora... hera,

 

elemento decorativo,

fazia parte,

mancha serpenteante,

canteiros,

terra, vegetal amigo,

 

mais trabalhosa,

alongada, sinuosa,

quando verde, viçosa,

deslumbramento,

tinha contras,

abrigo d´insectos,

vasssoura na hora,

folhas secas, mau aspecto,

esquecimento,

na rega, sem afecto,

 

não era suficiente,

tesoura eléctrica na garagem,

supressão,

extensão, alívio,

quanto desperdício no chão,

contentor,

caminho constante,

vassoura na mão,

e... a vida passa,

ia perdendo graça,

 

deu-se imprevisto,

foi-se o muro,

foi-se a hera,

deixou de ser, já era,

 

pedreiros em casa,

nova visão,

casa que tinha o que fora rebento,

planta tão fraca, débil,

decisão,

pavimentação, muro baixo,

sem separação,

 

quase no largo,

apetrechos de lado,

casa mais aberta,

sem privacidade,

outra realidade,

 

por vezes lembro,

como quando (h) era

o que tinha sido...

entristecido!!!... Sherpas!!!...

 

07
Ago16

... cinco... faúlhas!!!...

sherpas

... como num assador de castanhas, negras pedras, recordações longínquas,

janelas abertas, tantas portas... olhos da mente, vidas antigas,

quando te lembras, apanhas,

 

basta uma chispa, combustão, molhinho de pinhas secas,

cuidado com que as ajeitas... bem ventiladas, ainda escuras,

abanico q´agita, incandesce,

 

transforma simples carvão...

tão brilhante, resplandescente, flâmula mágica, atenção,

 

busco rosto, trago gente...

recordação que m´afaga,

se sente,

 

passando através do fumo,

cortina densa que não é barreira,

qual faúlha q´estala... quando se liberta,

memória morta, já desperta,

 

fruta doce que se transforma,

seguindo regra... sendo norma,

época do ano que se recorda, alandro repleto, colorido,

beirinha da estrada, caminho,

paragem que m´obriga, tal o grito,

 

olfacto com carinho imenso, cheiro discreto, baixinho,

doce como o mel, abelha ausente... incandescente, sob brasa q´ofusca,

memória que traz, que busca,

 

“Don JUAN, bem conhecido, marisqueira farta, camarero untuoso,

na matemática... um virtuoso,

nos enredos, veredas estreitas,

profissional, indignificante prática, de tão nobre, amigo perfeito,

se tornou mero surripiante,

 

por deslumbre, grandeza aparente, d´alheio s´adonou,

era grande, esbanjador...

quando, gargalhante, o gastou,

todo um “SENHOR” – todo um “SENHOR” uma faúlha que se finou,

 sendo amigo, continuou,

 

defeito, maneira de ser... meu juízo, perdurou,

saudade tão grande,

“escamoteante”

 

como num assador de castanhas, punhado de sal que se deita,

estalidos, muitas faúlhas,

quando as comes, quando as apanhas... vislumbre, simples clique,

tempos antigos, baía adormecida, espelhante,

caminhada pela fresquinha,

 

cheiro doce... mel adoçante,

alandro q´afagas, ali à beirinha, abelha morta, tão ausente,

se sente montão colorido,

mergulho os olhos, quando o vejo, m´enlevo, seduzido,

 

ouço repentina crepitação, faúlhas por tantos lados,

assador da minha afeição,

vendedor de carvão...

sementes várias, origens, bem secas, alimentação,

 

sempre com revista na mão, amigo ZÉ, grande afeição,

sofredor, vida ingrata...

desde cedo, muito pequeno, gosto comum, banda desenhada,

curto caminho, ínvia estrada,

mau conselho, vida airada, faúlha esvanecida, bem azarada,

 

água calma da baía, nem um ventinho bulia,

maré cheia, linda moldura...

bem ao fundo, lá s´arruma,

conjunto da velharia, vão chegando, bem cedinho,

fazendo por vida custosa, expõem artefactos vários, falando muito baixinho,

 

compondo seu mostruário, bancadas repletas, destino,

mesmo juntinho ao café...

esplanada agradável, sombra apetecida,

vou andando, sem corrida,

caminhada que faço, parte do dia,

 

mais um abanão no assador, punhado de sal, conta certa,

estalidos vários, muitas faúlhas...

distingo, entre elas, mais uma, cabecinha no lugar, aplicado,

filho único, bem guardado, meu vizinho, ali ao lado,

 

combinação mui responsável, horas mortas, já crescido,

na varanda, recordação, estudando matéria “detestável”

álgebra e geometria...

não da minha simpatia, com que zelo, amigão,

 

passo por ruas velhinhas, amontoado de casas seculares,

umas, habitadas, outras vazias... humildes casebres que são lares,

 

recuperadas, a luzir... com que zelo, quanto carinho,

roupas estendidas, vizinhas,

parente idoso, sózinho,

 

bem composto, dando-se ares, um sorrisinho no rosto,

um bom dia que descola...

quando passo, vou embora,

 

abanico bem agitado, sopra vento, anima a brasa,

solta grande fumarada...

fagulha mais resistente, uma amostrinha de gente,

 

filho da autoridade, companheiro da aventura,

quase irmão, amigo CHICO...

quantos percursos no VERÃO, ribeira longe da terra, grupinho que a procura,

 

mais mergulho, menos mergulho, grande gosto, não resisto,

chilreantes, animação...

bem pelados, sem calção,

 

roupas atiradas para o chão,

bem frescos, indo ao fundo... desafio, nadando à cão,

já com estilos, perfeição, quanta, quanta natação,

 

mesmo no cruzamento, bem ao centro de larga avenida,

lá vai, fazendo pela vida...

“quentes e boas” alertando a gente, na tarde inclemente, fria,

em plena invernia,

 

“quente e boa” ainda quente, quando a sinto nas mão,

depois de sair do assador...

pedacinho d´energia, transformado pelo carvão,

 

brasa bem viva, salpicos de sal, estalidos diversos,

nuvem espessa,

fumarada, entre faúlhas, recordando amigos,

mortos ou vivos,

dos que, apesar de...ainda te orgulhas,

 

pequeno, entroncado, filho d´hortelão,

homem sério, trabalhador...

colega do passado, colégio, companheiro, amigão,

o caro JOÃO P.

há quanto tempo o não vês,

 

foi tropa comigo, seguiu seu caminho,

teve sucesso, "bocas" diversas,

dispersas...

 

como o recordas, quando atravessas fumarada, densa nuvem,

passado distante, estalidos, faúlhas repentinas,

desatinas...

 

no MUNDO dos MORTOS, acabados, como carvão negro, escuro,

fazendo pelo FUTURO,

nos filhos, brasas incandescentes,

bem VIVAS, nem adivinhas, nem adivinhas...

 

foram, continuam sendo parte de mim,

tal como escrevo...

penso, quando passo junto ao assador,

espoleta que faísca, acciona... minha dor,

tempo inclemente que tudo devora,

minha alma  chora,

sorrindo, sorrindo!!!... Sherpas!!!...

 

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