... sinto!!!...
sinto vontade de me soltar,
procurar um paraíso, irmandade de todos os seres,
partir sem destino, voar,
como faço, quando escrevo, imaginação, doces haveres...
mãozinha cheia de nada, corpo leve, poucos teres,
céu brilhante tão perto, harmonia a cada canto,
leve ária pressentindo, num caminho desconhecido,
colorido luxuriante,
pensamento que m´incendeia...
não me acho diferente,
não sou estranho, com a idade o sentido avança,
sensível, atento, apaixonado pelo passado,
mais recuado, mais recuado, infância bela, tão plena, que... tão distante me vai ficando...
água murmurando num vale,
encanto que m´avassala, olhar fixo, quanto espanto,
deambulando por vereda de sonho,
quando escrevo, quando m´aparto...
quanto silêncio, quando calo... metido comigo próprio,
memória que me castiga, persegue, minha figadal confrontação, quase opróbio que me reduz, vexame constante pela espécie a que pertenço,
não, a família não s´escolhe, cai-nos em cima,
HUMANIDADE tão desumana,
quando rouba, quando engana, quando persegue e mata,
quando destrói, mostra, aplaude, suicida constantemente... quanto mundo, quanta gente...
sociedade sem valores, destruidora permanente,
inteligente ou “ HOMO SAPIENS “ se qualifica o homúnculo, moderno... na sua concepção,
quanto inconformismo, desilusão,
indiferença pelo cometido.
Irmão contra irmão, destruição constante,
“ hábitus “ tão desprezível, quando o penso, o rejeito, quanto e quanto defeito...
sim, a família não se escolhe... cai-nos em cima,
gostava de m´apartar, voar como ser alado,
buscar um mundo encantado...
pobre HUMANIDADE que se não entende,
quanta vítima inocente,
quanto mundo, quanta gente!!!... Sherpas!!!...