...aqui...no Seixal!!!...
Baía de águas mansas, paradas,
numa vazante lenta... nublada,
aguardando a noite, horas passadas,
eminente, sossegada,
ao longe, a urbe imensa, escondida,
misteriosa, incerta, perdida,
recortada num horizonte difuso,
refúgio... de tanta gente, de tanta vida,
abrigo ali aninhado... confuso,
naquela baía de águas paradas,
tela enorme da natureza!!!...
com as horas passadas, se transforma em mendiga,
em princesa, ora plena de maus odores,
restos duma civilização, ou dos mares,
outros sabores...
numa plena encarnação,
quando cheia, contrastante,
num entardecer calmo constante,
num dia outonal, pardacento,
enevoado, sem vento,
aqui, no Seixal,
neste lado, olhando a urbe contrária...
uma imagem, um quadro,
parado...
abrigo de gente vária,
que se esfuma, se vai perdendo,
aos poucos, incerta perdida,
como que morta,
morrendo,
adonando a morte, esquecendo a vida!!!... Sherpas!!!...