... hospitais... os tais!!!...
enormes casas, em colinas,
caminhos, divisões entrelinhas...
batas brancas, assépticos, confusões,
choradeiras, muitas dores, multidões,
caras duras, mecanizadas... alheias,
técnicas muito usadas,
paramédicas uniformizadas, pessoas maltratadas,
quase mortas, aos montões, velhas, velhos alquebrados,
remédios, utopias, ilusões homens jovens, curados,
ciências gastas, muito em voga... conhecimentos profundos,
tratamento que está na moda,
odores, cheiros e fumos!!!...
jardins circundantes... movimento de carros urgência,
peões que chegam, viandantes, vidas curtas,
já em falência,
sons aflitivos, ambulância,
azáfama, gritaria sonante... uma pressa,
um rodopio, uma ânsia, marquesa que se arrasta,
cantante, papelada,
burocracia, espera, antes de entrar noutra esfera,
salas, salinhas... salões,
camas, lençóis brancos, doentes, frascos, frasquinhos aos montões,
tubos, pensos, poções,
cortes, operações eminentes, sangues,
plasmas, soros, médicos bem compenetrados!!!...
no meio de gritos, de choros...
bem metidos bem achados, mundo em decadência,
grotesca confusão, vida curta, existência,
dum doente, dum são... corredores de hospital,
quartos, enfermarias, antecâmara dum final,
outros caminhos, outra vias, nesta casa tão asséptica,
tão plena, de pura técnica,
fármaca, científica, médica que...
num golpe de pura estética, nos encaminha p´rá morgue!!!...
num golpe de pura sorte... sem sofrimentos sem dor,
nas mãos dum nobre doutor,
carniceiro mais que assumido,
de sentimentos mui elevados, depois do dever cumprido,
sem culpas, nem pecados...
debaixo daqueles tectos,
daquelas casas, nas colinas,
onde se concretizam projectos, nos quartos, nas entrelinhas!!!... Sherpas!!!...