... SOLAR!!!...
… salas, salões, acalmia, depois de grande folia, anterioridade que foi passagem,
recantos amplos, diversos...
grupos bem congregados, cozinha de chefe, pratos “pintados”
creme tão fino em moldura pomposa, tal como os seguintes,
requintes,
para os olhos, uma perfeição, quanto a sabores, indecisão,
foi conluio do mais jovem familiar, amigo dos amigos, pai exemplar,
reunidos naquele SOLAR...
recuperação de casa SENHORIAL, reconversão conseguida, corredores intermináveis,
declives suaves, quartos impecáveis...
junção de memórias antigas, pinturas imaginárias, molduras nas paredes,
preenchimentos… ausentes,
num toque de modernidade, vanguarda que se mescla, recreia, colunas em pontos reduzidos, grande pavão,
arbustos dispersos, árvores escassas, piscina centrada, TEMPUS de VERÃO,
utilidade esquecida quando mais frio, espaço vazio,
milheirinha entufada, ligeira, depenicante, encruzilhando por ramos sem folhas,
esvoaçante, saltitante, conforme, consoante,
percursos curtos, mais alongados, saboreando sossego da madrugada, imaginário, real, olhos entumescidos,
quase cerrados porque… não dormidos,
atentos naquele enleio, presos, pensantes,
esparramado em cómodas mordomias, multicidade, almofadadas, me entrego a fantasias,
devaneio...
reparando na tarefa das empregadas, trabalhadeiras matinais,
numa pressa, numa azáfama, árdua tarefa, ganha-pão,
razão,
perdidos na cama, foliões de véspera, espera que espera, água mais café,
excepção, bailação, rodapé...
música, canção, propício local, etilizados,
ainda deitados,
há disto na campina alentejana, melhor ainda, quanto a carteiras, ruas estreitinhas,
frontarias mantidas, ambiência que irmana, busca dum recanto que produza enlevo,
algum encanto...
passagem do ano, assim o sinto, assim o vejo,
foi loucura, contagem decrescente, num repente, beijinhos e abraços,
sorrisos bastos...
irrompeu, com estrondo, dançando, compondo
figuras múltiplas, esgares, posições, saltitares, rodopios,
mais ou menos expansivos, desafios,
vindos d´origens diferentes, quanto a partidas,
chegada de vidas, agruras esquecidas...
momentos de lazer, quanto prazer, companhias, conversas ao azar,
um dito, uma graça, um calhar,
atenção com os mais velhos, centrando objectivas no benjamim,
membro novíssimo, de colo ainda, olhos escancarados para estranhos boçais,
uns menos, outros mais... tantos iguais,
alguns, mais crescidos, barulhentos, irrequietos, jogos, corridas, pertinho dos pais,
canapés, bar sempre aberto, águas e colas, licorosas,
tudo na conta...
lisas, mais finas, conhecidas de sempre, ano que desponta,
alegria que germina, generaliza, gargalhar apressado,
mais prolongado,
sem custos, sem cortes, em cheio, tão pleno, bebidas mais fortes,
cigarro que se fuma, frio da rua, união que se firma, contradança tão louca,
sabor na boca...
camarão com cerveja, mistura agradável, coisa que se veja, na hora, no ponto,
tão longe, tão perto, num sítio de encontro,
saída com entrada, pneus na estrada, caminho que persegue,
não pára, prossegue,
repasto sossegado, salões com arcadas, intimidade protegida, alguns mais expansivos,
com “pingo” na asa, palhaços, risadas, gente contida, veste produzida na senhora que mostra, varonil preconceito
no menos afeito...
esse o seu jeito, apostado na presença, hábito antigo,
pensando consigo,
ali, sentado, galo da madrugada, fantasmagórica figura de pouco dormir, claridade na janela,
num pulo, levantado, chuveiro, em seguida,
tino de vida... vestido, contido,
passando, de perto, cena anterior, bar já fechado,
tudo mudado, SOLAR cerrado...
harmonia conseguida, voltar ao passado,
antigo, moderno, estilo conseguido, lugar encantado,
observando, mantendo postura, decoro, entoando sentença,
desabrido, marcando discurso, recordando passado, torneira que jorra, feitio, sua crença,
fazendo bom uso doutra memória, prelúdio, estória que se alonga,
noite que s´adentra, prolonga...
no ano que chega, na vida que passa, na risada, no gracejo, no passo de dança,
no volteio que embebe, no petisco da noite, na companhia que s´abraça,
no beijo, momento, satisfação, contento… Sherpas!!!...