... tudo e... nada!!!...
… o nada e o tudo, meu amigo, na abrangência dos termos,
quando me ponho comigo,
não sendo dado a pensamento filosófico,
não pretendendo ultrapassar conhecimentos, não deixo de ser o que sou, o que quero ser, antes de ser,
depois de atingido o objectivo, tendo ou sendo nada,
neste naco onde me entretenho, nesta vida imaginada,
fantasia que se avoluma, se desconforma no tamanho,
simples coisa que se arruma, poeira que se sopra, espalha,
memória, na memória doutros,
distorções daquilo que fomos, neste périplo que fica marcado,
caminhada tão curta, escassa, quando envelhecido, já gasto,
lembrando passo já dado... me apercebo que sou nada,
no meio de tanta caminhada, engrandecidos, adulados,
rejeitado por donos de tudo, coisinhas poucas, no fundo,
perante excelsos ou medalhados,
estátuas imorredouras cinzeladas na pedra que perdura,
obra que pouco dura...
tacanhos de pensamento, convencidos do momento,
quando me proponho, aprofundo,
alguns foram tudo, não sendo, muitos foram nada… sendo Mundo!!!... Sherpas!!!...