... conduzindo como... um rapaz!!!...
... na vida, como no trânsito, prezo-me de ser educado,
meio caminho andado...
redobrada atenção, para razoável condução,
por vezes, prevarico... quem tem telhados de vidro
não deve atirar pedras a ninguém,
quase todos os têm,
humanus falíveis... seres risíveis,
aos que pertenço,
desmereço, justo castigo,
buzinadelas merecidas, cara feia de ”motard“
chico-espertismo, atitude incorrecta,
perigo de vidas...
manobra à papo-seco, estrada com movimento,
inversão...
quase confronto, colisão,
muito me culpo, encaixo,
não acuso... aceito,
reflito,
não julgo, palonço... o que me queiram chamar,
tenho de aceitar,
espécime normal, tão falho, tão vulgo,
quase bacoco,
com a idade, a velhice é uma chatice, menos atento,
mais lento...
pura verdade, nesta modernice que voa, gente apressada
que s´encontra na estrada,
na urbe, qualquer cidade,
quando mais novo, inconsequente,
máquina afinada, quase desaparecia,
enquanto fluía...
manobras conseguidas, uma que outra falha,
de fugida, fugidas... “ no pasava” nada,
ainda não me convenci d´idade que tenho,
a terceira, como o tempo passa,
já não sou rapaz...
e, num tanto faz, procedo,
faço asneira, consequências imprevisíveis,
manobras incríveis...
buzinadela, na certa, cara feia,
palavrão, voz que s´alteia...
justo castigo, não, sem brincadeira,
assunto sério, quando m´introverto,
penso comigo...
gosto de conduzir, considero o carro uma ferramenta de trabalho,
facilitador, situações diversas,
acréscimo valente nas despesas,
impostos que se triplicam, quadruplicam,
infinidade...
empurrão no orçamento familiar, quando se compra,
enquanto se mantém,
combustível q´aumenta, sem parar, sem justificação,
receita q´ajuda... governação,
nossa, quanto me queixo, na carteira, valente mossa,
obrigação, entre carneirada conduzida, queixumes e zangas,
quanto t´enganas...
de fugida, de fugida,
enfim... tanto arrazoado
por um episódio passado...
que me fez pensar, recuar, um pouco,
olhar, mais atento, refrear impulsos,
habilidade que se tem reflexos mais lentos, gravosos... os custos,
quando do embate, na luta, combate, na vida d´alguém,
mais velho, mais novo,
marca indiferente, FIAT ou VOLVO...
FORD ou BMW, AUDI ou MERCEDES, série antiga,
quilometragem bastante,
saído da fábrica...
mágoa com que se fica, distância que não medes,
prezo-me de ser educado na vida, como na condução,
por vezes, como toda a gente,
tenho um repente...
uma irreflexão, sabendo bem que por um minuto,
diminuto segundo,
se perde a mão...
não julgo alheios, faço juízos severos de mim,
quando erro, pedindo perdão...
dando razão
à cara feia, palavrão,
buzinadela, na hora, mal feito que se deplora,
não...
mais atenção na condução,
idade terceira por que já não sou rapaz,
num tanto faz...
não!!!... Sherpas!!!...