... manhã de domingo em... Badajoz!!!...
… tal como brisa leve,
vento fresco de Primavera,
que vai soprando, de mansinho,
abrindo caminho,
que bem se sente quando nos serve,
agradável ao rosto,
como se espera,
por ruas, ruínhas, avenidas largas,
devagar, sem pressas,
curtas,
as passadas,
sem ruídos, sem promessas,
sem destinos definidos,
ainda cedo,
bem diminuta a hora,
dia de folga,
trânsito limitado,
quase parado,
janelas cerradas,
comércio fechado,
poucos transeuntes,
mais passeantes,
sons inexistentes,
olhando entornos,
no Mundo dos sonhos,
recuperação da véspera,
dia de diversão, de festa,
para ser preciso… num domingo,
numa cidade qualquer,
como se quer,
quando descrevo,
afirmo
satisfação plena,
espargindo olhares por aquelas montras,
gozando as sombras,
pensando um pouco,
sem reboliços,
doméstica que varre o portal,
cão com trela,
passeando dono,
jardim sem muros,
frondoso,
pipilante,
espaço vivo, verdejante,
uma paragem,
belo local,
Paraíso sem sussurros,
doce final,
abarco o Mundo,
retomo caminho,
vou como o vento,
com pensamento… avaliando tudo!!!...
… barato aquele computador,
que filme espectacular,
sapatos perfeitos,
compro o jornal,
quiosque sôfrego,
escancarado,
no sítio certo,
perto daquela gente que sai,
que também vai,
depois de cumprir vocação,
missa que termina,
multidão de penitentes,
pecados dos outros que aliviam,
nas rezas que fazem
quando se penitenciam,
templo discreto
naquela esquina,
junto do padre,
na confissão,
depois do perdão!!!...
… agitar repentino na pastelaria,
grupos coesos,
pequeno-almoço,
desassossego,
quanta alegria,
conversa a rodos
quando os oiço,
levanto, vou embora,
arrasto a brisa comigo,
caminho sem destino,
velho que passa,
trôpego,
madrugador,
longe o alvor,
próximo o descanso,
naquele remanso,
ajuntamento dos que morrem,
todos,
simples tolos
que se confundem,
que não param,
que fogem,
que se enganam
na luta,
labuta,
na rinha continuada,
no querer tudo… não sendo nada!!!... Sherpas!!!...