... a pobreza... na Terra!!!...
… vidas alheias,
tão pequenas, espalhadas,
sem cuidado,
pelos cantos mais sombrios,
excluídas pelas penúrias, duras penas,
com gritos retumbantes
me faço ouvir... evitando o que me faz rir,
face aos entristecidos
quadros degradantes... revoltado pelo porvir
de seres que deixaram de ser,
corpos chagado, encolhidos!!!...
… à chuva, ao vento,
acabando por morrer, sem o pão nosso de cada dia,
pedaço dum simples carinho,
tolhido, obliterado, sozinho,
numa prece à Virgem Maria,
não rezo, confesso... não professo,
lá nas alturas de quem muito tem,
pobreza de que não é refém,
pária, desdém... instituição que não o retém,
algoz de si próprio,
opróbrio,
maneira atroz de… viver!!!...
… acabar com a fome,
na Terra,
olhar bem o que nos cerca, mente clara, mais aberta,
solidários, fazendo guerra em todas as frentes,
desprotegendo os indigentes,
não olhando para os carentes...
desfazendo, nos que superam,
os que os geram…
os que não dão,
os que comem, não gastam, deixam fundação,
riquezas em demasia,
a elas se aferram... com gula,
raivosos, deixam uma fantasia
para a posteridade, pobre figura
quando falece… desmerece, anula!!!... Sherpas!!!...