... abraço!!!...
pródigo convicto do abraço, como escrevo, como faço,
estendo vontade para além de tudo,
com ele me confundo...
irmano meu corpo na mente que ascende,
na palavra que traço, no poema que esculpo
na tecla onde bato...
saído da Terra, ínfima semente, planta que cresce, que abarca quem passa,
afago o mendigo... quando predigo,
esqueço a desgraça,
como destino d´amor que se converte
num gesto em que se aposta,
como se gosta...
amigo desconhecido, oferenda tão doce,
dádiva permanente, caminho, bondade maior de todo o Universo,
num simples verso...
num gesto travesso, piscar d´olhar cúmplice, imerso,
rosmaninho, incenso...
olores que se espargem, sem erros, sem margem, sem fronteira
nem barreira...
no cume da cordilheira mais alta, se aproxima quem se afasta,
se detesta, se mata, crueldade inexistente
no âmago da gente...
coração latente, necessidade que se sente
num gesto emergente...
enlaço que faço,
quando dou, quando passo, quando alinho palavras,
as arrumo, as empino...
as envio como destino!!!... Sherpas!!!...