... fomos... como somos!!!...
muitas vezes, pluralizo, digo fomos como somos,
hábito antigo... adquirido,
numa vida partilhada, em conjunto,
neste caminho percorrido, pelas estradas deste Mundo,
desde há muito... muito tempo,
quando resolvemos juntar aos pés dum altar, frente ao senhor prior,
um primor...
por vontade de quem, comigo, se quis casar,
respeito opções...por bem, tanto em ideais,
como em credos,
sentir, maneira de estar, tal como sou... sem medos, destoando, discordando irrequieto,
não me conformo, não me aquieto,
embalado, nos meus pensares,
desejos, abstracções, esperanças, quereres, ilusões, quebro... aquiesço,
concedo, nivelo, desço!!!...
e, fomos, fomos muitas e muitas vezes, vezes, sem conta... inumeráveis,
situações inenarráveis,
mais positivas, prazenteiras...
hoje, quando as recordo, bem foleiras,
passaram-se anos, meses, com altos... muitos baixos,
encostados, um ao outro, em união de facto,
a partir daquele acto,
casamento de papel passado, frente a um altar,
em consciência, consumado,
difícil de, em meia dúzia de linhas... narrar,
descrever tanto viver, para a alegria, para a tristeza... até morrer,
podem crer,
assim sinto, quando escrevo,
porque ... não minto!!!...
ao longo deste nosso trajecto, projecto conseguido,
contrato do amor, de afecto, com muito picos, como todas as vidas, afinal,
para o bem e... para o mal,
um sonho atingido, uma vida inteira, com zangas, discussões,
enlevos, paz e harmonia,
entrega, apego... paixões,
percurso normal, mais que vulgar, quando se quer,
quando se entende, quando se não mente,
numa entrega total... tal e qual!!!...
nem maior, nem menor, nada diferente, mais uma estória de casal... com dificuldades,
com canseiras, com trabalho, muito suor, certo aval,
muita valia, trabalheiras, como soe dizer-se por aqui, pelo Alentejo,
terra onde me vejo,
onde nos sentimos bem, tanto aqui, como além,
desde que juntos,
tal como somos, como sempre fomos,
neste... em todos os Mundos, quando, pensativos, nos pomos!!!... Sherpas!!!...