15
Jun05
... folha morta... no chão!!!...
sherpas
uma folha que cai no chão,
morta, acastanhada sem vida,
um derrube, um despego, uma queda,
quebra duma ilusão,
quando verdejante, viçosa,
bem no alto, assumida,
respirava, sobranceira, vigorosa,
no meio de milhares, suas iguais,
cumprindo um papel, uma missão,
débil, trémula, bem formosa,
quando, despontando, como as mais,
fortaleceu, desbravou seu caminho,
tomou lugar, posição,
num lugar, num cadinho,
bem no alto, bem no cimo,
num alvor, num dia claro, primaveril,
sorrindo e cumprindo,
verde novo, delicado, tão gentil,
como órgão de respiração,
autêntica perfeição!!!...
passaram-se os dias, alguns meses,
tremelicava de emoção,
com leve aragem, com ventania,
por vezes às vezes,
quando, o temporal, não era de feição,
a força que ela fazia,
as preocupações, as arrelias, em união,
com muita companhia,
suas irmãs, em profusão,
chusma delas, todas caducas,
presas a ramos, liberdades poucas,
no cimo duma árvore, grande e pujante,
vida de eunucas,
simples ornamentos, coisas loucas,
quando novas conjunto verdejante!!!...
o tempo foi aquecendo,
cumpriam, ainda um papel,
produziam sombra refrescante,
soavam, quando agitadas, como quem sente,
uma curta chama de vida, imóvel,
presas que estavam, a um gigante,
já desgastadas, mais amarelas,
já não eram jovens, não eram elas,
bem diferentes, gastas, não permanentes,
uma que cai outra, que se vai,
dando voltas, reviravoltas,
lá do alto, numa vertigem,
algumas, bastantes ausentes,
cai que não cai,
quantas e quantas, já soltas,
eunuca, caduca, sempre virgem,
chegou a hora, chegou o instante,
cumpriu-se o ciclo,
num segundo,
coisas finitas, deste Mundo,
num arrepio, num ímpeto,
despedida custosa, desgastante,
amarela, já acastanhada,
coisa pouca, quase nada,
pó que se reverte em pó,
esparramada no chão, desfeita só!!!... Sherpas!!!...
morta, acastanhada sem vida,
um derrube, um despego, uma queda,
quebra duma ilusão,
quando verdejante, viçosa,
bem no alto, assumida,
respirava, sobranceira, vigorosa,
no meio de milhares, suas iguais,
cumprindo um papel, uma missão,
débil, trémula, bem formosa,
quando, despontando, como as mais,
fortaleceu, desbravou seu caminho,
tomou lugar, posição,
num lugar, num cadinho,
bem no alto, bem no cimo,
num alvor, num dia claro, primaveril,
sorrindo e cumprindo,
verde novo, delicado, tão gentil,
como órgão de respiração,
autêntica perfeição!!!...
passaram-se os dias, alguns meses,
tremelicava de emoção,
com leve aragem, com ventania,
por vezes às vezes,
quando, o temporal, não era de feição,
a força que ela fazia,
as preocupações, as arrelias, em união,
com muita companhia,
suas irmãs, em profusão,
chusma delas, todas caducas,
presas a ramos, liberdades poucas,
no cimo duma árvore, grande e pujante,
vida de eunucas,
simples ornamentos, coisas loucas,
quando novas conjunto verdejante!!!...
o tempo foi aquecendo,
cumpriam, ainda um papel,
produziam sombra refrescante,
soavam, quando agitadas, como quem sente,
uma curta chama de vida, imóvel,
presas que estavam, a um gigante,
já desgastadas, mais amarelas,
já não eram jovens, não eram elas,
bem diferentes, gastas, não permanentes,
uma que cai outra, que se vai,
dando voltas, reviravoltas,
lá do alto, numa vertigem,
algumas, bastantes ausentes,
cai que não cai,
quantas e quantas, já soltas,
eunuca, caduca, sempre virgem,
chegou a hora, chegou o instante,
cumpriu-se o ciclo,
num segundo,
coisas finitas, deste Mundo,
num arrepio, num ímpeto,
despedida custosa, desgastante,
amarela, já acastanhada,
coisa pouca, quase nada,
pó que se reverte em pó,
esparramada no chão, desfeita só!!!... Sherpas!!!...