... rosas de... Outono!!!...
… poalha perfumada se espalha
na atmosfera, inumeráveis insectos embriagados
zumbindo em afazeres continuados,
levando pólenes, recanto da terra, originando tais resultados,
poisando nas rosas que se erguem nos pedúnculos, receptáculos sedosos das pétalas que têm,
gotículas minúsculas, dispersas, compostas, pequenos cristais brilhando, crepúsculos,
arrumadas, abertas em chama,
cor que canta, beleza que clama...
sente-se o borbulhar da seiva que ascende
do solo, a humidade que vem, naquele vale sombrio, coberto de musgo,
ligeiro lusco-fusco...
parpadeante nas costas do Outono, plantas que robustecem
ao longo do dia...
perfeita harmonia,
seus ramos são galhos fortalecidos... herbáceos viçosos, escorreitos até,
mantendo-as de pé,
milagre tão belo, se apaga num dado instante,
renuncia do que foram, loucura, capelo,
período mais degradante...
descaem-lhes cabeças, recolhem desvelos, resguardam segredos,
respeitam, sentem medo...
fecham-se um pouco na seiva que passa... lhes chega o sossego,
borbulham mansinho
seguindo caminho,
perdendo seu viço, desmaiando, sem graça, na noite que cai,
sorrindo, adormeço, aguardo, ansioso, retorno da cor, num raio de Sol, energia, vigor,
consumação, enfeite, reinício, alvor!!!... Sherpas!!!...